Uma classe forte no topo e com protótipos daquilo que exatamente procurado pela National Football League em 2022 na posição de linebacker. Pense em jogadores como Fred Warner, Darius Leonard e outros assim: caras que defendem o passe. Na NFL atual, não há mais tanto espaço para o linebacker porradeiro. É importante alguém instintivo, mas inteligente e que defenda bem contra o passe. A corrida? A linha defensiva que dê mais conta do recado, digamos.
Não que a defesa contra a corrida tenha que ser negligenciada, não me entendam mal. A questão é que há um valor maior para o jogo aéreo. Assim que as coisas funcionam hoje, seja no nível profissional, seja no nível universitário.
Lloyd e Dean no topo, para nós, de maneira inquestionável
Não tem muita conversa aqui: quando falamos da primeira rodada do Draft, é quase impossível que os primeiros nomes chamados nesta classe não sejam Devin Lloyd (Utah) ou Nakobe Dean (Georgia). Os dois têm a defesa aérea que se espera de um jogador da posição na NFL moderna. Dean, porém, tem questões técnicas a serem trabalhadas: incomoda um pouco seu trabalho “no tráfego” e nessa mesma toada, sua altura – 1,80m – pode ser um fator a se preocupar na transição de seu jogo para os profissionais.
Por outro lado, Nakobe é um míssil em todos os sentidos. Ao estudar o tape dos iDLs de Georgia, vez ou outra passava um raio na frente da câmera tática e só conseguia focar na camisa 17. Dean, instintivo, numa primeira passada com explosão faraônica rumo a quem esteja com a bola na mão. Às vezes esse cara é o quarterback, aliás: Dean foi bastante usado em blitzes e essa é uma das grandes virtudes de seu jogo.
Por mais que Dean seja um prospecto com lances mais sexies, digamos, ele não é o melhor. Não é o tecnicamente mais polido, porque esse rótulo vai para Devin Lloyd, o nosso líder da classe. Enquanto não dê para ter certeza se o prospecto da Georgia sai na primeira rodada – nossa nota é de top 40 para ele – o contrário pode ser dito de Lloyd. Inteligente, onipresente na defesa de Utah e comandante supremo dos campeões da Pac-12, Lloyd chega o mais pronto possível para o jogo profissional. Tudo o que se espera de um linebacker, ele tem – com o bônus de ser praticamente 12 centímetros mais alto do que Dean e de fazer um trabalho melhor do que ele na saída dos bloqueios. Assistir Lloyd em Utah era quase que poético, dada sua presença em todos os lados e em como a defesa “flutuava” ao seu redor – de maneira semelhante a Kyle Hamilton em Notre Dame.
