Desde 2015, todos os vencedores do prêmio de Calouro Ofensivo do Ano foram para o Pro Bowl com exceção do ano passado. É um prêmio que costuma ser um indicador de um início de carreira, então vencê-lo pode por um lado ser prestígio – mas por outro também é um termômetro interessante.
De 2011 para cá, a posição de quarterback dominou o prêmio: foram cinco vencedores. Os running backs apareceram com quatro nomes e os wide receivers apenas com Odell Beckham Jr. em 2014. Assim, mais do que natural que os quarterbacks sejam favoritos neste ano, certo? Afinal, foram cinco escolhidos na primeira rodada.
Pois é, mas não é o caso. A única chance de termos um quarterback como Calouro Ofensivo do Ano é com Mac Jones, que está ganhando cada vez mais espaço na briga – além de vir vencendo jogos, queira ou não. New England tem campanha de 7-4 e são cinco vitórias seguidas. Se Jones levar os Patriots até os playoffs, independente do que outros calouros fizerem como running back ou wide receiver, seu caso fica muito forte – até pelo contraste com os outros pares quarterbacks da classe. Lembremos de 2016, quando Ezekiel Elliott voou baixo: o prêmio ficou com Dak Prescott.
Não é segredo para ninguém que a NFL é quarterbackcêntrica, então a chance de Mac Jones disparar na reta final do campeonato é grande. O calendário, porém, dá uma encrencada: partidas contra Tennessee e duas contra Buffalo devem ser o fiel da balança. De toda forma, a partida contra os Chargers e contra os Browns também eram dura no papel e Jones fez bom trabalho em ambas.
Embora os números não sejam maravilhosos, pesa o contraste com os outros quarterbacks e o fator “playoff” – ainda mais num dos maiores mercados consumidores da liga e com a briga com Buffalo na divisão. É verdade que a defesa e a linha ofensiva estão ajudando, mas não temos como tirar Jones da disputa de forma alguma depois de 11 jogos.
Ja’Marr Chase continua favorito
Depois de um início forte de temporada, Ja’Marr Chase vem sendo menos manchete porque o efeito da novidade passou, certo? Bom, pode até ser. Mas isso não quer dizer que ele de longe vem sendo o melhor wide receiver calouro nesta temporada. Nas primeiras cinco semanas de fato os números foram bizarros de bons: 456 jardas recebidas e 5 touchdowns, líder absoluto entre os calouros.
