Matt Ryan e Julio Jones dominam os Packers e os Falcons estão no Super Bowl

Antes do jogo de hoje começar, imaginava-se uma partida com dois grandes ataques e nenhuma defesa. O que tivemos, no entanto, foi um ataque e uma defesa, ambos do mesmo time. O Atlanta Falcons dominou as ações do começo ao fim, conquistando a vitória sobre o Green Bay Packers e a vaga no Super Bowl LI.




Os Falcons dominaram a partida em todos os aspectos, não dando qualquer chance para um oponente que, na hora da decisão, se mostrou falho demais e com talento de menos para estar ali.

No fim das contas, vitória arrasadora dos Falcons por 44 a 21 – e a diferença poderia ser ainda maior. Aaron Rodgers, em realidade, foi o menor dos problemas dos Packers. A linha ofensiva jogou mal, a defesa parecia perdida (e as chamadas defensivas não ajudavam), o pass rush não fez nem cócegas em Matt Ryan e o jogo terrestre foi nulo.

Ryan e Jones

Desde os primeiros lances do jogo, ficou claro que a defesa dos Packers não teria como parar o ataque dos Falcons. Julio Jones, especificamente, teve uma partida espetacular. O cornerback dos Packers, LaDarius Gunter, vai ter pesadelos com Jones correndo para longe ou saltando por cima do defensor para pegar a bola. Jones terminou o jogo com 9 recepções, 180 jardas e dois touchdowns recebidos.

Além do wide receiver, o quarterback Matt Ryan teve uma atuação digna do MVP da temporada regular. Ryan, que é o favorito ao prêmio, lançou para  4 touchdowns e correu para outro, totalizando 392 jardas passadas. Em um confronto no qual, analisando-se friamente os elencos, a única posição em que Green Bay superava Atlanta era na de quarterback, a atuação de Matt Ryan (muito superior à de Aaron Rodgers), foi o prego no caixão dos Packers.

Tiros no pé

Se com uma atuação de alto nível já seria difícil para os Packers vencerem a partida, o que vimos hoje foi um festival de erros que tiram qualquer chance da equipe. Além de múltiplos drops (pelo menos 5), os Packers sofreram com um field goal perdido por Mason Crosby, um fumble de Aaron Ripkowski na beira da end zone, diversos erros defensivos e uma displicente interceptação lançada por Aaron Rodgers.

Hoje foi o dia em que os desfalques por contusões e a opção da direção dos Packers em não investir em contratações de free agents se mostraram de maneira negativa para a equipe. A secundária foi destruída pelo ataque dos Falcons, e os jovens (ou nem tanto) recebedores não executaram as jogadas como deveriam.

Xeque Mate

Talvez a grande lição da vitória do Atlanta Falcons de hoje venha no quesito estratégia. É claro que, como já falamos, a equipe dos Falcons Falcões é mais talentosa que a dos Packers (com exceção, no papel, a Rodgers-Ryan). Ainda assim, a grande vantagem esteve na estruturação ofensiva orquestrada pelo coordenador Kyle Shanahan. Graças a Shanahan, com seu sistema ofensivo de ritmo e variação de rotas e leituras, a defesa dos Packers estava vários passos atrás. Com passes rápidos e pockets móveis, Shanahan anulou o pass rush, colocando toda a pressão sobre a desfalcada secundária de Green Bay.

Shanahan deve assumir na próxima temporada o posto de técnico principal do San Francisco 49ers (ou, segundo o boato corrente, do Indianapolis Colts) e, no jogo de domingo mais em todo o ano, foi figura tão importante quanto Matt Ryan e Julio Jones para o sucesso dos Falcons.


“RODAPE"

E agora?

Atlanta chega ao segundo Super Bowl de sua história. No primeiro (XXIII), a equipe não ofereceu muita resistência ao Denver Broncos comandado pelo grande John Elway. Agora, com o melhor ataque da liga, os Falcons vão a Houston para brigar de igual para igual pelo título.

Do outro lado, Aaron Rodgers continua tendo disputado apenas um Super Bowl em sua carreira. Justamente o que venceu, o XLV. Desde então, Packers e Rodgers estiveram nas seis pós-temporadas seguintes, não conseguindo voltar ao palco máximo da National Football League.

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