Jets olham pra 2021 após fracasso de Gase

Não há como negar que o ano de New York foi uma tragédia, entretanto, quando Gase sair, as expectativas futuras serão mais animadoras e iluminadas pelo brilho do Sol

O primeiro time que está oficialmente morto na temporada de 2020, não surpreendentemente, é o New York Jets. Com a combinação perfeita entre um ataque com pouquíssimo talento e uma Brilhante Mente Ofensiva (não) no comando, além de uma defesa bastante suspeita, os Jets passaram longe de ser o time competitivo que o bom final de temporada em 2019 deu a impressão que poderiam ser.

Quais eram as expectativas do torcedor para 2020: Havia motivo para otimismo, porque o time venceu 6 dos últimos 8 jogos no último ano e a química entre Sam Darnold e Adam Gase parecia aumentar. O trabalho de Gregg Williams como coordenador defensivo também não passou batido, já que os Jets tiveram silenciosamente uma unidade sólida. Com a saída de Tom Brady do New England Patriots, os mais otimistas achavam que a conquista da AFC East era um objetivo plausível.

Quais eram as nossas expectativas para 2020: Não víamos os Jets como um candidato sério a conquistar uma vaga nos playoffs por, dentre outros motivos, a falta de talento no lado ofensivo da bola. Os reforços para a linha ofensiva não eram bons o suficiente para resolver o problema da proteção à Darnold, e a saída de jogadores talentosos do elenco como Robby Anderson e Jamal Adams não ajudou.

Ainda que a defesa tivesse mais potencial do que se comentasse, a simples presença de Adam Gase como treinador principal nos tirava qualquer expectativa de um bom ano dos Jets.

O que aconteceu: Digamos que o ataque dos Jets poderia ter sido narrado por Renata Vasconcellos no Jornal Nacional: xoxo, capenga, manco, anêmico, frágil e inconsistente. Na atual campanha 0-10, apenas em 3 ocasiões o time superou os 20 pontos; em 5 partidas os Jets anotaram 10 pontos ou menos. Já falamos isso outras vezes e vamos repetir enquanto ele estiver na liga: o fato de Adam Gase ser considerado um guru ofensivo é inacreditável.

Honestamente, são pouquíssimas as coisas boas que se pode falar do New York Jets esse ano. Delas, podemos falar sobre o alto nível de Marcus Maye e Quinnen Williams na defesa. Mekhi Becton se mostrou uma escolha de Draft acertadíssima, Jamison Crowder tem sido uma opção sólida como recebedor e Denzel Mims mostrou boa produção desde que estreou. Muito pouco.

A campanha ainda sem vitórias não é nada mais do que um reflexo da evidente falta de talento no elenco. Só que os fatores fora de campo também mostram como a franquia é bagunçada: Gregg Williams, coordenador defensivo, criticando abertamente o ataque; os fatores que envolveram a saída de Le’Veon Bell; a comissão técnica colocando Becton em campo claramente machucado contra o Denver Broncos na semana 4; Gase nunca tomando a responsabilidade pelo fracasso do time nas coletivas de imprensa. Como é que um time consegue contornar tudo isso e ser competitivo?

Por fim, o último fator digno de nota é que Sam Darnold não conseguiu progredir e, com a possibilidade de buscar um jogador com o talento de Trevor Lawrence, muito provavelmente veremos Darnold com outra camisa em 2021. Ele possui um bom valor de troca para ajudar na reconstrução de um elenco bastante deficitário no momento.

Há esperança para 2021? Hm, até que sim. Salvo um desfecho bastante inesperado, os Jets terminarão a temporada com a primeira escolha geral do Draft (além de mais uma escolha extra de primeira rodada) e com uma nova comissão técnica. Trevor Lawrence, a provável primeira escolha, possui imenso talento e potencial. Se esse cenário se confirmar como esperado, o time começa 2021 com o pé direito e com esperança renovada no futuro.

O que precisa mudar urgentemente no time: Como a demissão de Adam Gase e a renovação da comissão técnica é praticamente certa, vale notar aqui que os Jets também sofrem com um problema relacionado ao seu dono. Christopher Johnson assumiu o comando da organização em 2017 – seu irmão Woody se tornou o embaixador americano no Reino Unido pós-eleição de Donald Trump – e desde então New York tem sido uma equipe repleta de problemas fora de campo.

Existe a expectativa de que Woody reassuma o comando geral da franquia em 2021, e se tomarmos os últimos 4 anos como base, seu papel como dono será melhor executado do que o de seu irmão. São questões de fora que refletem no produto apresentado aos fãs.

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