No começo do mês, você leu aqui sobre como os Saints saíram enfraquecidos da free agency e de como a janela de título de New Orleans havia se fechado com a aposentadoria de Drew Brees. Pois bem, agora é hora de parar de chorar as pitangas e pensar no futuro: ainda que a equipe tenha perdido força em relação ao ano passado e não seja favorita na NFC South, a comissão técnica e o elenco ainda possuem qualidade para, ao menos, brigar por vaga na pós-temporada.
Se os Saints quiserem sonhar com mais do que isso, então precisarão que algumas incógnitas tenham desfecho favorável à equipe, nenhuma delas mais importante do que o desempenho de Jameis Winston como o novo quarterback titular. O time também precisa buscar opções nas posições de wide receiver e cornerback e, por isso, não pode se dar ao luxo de errar nas primeiras escolhas em 2021.
Um parceiro para Michael Thomas
A saída de Emmanuel Sanders mais uma vez deixou um vácuo na posição de recebedor, que só conta com Michael Thomas como alvo seguro. Tre’Quan Smith, por exemplo, que nesse momento é o segundo wide receiver da equipe, não ultrapassou as 500 jardas recebidas em nenhuma das suas três temporadas na liga. A necessidade na posição é gritante.
Assim como no ano passado, a classe de recebedores do Draft é bastante rica em talento de topo e em profundidade. Só que vale o argumento de que, nos últimos anos, o time não conseguiu estabilizar o alvo no lado oposto de Thomas. Desde 2008, os Saints só usaram escolha de primeira ou segunda rodada em Brandin Cooks (2014, 1st) e Michael Thomas (2016, 2nd). Eles acertaram nas duas tentativas. Se acertar três vezes pede música?
Cornerback, pra que te quero?
Nos anos anteriores, os Saints encontraram bons valores escolhendo jogadores de secundária: desde 2017, o time adicionou Marshon Lattimore, Marcus Williams e Chauncey Gardner-Johnson para jogar no último nível da defesa; além disso, a presença de Malcolm Jenkins adiciona bastante não só em campo, mas também na liderança no vestiário. É um setor bem forte da equipe nesse atual momento.
O problema é que, para a temporada de 2022, New Orleans não possui nenhum cornerback sob contrato no elenco. Lattimore está no último ano de contrato tal qual o veterano Patrick Robinson; ainda, Marcus Williams (que é safety) está sob contrato por meio da franchise tag. O time precisa nesse momento de um jogador para atuar no lado oposto à Lattimore, já que teve de cortar Janoris Jenkins para se adequar ao teto salarial.
All-in ou além de 2022?
Escolhendo na #28, os Saints não vão conseguir uma superestrela como as de topo da classe, então precisam se perguntar que tipo de jogador estarão buscando no final da primeira rodada: querem alguém com um piso de produção alto para suprir uma necessidade atual ou vão se preocupar em recarregar para o futuro com jogadores de teto de produção maior?
Seja lá qual o caminho que Mickey Loomis e Sean Payton escolherem, são várias as possibilidades para a organização, que não precisa mais investir todas suas fichas de forma a aproveitar a janela de título com Drew Brees. New Orleans é um caso interessante para se ficar de olho na primeira noite.
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