Seattle Seahawks quarterback Russell Wilson has the football stripped by outside linebacker Von Miller, lower left, for a fumble in the first half of a preseason NFL football game, Friday, Aug. 14, 2015, in Seattle. (AP Photo/Elaine Thompson) SEA111

Necessidades no Draft: Seattle e sua (falta de) linha ofensiva

Sack, Russell Wilson sofre um hit e depois sai correndo com a bola. O final de temporada de Seattle ano passado se resumiu a isso em quase todas as campanhas. A falta de confiança no jogo terrestre expôs absurdamente a linha ofensiva e o resultado foi catastrófico: Wilson sofreu pressão em 36% dos dropbacks, a pior marca da liga.

O principal problema foi a dupla de tackles que estava em campo – seja J’Marcus Webb, Garry Gilliam, Bradley Sowell, George Fant ou qualquer outro nome esquecível que virou titular em algum momento. Foi uma coleção de bizarrices que afetou o jogo terrestre (3,95 jardas por tentativa no ano passado; pior marca desde 2011) e também o aéreo – 42 sacks cedidos, sendo INCRÍVEIS 32 conquistados pelos edge rushers dos adversários (mereceu até caps lock e negrito).

Seattle foi obrigado a trazer Luke Joeckel (o mini-bust de Jacksonville) só que é muito pouco. Na realidade é quase nada. Esta catástrofe ambulante que se chama linha ofensiva quase obriga o time a jogar pela janela o conceito de melhor jogador disponível e escolher por necessidade – e olhe que os Seahawks possuem outros buracos além da linha.

Quem ficou na Free Agency: CB Neiko Thorpe, TE Luke Willson, FS Deshawn Shead

Quem chegou na Free Agency: DE Dion Jordan, ILB Terence Garvin, T/G Oday Aboushi, ILB Michael Wilhoite, FS Bradley McDougald, RB Eddie Lacy, G/T Luke Joeckel, TE Chris Briggs,

Quem saiu na Free Agency: LT Bradley Sowell, OLB Michael Morgan, DT Tony McDaniel, FB Marcel Reece, FB Will Tukuafu, SS Jeron Johnson, SS Kelcie McCray, CB Terrell Steven, CB Mohammed Seisay, DE Tavaris Barnes, WR Devin Hester (não renovaram), K Steven Hauschka (Bills), DE Damontre Moore (Cowboys), DT John Jenkins (Bears), TE Brandon Williams (Colts).

Necessidades do Seattle Seahawks no Draft 2017: Linha ofensiva, defensive tacklecornerback

A chegada de Eddie Lacy serviu para estabilizar a posição de running back e dar muita flexibilidade aos Seahawks. O time sabe que o foco número um é a linha ofensiva, mas defensivamente também há problemas.

A ideia de que plugar qualquer um oposto a Richard Sherman parece que não funcionou. Desde a saída de Byron Maxwell a posição não tem tanta estabilidade como o desejado e isto está refletindo até mesmo nas estatísticas: foram 8,1 jardas por tentativa de passe, 13 touchdowns e 10 interceptações no ano passado – de longe a pior marca nos últimos quatro anos. A expectativa de ter Jeremy Lane e DeShawn Shead brigando pela titularidade não deve agradar tanto a franquia e cogitar algumas vezes nesta intertemporada trocar Richard Sherman liga o sinal amarelo que precisa reforçar a secundária.

Linha ofensiva

Não tem muito mais o que falar: este time precisa reforçar a posição, principalmente os tackles. Joeckel é sólido, no máximo, e um injury prone nato: ele só completou mais de 10 jogos em apenas duas das quatro temporadas que jogou. Como foi seu desempenho quando esteve em campo por tanto tempo? Média de 8 sacks cedidos por ano. Ele é muito mais um projeto tampão do que uma solução a longo prazo. Do outro lado não há um titular definido, o que mostra o desespero da franquia em tentar consertar o pior setor de todos.

Por causa disso é possível que os Seahawks cometam um reach (caso o pior cenário de todos se desenhe, ou seja, Garett Bolles, Cam Robinson, Forrest Lamp e Ryan Ramczyk já tenham sido escolhidos) no final da primeira rodada e escolham alguém como Antonio Garcia (para jogar de right ou left tackle) ou até mesmo Dan Feeney (seria um guard e poderia liberar Germain Ifedi para tentar outra vez ser um right tackle). A necessidade aqui fala muito mais alto e este é um caso extremo que se ater ao conceito de melhor jogador disponível não é a melhor estratégia – e pode acabar machucando seriamente seu quarterback ao longo do ano.

Defensive tackle

Enquanto Seattle teve 42 sacks no ano passado, apenas 7,0 vieram de jogadores alinhados como defensive tackles – sendo que 3,5 foi de Frank Clark, que é defensive end. Enquanto Jarran Reed vai ser o titular neste ano, na outra posição existe um vazio e uma coleção de nomes. E o pior: falta profundidade. Os Seahawks ficaram conhecidos pela sua intensidade e um efeito colateral é precisar de profundidade na linha defensiva. O time precisa reforçar o setor, caso contrário pode virar o calcanhar de Aquiles ao longo do ano.

Cornerback

Nunca mais achei que as palavras necessidade e cornerback poderiam ser encaixadas novamente em uma frase sobre os Seahawks. Mas é verdade: o setor preocupa, ainda mais com Sherman ficando cada vez mais velho e (aparentemente) dispensável – é o que pensa a diretoria, não eu, que fique claro. Desde a saída de Byron Maxwell a estabilidade não existe e o setor foi exposto com a lesão de Earl Thomas no fim do ano passado.

Não que isso faça Seattle gastar uma escolha alta com um cornerback: se fosse apostar, um será selecionado lá pela quarta rodada. Mesmo assim vai merecer atenção de Seattle durante o Draft – afinal o Draft da NFL não se resume apenas ao primeiro dia.

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