Estimativa de vitórias: Em reestruturação e com duro calendário, Seahawks podem ter 2018 atípico

Leitura Rápida: Figura de Russell Wilson será importantíssima em um ano em que a franquia está focada na reformulação e rejuvenescimento da defesa

[dropcap size=big]D[/dropcap]e candidato aos playoffs em todas as temporadas na Era Russell Wilson a um time sem grandes expectativas em 2018. Este é o Seattle Seahawks, que depois de ter a debandada de jogadores durante a offseason, como Richard Sherman, Michael Bennett, Jimmy Graham, viverá uma temporada desafiadora, de reconstrução.

Parte deste novo Seahawks, que em 2017 terminou com 9-7, ficando de fora dos playoffs pela primeira vez desde 2011, passa pelas mãos de Russell Wilson. Liderança solitária numa franquia que tenta rejuvenescer a defesa, o quarterback precisará mais do que nunca utilizar todo seu conhecimento e habilidade para derrubar as previsões das casas de apostas, que colocam o time da NFC West com ponto de partida de oito vitórias na temporada que irá começar.

Além das mudanças drásticas no elenco e falta de peças de reposição a altura, o calendário da equipe dirigida por Pete Carroll nos ajuda a entender a cotação de R$ 1,75 para uma temporada abaixo de oito vitórias segundo o site especializado Oddsshark.com.

Seattle conta com o quinto mais duro calendário de 2018. Se já não bastasse estar em uma divisão que despertou novamente em termos de competitividade, com Los Angeles Rams (campeão da divisão em 2017), San Francisco 49ers de Jimmy Garoppolo, e o Arizona Cardinals com boas peças, o Seahawks enfrentará outros dois campeões de divisão: Minnesota Vikings, da NFC North, e o Kansas City Chiefs, da AFC West. Há ainda o Carolina Panthers, que ganhou vaga pelo Wild Card no ano passado.

Mas a expectativa mesmo é saber como a franquia campeã do Super Bowl XLVIII (2013) se comportará diante de velhos conhecidos. Ainda, há a promessa de muita lei do ex: Seattle encara pelo menos três importantes figuras que passaram pelo time nos últimos anos. O embate de divisão com o 49ers, por exemplo, marcará o reencontro com Richard Sherman, então dono da left cornerback position desde 2011, enquanto que o duelo com o Vikings será contra o defensive tackle Sheldon Richardson. A batalha com o Green Bay Packers terá pela frente o tight end Jimmy Graham, até então uma das armas dos passes de Wilson na red zone.

Vale lembrar que a dura jornada do Seattle na temporada ainda contará com embate com o Oakland Raiders, do franchise player Derek Carr, sendo a primeira em Londres, no estádio do Tottenham Hotspur, com mando da equipe da Bay Area.

Vitórias nestas partidas, que somam praticamente metade dos jogos de 2018, podem fazer a franquia sonhar com o título da NFC West, que hoje é avaliado em R$ 4,75 pelo Oddsshark.com. Para o título da divisão, o time também corre por fora e não é mais o outrora favorito de antes – ao menos em Las Vegas.

 

Pontos fortes

Parece redundante, mas Russell Wilson é parte fundamental deste processo de reconstrução da franquia de Seattle. Quinto colocado na lista do possível MVP de 2018 segundo o Oddsshark.com, com odds de R$ 13,00, o quarterback precisará continuar levando o time “nas costas”. Wilson é o QB entre todas as 32 franquias que mais deu passes para touchdowns na última temporada regular, com 34. Ele ainda participou de 97,4% TDs (37 de 38).

Parte do sucesso da equipe se deve ao safety Earl Thomas, seis vezes Pro Bowler e que apesar de forçar uma extensão de contrato, deve permanecer na equipe ao menos para 2018; e a Bradley McDougald, que substituiu muito bem Kam Chancellor após o strong safety sofrer uma séria lesão no pescoço contra o Arizona Cardinals, em novembro passado. Os cornerbacks Justin Coleman and Byron Maxwell, que embora não sejam Pro Bowlers, são considerados jogadores de qualidade.

Além disso, há o wide receiver Doug Baldwin, melhor slot receiver em jardas da NFL desde 2015, com 2.315. Ele é um dos principais alvos de Wilson, tendo recebido 75 passes para 991 jardas e oito touchdowns em 2017.

 

Pontos fracos

Não é novidade para ninguém que a falta de proteção sobre Russell Wilson tem sido bem danoso para a franquia. Sua linha ofensiva  foi ranqueada em 25º em relação a proteção do passe na temporada que passou, permitindo que o quarterback sofresse 43 sacks. Um dos responsáveis por não coibir o avanço adversário, Germain Ifedi, 31ª escolha geral no draft de 2016, seguirá como right tackle da equipe de Carroll.

Como alento, a chegada do novo treinador da linha ofensiva, Mike Solari, pode ajudar Ifedi, que tem a concorrência de George Fant, já recuperado de grave lesão, do calouro Jamarco Jones e do terceiranista Willie Beavers.

Após a saída do treinador de linha, Tom Cable, a esperança é o “pior que tá, não fica”.

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Outro setor que precisará ser melhorado é a posição de running back. Com apenas um mísero TD terrestre realizado por um jogador da posição em 2017 – é bem verdade que Chris Carson e C.J. Prosise estiveram boa parte da temporada machucados – , o Seattle Seahawks tenta se reorganizar numa posição que ficou conhecida pelas arrancadas de Marshawn Lynch, hoje no Raiders. A preocupação era tanta que a franquia teve Rashaad Penny como primeira escolha do draft. Com o ex-atleta de San Diego State, a equipe espera desafogar as constantes corridas de Russell.

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