Foi só dar uma defesa melhor para Brees e os Saints voltaram ao topo da divisão

O New Orleans Saints ganhou seis jogos seguidos depois de começar a temporada com 0-2. Segundo o ELIAS Sports Bureau, povo que se diverte caçando estatísticas nos EUA, é o quarto (e apenas o quarto) time a fazer isso – dois dois outros três, 1993 Cowboys e 2007 Giants, ganharam o Super Bowl.

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Sim, empolgou. Acredito que o torcedor dos Saints pode se dar a esse luxo. Tudo o que foi necessário? Um jogo terrestre melhor e uma defesa que não seja uma das cinco piores da liga. O peso de carregar o time saiu dos ombros de Drew Brees e as coisas engrenaram. Comecemos pelo jogo terrestre, porque é importante antes de falarmos da defesa

Kamara, a grata surpresa

Alvin Kamara vem terminando as campanhas tal qual um closer o faz no beisebol. Voltando ao futebol americano e apenas a ele, joga a bola na mão de Kamara que ele entra na end zone. Na partida contra os Buccaneers, um microcosmo disso: um touchdown terrestre e outro corrido. No todo, os Saints tiveram 150 jardas corridas contra Tampa Bay.

Por que isso é importante? Bom, vamos por partes para entender os frutos de termos um jogo terrestre eficiente. Para começar, você tira Drew Brees de situações óbvias de passe – terceiras descidas longas, por exemplo. Se não é óbvio, pegamos a defesa desprevenida (e se isso acontece, a eficiência de Brees será maior). E tudo o que você quer é ter um Brees mais eficiente, certo? Porque se até ano passado sem tanta ajuda terrestre ele já fazia estrago, imagine com ajuda?

Indo além, o jogo terrestre eficiente faz com que o passe o seja em primeiras descidas – porque a defesa estará esperando…. Bom, ela não sabe o que esperar em primeira descida. Nos últimos quatro jogos, em primeiras descidas, Brees teve 84% de passes completos. 10 jardas por tentativa. 3 touchdowns totais. Incrível a diferença que um jogo terrestre faz, não?

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Adicionalmente, se você corre mais e melhor, você arma o play action. Adivinha o aproveitamento de Brees em play action? Mais de 70% de aproveitamento e o segundo melhor da liga – com quatro touchdowns de brinde.

Por fim, mais jogo terrestre geralmente se traduz em mais tempo de posse de bola. Com isso, sua defesa fica fora do campo e não se cansa. Uma defesa cansada significa um pass rush cansado e… Bom, boas coisas não saem disso. Ataque e defesa não podem serem vistos como unidades independentes como um todo. Um pode – e deve – ajudar o outro. Agora, vamos à defesa.

Marshon Lattimore, cornerback calouro, é franco favorito a ser eleito o Calouro Defensivo do Ano

Os números totais não são maravilhosos, mas vamos além aqui

Se você for analisar friamente apenas os números da unidade defensiva de New Orleans, não vai achar que o time está como está. Não vou mentir dizendo que é a melhor defesa da liga ou coisa do gênero.

O que sempre disse foi: dê uma defesa “não pior da liga” para Drew Brees e veja a magia acontecer. Brees e o ataque dos Saints colocam pontos no placar. A defesa, na medida do possível, está segurando e acabando com campanhas. Em sacks, são os 9º. Em interceptações, empatados em sétimos com 9. O ataque partir na frente e forçar descidas óbvias de passe, obviamente, está ajudando.

Como resultado, a defesa dos Saints melhorou em pontos por partida. Cedem, em média, 17 por jogo – o que lhes qualifica como quinto melhor da liga no quesito. Você já imaginou essa defesa nessa posição?

Os Saints são, finalmente, um time equilibrado

Claro, o ataque ajudar não basta. Há mais talento na unidade. Marshon Lattimore, calouro fruto de Ohio State, está jogando tão bem quanto qualquer outro cornerback da liga e é, para mim, o franco favorito para ser eleito o Calouro Defensivo do Ano. Em marcação individual, está anulando vários dos melhores recebedores da liga. Em zona, mostra-se seguro. É realmente um ano fantástico, ainda mais considerando que é apenas seu primeiro. Outro calouro, escolha de segunda rodada, também está jogando absurdamente bem para um primeiro ano – é o free safety, Marcus Williams.




A segurança na secundária faz com que o time possa ser mais agressivo no pass rush. Para começo de conversa, Cameron Jordan é um dos melhores da posição. Com a secundária segura, ele pode ser ajudado por stuntsblitzes mais agressivas – e se a secundária, em marcação individual, estivesse mal, isso não seria possível.

Os Saints são, finalmente, um time equilibrado. O corpo de linebackers poderia ser melhor, é claro – mas nem todo time pode ser perfeito. Ao menos, finalmente, são equilibrados. Era o necessário para Brees desencantar e, possivelmente, voltar à pós-temporada.

É a primeira vez desde 2013 que o time começa o ano com 6-2 ou campanha melhor. E tudo o que precisou foi isso: peças além de Brees para que este tenha fôlego de brilhar – como sempre.



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