Leitura Rápida: Campeão de Super Bowl com o Tampa Bay Buccanners, Jon Gruden volta a comandar uma equipe da NFL após dez anos
[dropcap size=big]O[/dropcap] Oakland Raiders, que abrirá a NFL 2018 com o Los Angeles Rams já em um Monday Night Football, em 10 de setembro, no Coliseum, chega com muito mais perguntas a serem respondidas do que respostas já prontas. O retorno de Jon Gruden ao comandado técnico da equipe após 17 anos, as saídas de importantes peças, como o wide receiver Michael Crabtree e o punter Marquette King; e a fraca campanha na temporada passada explicam as dúvidas das casas de apostas na franquia da Califórnia.Depois de um 2016 promissor com o recorde de 12 vitórias, que não acontecia desde 2002, que só não foi ainda melhor por conta da lesão na fíbula do quarterback Derek Carr na Semana 16, o time Silver and Black foi uma das grandes decepções de 2017. A expectativa criada por conta da volta do running back Marshawn Lynch em uma equipe que já tinha Carr, Khalil Mack e Amari Cooper, naufragou, terminando com seis vitórias e 10 derrotas.
A temporada acabou e o dono da franquia, Mark Davis, tratou de fazer uma “limpa” na equipe técnica, mandando embora técnico Jack Del Rio. Foi aí que apareceu a figura de Jon Gruden, ex-treinador da franquia entre 1998 e 2001 e campeão do Super Bowl XXXVII com o Tampa Bay Buccanners (justamente sobre o Raiders), e que trabalhava atualmente como comentarista do MNF na ESPN. Apesar da leitura de jogo apurada, o longo tempo fora dos vestiários gera a principal preocupação em relação ao head coach, que não dirige uma equipe profissional desde o próprio Buccanners, em 2008.
Fato é que ele chega pressionado, seja pela má campanha da equipe em 2017, ou mesmo pelo alto valor de seu salário: US$ 100 milhões em dez anos de contrato. Isso pode explicar como o site especializado OddsShark.com vê as chances de vitória do Raiders na temporada regular ou mesmo para vencer o título, que hoje paga incríveis R$ 29,00 para cada real investido.
Situada na AFC West, divisão que tem o favorito Los Angeles Chargers com odds de R$ 2,75 para o título divisional segundo as apostas esportivas, e ainda há Denver Broncos e Kansas City Chiefs, a equipe da Bay Area entra com odds de R$ 3,70 para vencer sua divisão, de acordo com o OddsShark.com. Vencer a divisão muito provavelmente significa que Gruden e companhia superarão a base de 8.5 vitórias, ponto de partida das cotações da equipe na temporada, pagando R$ 1,63. Isso porque os últimos vencedores da AFC West – Chiefs, em 2015 e 2017 (11v e 10v, respectivamente), e o próprio Raiders, em 2016 (12v) – bateram a marca.
Analisar este número (8.5 vitórias) é fundamental para entendermos o pé atrás dos apostadores com a equipe californiana, já que dois de seus mais duros adversários durante a temporada, como o LA Rams (jogo na Semana 1) ou o Pittsburgh Steelers (Semana 14), têm cotações baseadas em 9.5 e 10.5 vitórias, respectivamente. Por outro lado, a nação Silver and Black terá um dos calendários mais fáceis da NFL, que é organizado através dos adversários que foram para os playoffs na última temporada.
Pontos fortes
Um dos quarterbacks mais promissores da liga, o franchise player Derek Carr é uma das apostas para o Raiders acreditar na pós-temporada. Se em 2016 impressionou acabando com a seca de playoffs da Raiders Nation, no ano seguinte sofreu e muito com apenas 62.7% passes completados para 3.496 jardas, 22 touchdowns e 13 interceptações em 15 jogos.
Com um ataque novo – ou melhor, mais experiente – por meio da aquisição do wide receiver Jordy Nelson, ex-Green Bay Packers, que chega para liderar o vestiário californiano, o camisa 4 terá inúmeras opções ofensivas para explorar o seu jogo. Há Martavis Bryant, que veio do Pittsburgh Steelers, e do segundanista Ryan Switzer, ex-Dallas Cowboys, que promete receber de Jon Gruden a oportunidade que não teve no Texas. Isso sem falar em Amari Cooper, que saudável, tentará repetir e, quem sabe, superar os desempenhos de 2015 e 2016, quando teve 72 e 83 recepções, respectivamente, para mais de mil jardas.
Apesar da queda de braço com a diretoria por uma merecida renovação de contrato, o defensive end Khalil Mack não deve ter afetado seu desempenho no campo enquanto não define sua situação. Com 40.5 sacks ao longo de quatro temporadas, o Melhor Jogador de Defesa da NFL em 2016 é peça fundamental na formação do novo coordenador defensivo, Paul Guenther.
Pontos fracos
Mesmo com a performance de Mack e Bruce Irvin, a defesa do Raiders sofreu – e muito – na temporada passada com apenas 31 sacks e 14 turnovers forçados – apenas um a mais que o Cleveland Browns, o pior da NFL. Por isso, é bom continuarmos de olho no setor que se reforçou com o veterano linebacker Derrick Johnson (36), mas que segue como incógnita depois de se recuperar de uma cirurgia no tendão de Aquiles.
Outro dois setores que merecem um alerta é o de punter, já que Marquette King foi liberado por questão de salário, e foi reposto Johnny Townsend, escolha de quinta rodada, e de cornerback. Neste caso, o Oakland não tem sucesso na posição desde a saída de Nnamdi Asomugha. Uma das alternativas pode ser Rashaan Melvin, que disputou as últimas duas temporadas pelo Indianapolis Colts, e o promissor Gareon Conley, que parece finalmente estar saudável.
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