Uma das narrativas que vemos todo ano no Draft é a do prospecto de excelente qualidade técnica, mas que deixa dúvida sobre questões extra-campo. Atrasos em treinos, mau comportamento, problemas familiares e com a justiça são os principais fatores do que se convencionou chamar de “red flags”: problemas que podem atrapalhar o desempenho ao nível profissional, mesmo que a qualidade seja de alto nível. Exemplos mais recentes disso são Dwayne Haskins e Isaiah Wilson, escolhas de primeira rodada de Washington e Tennessee em 2019 e 20 respectivamente. Nenhum dos dois está mais com essas equipes.
Neste ano, ninguém preocupa mais as franquias que o linebacker Micah Parsons, de Penn State. Se dentro do campo suas performances foram dignas de uma escolha muito alta, sendo amplamente especulado no top-10. Numa das classes mais fortes em sua posição nos últimos anos, ele é destaque e não é anormal o ver como um dos 5 melhores jogadores do Draft inteiro. Porém, fatos de sua vida fazem com que os times fiquem com a pulga atrás da orelha.
O histórico é nebuloso
Desde seus tempos de ensino médio que Parsons apresenta comportamentos problemáticos: seu recrutamento foi cercado de drama e Terrance Parsons disse saber que o filho gostava da atenção recebida da mídia. No seu penúltimo ano foi acusado de ter incitado um motim no refeitório, gritando a palavra “arma” e suspenso por isso. Logo após ele mudou de escola, disse que se transferiu para ficar mais próximo a sua mãe, e seu pai disse que as acusações eram infundadas. Também especula-se que ele tenha trocado de colégio por conta de tweets racistas proferidos por alunas da escola.[foot]https://www.pennlive.com/pennstatefootball/2016/10/penn_state_commit_micah_parson_3.html[/foot]
