O ano de 2016 foi um tanto quanto atípico para Dak Prescott. A sombra de Tony Romo, em recuperação de lesão ocorrida na terceira semana da pré-temporada, não tinha como não ser presente. A campanha de calouro de Ezekiel Elliott, não tinha como não ser o foco. O Dallas Cowboys de 2016 foi mágico, mas o de 2017 apresentava-se como incógnita no que diz respeito ao que viraria de Dak Prescott.
O time do ano passado não era propriedade de Dak, por assim dizer. Todo mundo sabia o quanto Jerry Jones amava Tony Romo e o quanto este tirou Dallas de um limbo da posição de quarterback. A proposta, a missão de Dak em 2017 não seriam fáceis.
Para começar, após a campanha do ano passado, Prescott seria o quarterback, de fato e de direito, do America’s Team. Ele é o franchise qb do time e ninguém pode lhe tirar isso. Adicionalmente, Prescott teria de enfrentar o monstro do “Sophomore Slump”: é mais do que comum que quarterbacks calouros brilhantes acabem tendo segundos anos terríveis. O que deu certo no primeiro ano é combatido no segundo por meio de extenso estudo dos coordenadores defensivos adversários. Dá para ir bem longe em exemplos históricos de ressacas no segundo ano. Rick Mirer 1993/1994, Sam Bradford 2010/2011, Cam Newton 2011/2012, Matt Ryan 2008/2009 e assim por diante.
Não vem sendo o caso com ele. Contra a defesa do Kansas City Chiefs, ontem, ele se mostrou o líder que o Dallas Cowboys precisava. No ano passado, ele lidou mais do que bem com a potencial distração de Tony Romo ainda no elenco. Neste ano, em meio à interminável novela da suspensão de Ezekiel Elliott, Dak tomou o manche do avião para si e comandou o time para vitória.
Sob a métrica que for, podemos afirmar que a ressaca não veio e não parece dar sinais de que vem
Não é, em absoluto, algo pontual que aconteceu apenas ontem. Já podemos afirmar, barrando-se o impensável e uma queda na segunda metade da temporada, que Prescott não passará pelo sophomore slump que acometeu outras estrelas de primeiro ano. Basta comparar sua produção com o ano passado.
Embora Dak não tenha aqueles números fabulosos que a imprensa costuma gostar para apontar MVPs – eu incluso – há um extremamente importante no qual ele está bem qualificado: rating. É o segundo da liga, apenas atrás de Deshaun Watson – que, infelizmente, não joga mais neste ano. Nas demais estatísticas, aquelas mais sexies, não está no topo: quinto em passes para TD, 21º em jardas por tentativa, 19º em jardas passadas. Ser o terceiro em rating e o quinto em passes para TD, portanto, qualificam-no como algo importante: eficiência.
Para além das estatísticas, é preciso analisar o tape. O vídeo.
.@Dak + @dezbryant…Move the sticks! #DallasCowboys pic.twitter.com/SJbDs20JWh— NFL (@NFL) 5 de novembro de 2017
Prescott faz tudo de maneira correta nesta jogada de ontem. Postura no pocket, progressão de recebedores e um laser no meio do campo para Dez Bryant.
#DALvsSF Dak Prescott ahora con Dez Bryant, los @DallasCowboys ganan 40-3 a San Francisco con 10:49 en el partido pic.twitter.com/LsGH42T9i8— NFL México (@nflmx) 22 de outubro de 2017
🔥👀🏈 Dak Prescott with the dime & Jason Witten with the one handed snag (via @nfl) #DallasCowboys pic.twitter.com/41Bjvqe1yJ— Fanatics View (@thefanaticsview) 22 de outubro de 2017
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