Os 5 melhores grupos de recebedores em 2015

Na semana passada começamos nossa série de análises dos grupos posicionais das equipes da NFL, pela posição de quarterback. Hoje, analisaremos os melhores grupos de wide receivers. Para isso, desenvolvemos nossa própria métrica de avaliação de desempenho da  posição, chamada de Índice de Sucesso em Recepções (ISR).

Ele leva em conta as jardas, touchdowns e first downs conquistados por um jogador. Como a configuração ofensiva mais utilizada na NFL conta com três wide receivers em campo simultaneamente, somamos o ISR dos três principais jogadores da posição de cada equipe, obtendo um ISR Total para cada uma delas. É importante ressaltar que o ISR é baseado na produção absoluta de um jogador. Dessa forma, um jogador que perdeu alguns jogos por lesão ou suspensão teve uma nota abaixo do que poderia ter tido se tivesse disputado todas as partidas. Além disso, essas notas são referentes à temporada 2015, e somente a ela. Não estamos analisando o desempenho em temporadas anteriores nem prevendo o potencial futuro desses grupos de wide receivers. Não obstante, analisaremos as mudanças ocorridas nesses grupos (ou a ausência delas) e como isso pode afetar seu desempenho em 2016. Assim como aconteceu com os quarterbacks, analisaremos apenas a temporada regular de cada time, para que todos os jogadores sejam analisados no mesmo período de tempo.

5 – New York Giants

ISR Total: 741

Em 2015, o grupo de wide receivers do New York Giants poderia ter sido apelidado de “o exército de um homem só” com seu split end. Odell Beckham Jr., dando continuidade ao seu espetacular ano de calouro, foi o responsável por 55% do ISR do grupo. Suas 1.450 jardas foram a quinta melhor marca da liga e seus 13 touchdowns só foram superados por Brandon Marshall, Allen Robinson e Doug Baldwin. Em 2015, OBJ se tornou o wide receiver com mais jardas em suas duas primeiras temporadas como profissional, e isso é apenas uma amostra do que está por vir.

Seus companheiros de posição foram Reuben Randle e Dwayne Harris, mas nenhum deles fez algo digno de nota. Randle terminou a temporada com 57 recepções, 797 jardas e 8 touchdowns. Harris, o slot receiver da equipe, teve 36 recepções, 396 jardas e 4 touchdowns.

O que muda em 2016

Reuben Randle agora defende o rival Philadelphia Eagles, e os Giants foram buscar seu substituto no Draft. Sterling Shepard, estrela de Oklahoma, chega para ocupar a posição de flanker no ataque de New York. Shepard era considerado por muitos analistas o mais polido executor de rotas da classe de 2016 e, mesmo como calouro, já deve representar uma grande melhora sobre Randle. Outro motivo de esperança é o possível retorno de Victor Cruz. O jogador vem se recuperando de lesões seguidas no tendão patelar e  panturrilha e espera estar pronto para o training camp. A dúvida é: quanto de sua explosão restou após as lesões? De qualquer forma, Odell Beckham Jr. continuará sendo a estrela do time, em 2016 e por um bom tempo. Claro, ajudas são sempre bem vindas.

4 – Jacksonville Jaguars

ISR Total: 768

Allen Robinson e Allen Hurns têm mais em comum do que o primeiro nome. Ambos chegaram em Jacksonville em 2014, Robinson selecionado na segunda rodada do Draft e Hurns como um undraft free agent. E ambos foram os principais responsáveis pelos números dignos de video game alcançados por Blake Bortles em 2015, formando uma das melhores duplas de split endflanker da NFL. Robinson foi o melhor dos dois, alcançando 1.400 jardas e 14 touchdowns, com uma excelente média de 17,5 jardas por recepção. Hurns, entretanto, não ficou muito atrás, com 1.031 jardas e 10 touchdowns, tendo disputado uma partida a menos que seu xará. Bryan Walters foi um slot receiver eficiente, mas não sobrou muito volume de jogo para ele, com os outros dois monstros que atuavam a seu lado.

O que muda em 2016

Também selecionado na segunda rodada do Draft de 2014, a expectativa é de que Marqise Lee esteja em forma para a temporada. A chance de conquistar uma vaga como split end ou flanker, entretanto, já passou para Lee. Sua batalha agora é pra conseguir ocupar o slot e seus competidores são o atual dono da posição, Bryan Walters e Rashad Greene, que demonstrou potencial em ocasiões. Quanto aos Allens, ambos devem continuar o sucesso vivenciado em 2015, mas os reforços defensivos trazidos por Jacksonville devem contribuir para uma redução em seus números. Isso porque grande parte da produção aérea do time veio no chamado garbage time, parte do jogo em que o time está tão atrás no placar que praticamente abandona o jogo corrido. Com uma defesa melhor essas situações devem ser menos frequentes.

Os Jaguars têm em seus "Irmãos Allen" uma prolífica dupla de recebedores

3 – New York Jets

ISR Total: 808,7

Consistência. Esta é a palavra que melhor define o grupo de wide receivers do New York Jets. Seja em Denver, Miami, Chicago ou New York, Brandon Marshall tem sido a principal arma de sua equipe, tendo apenas duas temporadas (uma delas sendo a sua temporada inicial) com menos de 1.000 jardas conquistadas. Em todas as outras oito, Marshall esteve entre os melhores jogadores da posição. Um gigante, com boa velocidade para seu tamanho, ele é o que qualquer treinador deseja que seu split end seja. E para lhe fazer companhia, nada mais adequado que o flanker prototípico.

Especialista em passes contestados, Decker tem sido durante toda sua carreira a válvula de escape de seus quarterbacks. Desde 2012, Decker teve apenas uma temporada com menos de 80 recepções e 1.000 jardas, em 2012, quando teve que ser improvisado como split end e sofria marcação dupla constante. Os dois foram a melhor dupla de recebedores da temporada 2015, mas o que impede os Jets de estarem melhor posicionados nesse ranking, é a ausência de um terceiro wide receiver relevante no plantel. O próximo jogador mais produtivo da posição foi Quincy Enunwa, que teve apenas 22 recepções durante toda a temporada.

O que mudou em 2016

A principal mudança no ataque dos Jets nessa temporada pode ser na posição de quarteback. Geno Smith ocupa atualmente a vaga de titular, mas até hoje não foi capaz de aproveitar as oportunidades que lhe foram dadas. Os Jets selecionaram Christian Hackenberg na segunda rodada do Draft e Bryce Petty, selecionado em 2015 ainda espera sua chance. Nenhum dos três, no entanto, oferece uma perspectiva animadora para esse grupo de recebedores. É claro que o time ainda pode trazer de volta Ryan Fitzpatrick, que ajudou Marshall e Decker a atingirem seus ótimos números em 2015. Nesse caso, pouca coisa muda e o foco passa a ser a evolução de Devin Smith, recebedor especialista em rotas longas selecionado no Draft do ano passado, que ainda não demonstrou muita coisa e se recupera de uma lesão no joelho.

2 – Arizona Cardinals

ISR Total: 846,2

Agora entramos no seletíssimo grupo de times que tiveram três recebedores com boa produção. Na verdade, se não fosse o desequilibrio causado pela presença do melhor wide receiver da atualidade no grupo seguinte, os Cardinals com certeza ficariam com a primeira posição.

O talentoso grupo de wide receivers de Arizona é liderado pelo veterano Larry Fitzgerald. Em sua 12ª temporada na liga, Fitzgerald voltou a ser o recebedor dominante que não aparentava ser desde 2011. Além de concretizar 102 recepções, a melhor marca de sua carreira, o camisa 11 teve 1.215 jardas e 9 touchdowns. O segundo jogador mais produtivo do grupo foi John Brown. O segundanista foi um dos jogadores mais eficientes de toda a NFL, aproveitando suas oportunidades para superar as 1.000 jardas aéreas pela primeira vez em sua carreira. O terceiro da lista é Michael Floyd. Apesar de limitado por lesões durante a maior parte da temporada – ele deslocou gravemente os dedos de sua mão no training camp e lesionou a coxa em novembro – Floyd perdeu apenas uma partida e terminou a temporada com excelentes atuações.

O que mudou em 2016

Nada de significativo, no máximo a idade de Fitzgerald. Os três principais recebedores voltam aos papéis que desempenharam em 2015 e, com Michael Floyd recuperado, a esperança da torcida é de que os resultados sejam ainda melhores. O velocista J.J. Nelson, agora em seu segundo ano, deve ser um pouco mais utilizado, oferecendo ainda mais opções para Bruce Arians. A coisa promete ficar um pouco mais complicada em 2017, no entanto, quando terminam os contratos de Larry Fitzgerald e Michael Floyd. É provável que os Cardinals escolham renovar com Floyd e abrir mão de Fitzgerald, que estará com 34 anos. Mas, claro, muita coisa vai acontecer até lá.

1 – Pittsburgh Steelers

ISR Total: 850,6

Já foi insinuado anteriormente, mas agora será claramente dito: Antonio Brown é o melhor wide receiver em atividade na NFL, pelo conjunto de suas últimas temporadas. Seu ISR de 468,4 em 2015 só foi superado por Julio Jones, que também teve uma temporada monstruosa. Brown terminou a temporada regular com 136 recepções, para 1.834 jardas e 10 touchdowns. Ele ainda conquistou 84 first downs e teve uma taxa de recepção de 70%, sendo um dos principais responsáveis pela atuação histórica do ataque dos Steelers.

Mas Brown não foi o único a ajudar a colocar os Steelers na primeira posição de nossa lista. Apesar de perder os quatro primeiros jogos da temporada por suspensão, Martavis Bryant mostrou novamente sua explosividade, terminando a temporada com 765 jardas, sendo 350 delas conquistadas após a recepção. Markus Wheaton teve números similares, ainda que isso não seja tão impressionante, já que disputou todas as partidas do time na temporada.

O que mudou em 2016

Martavis Bryant está suspenso por toda a temporada e, infelizmente, existe a chance de que jamais o vejamos em campo novamente. Já analisamos a fundo as consequências de sua suspensão, mas o fato é que os Steelers têm diversas opções para substituí-lo. De Antonio Brown, podemos esperar que lidere a NFL em recepções e esteja na briga pela liderança em jardas e touchdowns também. Ou seja, uma temporada comum para seus padrões.

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