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Olá pessoal, para vocês, qual seria o ranking dos principais quarterbacks do Draft juntando a classe de 2020 e 2021? Obrigado.
– Victor Granado
Essa pergunta é bem interessante: Lawrence certamente seria o primeiro colocado, mas o segundo já fica mais difícil: você aposta no altíssimo piso de produção de Joe Burrow ou arrisca com o potencial de Justin Fields?
O ranking final seria Lawrence > Fields > Burrow > Tagovailoa > Lance. O equilíbrio é BEM grande.
Caso um time tenha muito espaço em cap, ele pode assinar com algum jogador um contrato longo com boa parte sendo paga no primeiro ano e depois trocar esse jogador com algum time sem espaço de cap por escolhas de Draft? Exemplo: digamos que o time A tenha 100 milhões livres, ele contrata um jogador com contrato de 5 anos com quase todo valor sendo pago no primeiro ano e após o pagamento, o time transfere o jogador para outro time sem espaço na folha salarial por escolhas de Draft
– Rodrigo
Poder, na teoria, ele pode. Mas não existe muita lógica em fazer isso já que você estaria ocupando uma parte importante da sua folha salarial que poderia 1) ser útil na contratação de outros jogadores e 2) ser útil em termos de rollover (o dinheiro que sobra num ano e é transferido para o limite salarial do outro).
O caso mais parecido que já aconteceu foi quando o Cleveland Browns recebeu Brock Osweiler e seu contrato gigante do Houston Texans, que procurava se livrar do jogador por conta de seu preço incondizente com seu talento; só que, nesse caso, os Browns também receberam escolhas de Draft pra assumir esse contrato. Esse mecanismo é muito comum na NBA.
Primeiramente gostaria de parabenizá-los pelo excelente trabalho que vem sendo realizado. Como torcedor do Los Angeles Rams, gostaria de saber a opinião de vocês sobre o seguinte: se vocês fossem Les Snead, teriam renovado com Leonard Floyd ou com John Johnson III? Abraços
– Matheus Luz
Uh, boa pergunta, Matheus. Floyd saiu um pouco caro? Talvez. Mas acreditamos que seria a melhor opção, especialmente porque os Rams têm bons nomes na secundária. Dito isso, John Johnson III foi uma ótima contratação dos Browns para a secundária. E muito obrigado pelos elogios!
Eu sou praticante de futebol americano, curso psicologia e estou fazendo projeto um de iniciação cientifica na faculdade com o tema de futebol americano, busquei entender melhor quais os aspectos psicológicos que influenciam no desempenho desses atletas, e até qual ponto as semelhanças entre o sentimento de estar em uma batalha (guerra) e o sentimento de estar em uma partida de futebol americano são semelhantes. Eu queria saber especificamente do Deivis qual era o sentimento dele quando estava ali, dentro de campo (mesmo como coach), no jogo de xadrez que é o futebol americano, e se pode dizer quais aspectos mais influenciavam os atletas?
– Pedro Moreira
Estar na beira de campo é um mix de sensações e tudo muda muito rápido. Claro que a preparação pesa muito: quanto mais pronto você está, menos nervoso você fica. Entretanto, existem inúmeras variáveis em um jogo e você, mesmo muito bem preparado, não consegue cobrir tudo. Como treinador, ser frio por dentro na hora da tomada de decisão é fundamental: por inúmeras vezes eu estava gritando com meus atletas, mas por dentro estava bem tranquilo e com controle da situação, pensando no próximo movimento.
Sobre os atletas, você tem que saber lidar com cada um e suas peculiaridades. Particularmente sempre fui um treinador muito enérgico e como meus jogadores já me conheciam, sabiam que tomar uma dura era normal. São dois estímulos básicos: motivação e cobrança. Motivação você dá ao acerto ou mesmo a um erro ocasional. Exemplo é se o quarterback sofreu uma interceptação, errou etc, você dá confiança e vamos para a próxima; já a cobrança vem de erros repetidos ou alertados: se esse mesmo quarterback errar pela segunda vez a mesma coisa, a conversa muda de tom.
É importante também sempre lembrar os jogadores que o coletivo pesa mais sobre o individual e que você não se importa muito com anseios pessoais: você tá ali para fazer o time vencer e não para ele fazer bons highlights. Como sempre gostei de lidar com a pressão e sempre fui a campo preparado, acho a sideline o melhor lugar do mundo. Hoje, aposentado, não sinto falta alguma da rotina de treinos, porém, todo santo dia sinto falta da beira do campo, de chamar jogadas e estar na adrenalina de um jogo. Estar ali, tentando antecipar seu oponente, organizando tudo, sabendo que está pronto para lutar, é uma sensação sem igual.
Vocês são 10!!! Que bela ideia de fazer uma matéria respondendo os assinantes! Muito legal ver esse carinho que possuem com o público do Pro Football! Obrigado!! Abraços!!
– Felipe Souto
Nós que agradecemos vocês por assinarem o site e permitirem que a gente continue, Felipe!
Olá, gosto muito do trabalho de vocês e as vezes sinto falta do “adolescente” Curti com suas opiniões menos panos quentes. Enfim, apesar da diferença entre a aquisição de Brees pelos Saints e de Wentz pelos Colts, pode ser que o mesmo efeito se repita novamente? Em minha humilde análise, vejo que o Wentz dos Eagles mostrou até mais que o Brees dos Chargers. Além disso, o elenco de apoio – exceto pelos alvos – que Wentz receberá em Indy o deixa numa posição de obrigação de ser um quarterback top 10 na liga? Abraços e continuem com os momentos de groselhas.
– Mateus Paraguassu
‘Obrigação’ é um termo forte, porém, Wentz certamente precisa de um ano acima da média para justificar o investimento dos Colts na troca. Ele vem de uma temporada terrível em Philadelphia e teve seu pedido de troca atendido, reunindo-o com Frank Reich. Pode ser que haja um caso parecido com Brees? Sim. Só que ele entra pressionado em 2021.
Como torcedor de New England, fiquei intrigado pra saber como funciona a tender, visto que JC Jackson é um jogador valioso. Digamos que um time tem duas escolhas de segunda rodada (que é o preço da tender do JC), o time poderia enviar qualquer uma delas pra pagar a tender?
– Lucas Cordeiro da Silva
Não, Lucas. O time seria obrigado a dar sua escolha original de segunda rodada para um jogador cuja tender é a de segunda rodada. O JC Jackson assinou o contrato dele, então não precisa se preocupar – ele é um excelente cornerback.
Barry Sanders seria escolha top 5 em algum dos últimos 5 Drafts?
– Pedro Vieira
É impossível prever, mas palpitaríamos que sim. A temporada de Sanders em Oklahoma State em 1988 foi incrível, dá pra imaginar um cenário no qual ele seria o primeiro running back escolhido na frente de Leonard Fournette (#4, 2017) ou Saquon Barkley (#2, 2018)
Se os Packers precisavam tanto de um cornerback a ponto de escolher o Eric Stokes na primeira rodada, não seria melhor trocar essa escolha pelo Gilmore e draftar um projeto depois?
– Herick Pitton
Provavelmente não, já que o Gilmore, apesar de ser um cornerback de elite, tem idade avançada e só mais um ano de contrato, ou seja, trocar uma escolha de primeira rodada por ele seria muito caro.
Concordo com a grande maioria dos 10 vencedores listados, exceto o Kyle Shanaham. Os relatos pré-draft mostravam que Mac Jones era o quarterback favorito do treinador dos 49ers. A escolha do Trey Lance mostrou que, no final, prevaleceu a vontade do GM.
– Sergio Santos
Na verdade o desejo de ambos era Trey Lance, que foi o escolhido. Esse artigo do NFL.com mostra como o processo se desenrolou por dentro da organização.
Gosto muito dos comentaristas brasileiros, mas, neste caso em particular, fico com a opinião de boa parte dos insiders e analistas americanos, que vislumbram um grande potencial no Odafe Oweh. Será o DK Metcalf da defesa.
– Sergio Santos
Acontece! Opiniões são variadas e não está errado em discordar ou pensar diferente em relação a um prospecto – nem as próprias equipes fazem isso. Potencial atlético ele realmente tem, assim como o Metcalf.
Após a escolha de Stone Forsythe, acha que ele poderá ser titular dos Seahawks de imediato? Como ficaria a linha ofensiva do time na análise de vocês?
– Fernando de Souza Paiva
De imediato, não – ele tem potencial atlético interessante, mas precisa refinar sua técnica. Talvez daqui a 1 ou 2 anos ele possa ter um papel na linha ofensiva de Seattle.
Oi, Curti e Deivis, tudo bem? Ao invés de pegar Waddle, Phillips, Holland e Eichenberg nas 4 primeiras escolhas, não seria melhor a sequência Sewell, Bateman, Moehrig e Ojulari? Todos estavam disponíveis nas escolhas sugeridas. Aliás, avisei que Mac Jones estaria disponível na escolha 12: ninguém dá a vida pra subir no Draft pra pegar o Garoppolo feio – com ênfase no feio. Tenho 17kg a mais que Mac Jones e não tenho aquela pança, embora também não tenha a conta bancária dele.
– Eduardo Pinto
Ok, nós rimos bastante com relação ao físico do Mac Jones. Dentro da nossa avaliação, sim, porém, o Draft nunca é uma ciência exata, não é mesmo? Eles talvez não quiseram apostar em Sewell tão cedo por conta da seleção de Austin Jackson no ano passado.
Só queria registrar meu agradecimento a toda equipe, em especial ao Deivis, que resolve os problemas com simplicidade e direto ao ponto! Nossa troca de e-mails foi rápida, coesa, com poucas palavras e objetiva! Era assinante anual e agora me filiei ao plano eterno muito pela agilidade e simplicidade do Deivis. Com a correria do dia-a-dia não temos tempo para blá-blá-blá ou mi-mi-mi! Vida longa ao Pro Football!
– Guilherme Hoeller
Nós é que agradecemos, Guilherme! Tentamos sempre ser o mais efetivo possível no nosso suporte.
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