Os 10 técnicos que correm o risco de perder o emprego após o final da temporada

Depois de muitos meses de espera, a temporada 2016 da NFL teve início. Agora, em um piscar de olhos, ela já está chegando ao fim. O duelo da quinta-feira passada entre Raiders e Chiefs abriu a semana 14, ou seja, o último quarto da temporada.

Nesta altura do campeonato, as franquias estão com os seus objetivos do ano definidos. Já sabemos quem irá brigar pelo título de divisão ou uma vaga nos playoffs via wild card, quem irá assistir aos jogos de janeiro no sofá de casa e quem provavelmente terá uma escolha top 5 no próximo Draft. Além disso, também podemos analisar com mais clareza o desempenho de times, jogadores e técnicos, inclusive avaliando quais destes últimos estão próximos de perder o emprego daqui a algumas semanas.

Tradicionalmente a primeira segunda-feira após o término da temporada regular é o dia em que as cabeças de treinadores e general managers rolam. Há até um apelido para a data: “Black Monday”. Pensando nisso, falaremos hoje sobre os técnicos que estão mais pressionados e com mais chances de serem dispensados. Ao todo, selecionamos 11 nomes e os dividimos em quatro grupos, os quais foram separados conforme o maior ou menor risco de demissão.

Não falaremos da situação de todos os head coaches da liga para não ficarmos chovendo no molhado. Por exemplo, equipes com bom desempenho e próximas de se classificarem aos playoffs obviamente não mudarão a comissão técnica. Treinadores com muita moral, como Bruce Arians e Ron Rivera, mas que estão decepcionando em 2016 também correm poucos riscos. Ademais, existem certos nomes consagrados (Bill Belichick, Pete Carroll e Sean Payton) que são quase intocáveis.

Grupo 1 – Já podem marcar a visita ao RH

Este é o clube dos técnicos que estão com a batata mais do que assada. Falta de resultados, performance abaixo da média, desgaste nos times, enfim, a chance de demissão é bem alta e o desemprego parece ser apenas uma questão de tempo.

Gus Bradley, Jacksonville Jaguars – Antes da temporada começar, muita gente pensava que este seria o ano em que o respeito voltaria em Jacksonville. Com uma offseason sólida, a expectativa era ver os Jaguars brigando pelo título de divisão e uma vaga nos playoffs. Ao invés disso, a equipe continua sendo uma das piores da liga (record de 2-10) – na verdade, ela até regrediu em relação ao mostrado em 2015.

Por mais que conte com a simpatia de Shahid Khan, proprietário da franquia, não existe mais futuro para Gus Bradley. Desde de 2013, o head coach soma 14 vitórias e 46 derrotas. Pior do que isso, não consegue fazer o time evoluir. Só um milagre o manterá no cargo.

Mike McCoy, San Diego Chargers – San Diego talvez até tenha jogado melhor do que o atual record de 5-7 sugere. Lembra no começo do ano quando o time perdeu várias partidas nos últimos segundos de maneiras inacreditáveis? Se tivesse um pouco mais de competência para fechar os confrontos, poderia quem sabe estar sonhando com pós-temporada. Porém, a ausência de resultados positivos pesa contra McCoy. Os Chargers ficarão fora dos playoffs pela terceira vez consecutiva e provavelmente terminarão com um record negativo de novo. Mike já era um nome ameaçado antes da temporada começar e não fez nada demais para mudar sua situação.

John Fox, Chicago Bears – É difícil saber até que ponto o insucesso dos Bears é culpa de John Fox. O elenco da equipe não é dos mais talentosos e ainda por cima sofre constantemente com muitas baixas por conta de lesões – por exemplo, é impossível ser feliz com o terceiro reserva Matt Barkley under center. Em todo o caso, Chicago somou apenas três vitórias em 2016 e tem tudo para ser o lanterna da NFC North pela terceira vez seguida. A diretoria não teve muita paciência com Marc Trestman e o mesmo pode ocorrer com Fox. De toda forma, outro treinador de Chicago deve ser o “boi de piranha” e vai pra rua: Vic Fangio, o coordenador defensivo. Isto pode aliviar Fox por pelo menos mais um ano (ou dois, caso venha um quarterback novo via Draft).


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Marvin Lewis, Cincinnati Bengals – Lewis é treinador dos Bengals desde 2003 e levou a franquia aos playoffs nos últimos cinco anos. O problema é que ele não venceu nenhum desses jogos. O colapso diante de Pittsburgh na pós-temporada passada somado com o ano de 2016 abaixo do padrão podem resultar na sua dispensa, pois ele aparenta estar desgastado no cargo. Contudo, algumas vitórias nesse final de ano talvez propiciem uma sobrevida devido à sua história, embora Cincinnati deva mesmo ficar fora do mata-mata.

Grupo 2 – A paciência está chegando ao fim

O grupo 2 contém os treinadores que não estão tão ameaçados quanto os anteriores, contudo mesmo assim precisam ligar o sinal de alerta. A chance de demissão existe, mas é um pouco menor.

Rex Ryan, Buffalo Bills – Buffalo está caminhando outra vez para mais um record medíocre. Atualmente 6-6, a equipe provavelmente terminará na casa das oito vitórias e ficará fora dos playoffs de novo. Rex Ryan foi contratado em 2015 para mudar isso e até agora não vem conseguindo cumprir sua missão. A passagem do treinador pelos Bills é apenas regular e, como diz o nome desse grupo, a paciência está chegando ao fim.

Todd Bowles, New York Jets – Após quase levar os Jets aos playoffs no ano passado, Bowles viu seu time implodir em 2016. A inconsistência na posição de quarterback condenou o ataque, enquanto que a defesa deixou de ser uma das melhores e virou uma das piores da liga. Todd tem crédito graças ao que fez em 2015, entretanto não seria uma grande surpresa se ele já perdesse o emprego.

Grupo 3 – Seguros no cargo, pero no mucho

Os head coaches dessa categoria muito provavelmente não serão demitidos agora, salvo alguma coisa bizarra acontecer no final do ano, porém iniciarão 2017 com um ponto de interrogação sobre suas cabeças.

Hue Jackson, Cleveland Browns – Apesar do atual 0-12 e das chances altas de terminar o ano sem nenhuma vitória, ninguém imagina que os Browns irão abortar o projeto Hue Jackson. A chegada do treinador foi a melhor coisa feita pela franquia na intertemporada passada e não faria sentido desistir agora. Por outro lado, um número tão excessivo de derrotas pode trazer instabilidade para qualquer um e Jackson será mais cobrado em 2017. De toda forma, existe histórico de One and Done em Cleveland, então vai saber…

Chip Kelly, San Francisco 49ers – Kelly vive uma situação similar à de Hue Jackson. Ele também acumula várias derrotas (1-11), mas como dirige discutivelmente o pior time da NFL não dá para dizer que a culpa pelo fracasso é exclusivamente sua. Segundo informações recentes, Kelly permanecerá com os 49ers em 2017 não importa o que acontecer.

Chuck Pagano, Indianapolis Colts – Pagano assinou uma surpreendente extensão contratual de quatro anos no último mês de janeiro, logo ele não deverá ser mandado embora de imediato. Entretanto, pouca coisa mudou em relação ao que aconteceu em 2015, quando ele quase perdeu o emprego. Os Colts continuam com os mesmos problemas de sempre (defesa fraca, Andrew Luck apanhando demais etc.) e não conseguem evoluir. Se a equipe ficar fora dos playoffs pela segunda temporada seguida, a pressão sobre Chuck só aumentará.

Mike McCarthy, Green Bay Packers – McCarthy é um treinador bastante vitorioso em Green Bay, contudo ele foi constantemente apontado como um dos maiores culpados pelos insucessos da franquia em 2016. Mike, por exemplo, foi acusado de tomar decisões ruins e não saber utilizar direito seus melhores atletas (leia-se Aaron Rodgers). Houve até um boato de que ele havia “perdido o vestiário”. A ascensão dos Packers nessa reta final de temporada deu vida nova ao técnico, embora o desgaste pareça ser evidente. Este é mais um caso em que a paciência pode estar se esgotando.

Grupo 4 – Jeff Fisher powered by Stan Kroenke

Namore alguém que goste de você como a diretoria dos Rams gosta de Jeff Fisher – sério, vocês serão felizes para sempre. Criamos uma categoria especial para Jeff simplesmente porque ele não se enquadra em nenhuma outra.

Os Rams mais uma vez viveram um ano frustrante (nem Todd Gurley se salvou) e terminarão de novo com mais derrotas do que vitórias. Em cinco temporadas sob a tutela de Fisher, o time até agora soma um record de 31-44-1 e não foi aos playoffs nenhuma vez. Ainda assim, nesta intertemporada ele recebeu uma extensão contratual de dois anos. Não importa a pressão da imprensa e dos torcedores, ou mesmo os resultados, Fisher será mantido no cargo. Resumindo, teremos que começar a nos acostumar com a ideia de vê-lo comandando os Rams para sempre.

Acabou o amor. Fisher foi demitido pelos Rams na segunda-feira seguinte a publicação deste texto, dia 12 de dezembro, após perder para os Falcons por 42 a 14. A franquia pelo visto se arrependeu da extensão contratual.

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