Nada suscita mais paixões e discussões acaloradas entre torcedores na NFL que quarterbacks. O menor sinal de elogio ou crítica a determinado jogador gera imensa argumentação, muitas vezes com fundamentos mais passionais que racionais. Afinal, eles costumam ser a cara da franquia por anos e principal ídolos dos adeptos. Pensando nisso, não poderíamos deixar de fora a posição mais importante do jogo de nossas listas dos melhores da última década. Vamos aos 5 melhores:
5 – Peyton Manning – Denver Broncos/Indianapolis Colts
O talento de Manning é tão grande que mesmo tendo jogado apenas cinco anos garantiu um lugar nesta lista. Depois de um bom 2010 pelo Indianapolis Colts, ele passaria o ano seguinte todo fora, por conta de uma lesão no pescoço e muitos davam sua carreira como encerrada. O Denver Broncos acreditou nele e não se arrependeu: em quatro temporadas, foram duas idas ao Super Bowl, com direito ao título em 2015. MVP da temporada de 2013.
Manning ainda bateria no mesmo ano o recorde de jardas lançadas numa única temporada (5477) e touchdowns (55). Talvez o quarterback mais inteligente a pisar num campo, “o Xerife” não poderia ficar de fora.
4 – Drew Brees – New Orleans Saints
Leio e ouço muitas piadas em relação a Drew Brees, em especial sobre a ausência de um prêmio de MVP ou sobre derrotas nos playoffs na última década. Pura balela, que em nada tira sua importância nos últimos 10 anos. Líder em passes completos, jardas e touchdowns no período citado, Brees marcou por ser eficiente, mesmo quando não teve grandes peças ao seu redor. Em situações complicadas, cansou de vencer jogos que pareciam perdidos e foi o segundo quarterback que mais conduziu drives vitoriosos, com 32. Falar de maneira pejorativa de Brees é ignorar que o jogo é coletivo, pois de maneira individual ele é inquestionável.
3 – Russell Wilson – Seattle Seahawks
Após ter sido escolhido apenas na terceira rodada do Draft de 2012, Wilson chegou na NFL com os dois pés na porta: barrou o recém-contratado Matt Flynn, se tornou titular, foi aos playoffs e ganhou o prêmio de calouro ofensivo do ano. Como se não bastasse, no ano seguinte, venceu o Super Bowl e esteve muito próximo do bi logo na terceira temporada. Mesmo quando não bem assessorado por um time talentoso, Wilson não cansou de tirar coelhos da cartola e levar os Seahawks mais longe do que se esperava. Sua capacidade de estender jogadas e conseguir lançamentos em profundidade desmontou muitas defesas nos últimos 10 anos. Com apenas 31 anos, tem tudo para ser um nome a elite da posição por muito mais tempo.
2 – Aaron Rodgers – Green Bay Packers
Em termos de talento como passador, o melhor entre todos os quarterbacks da década: Rodgers desafiou semana após semana defesas que tentavam o parar. Substituindo Brett Favre, ele conseguiu se tornar maior que seu predecessor e consolidar seu legado, vencendo o Super Bowl XLV. MVP por duas oportunidades (2011 e 14), Rodgers mostrou uma capacidade incrível de fazer lançamentos fora da base normal e muitas vezes contra o movimento do corpo, sempre com precisão milimétrica.
Com quase 5 touchdowns lançados para cada interceptação, ele teve o melhor pass rating da história uma única temporada, com 122, em 2011. Se você se encanta (justamente) com Patrick Mahomes, saiba que Rodgers fazia coisas muito parecidas algum tempo atrás.
1 – Tom Brady – New England Patriots
O currículo de Tom Brady entre 2010 e 2019 é incrível: cinco idas ao Super Bowl, com três títulos e dois MVPs do maior jogo do esporte. Fora isso, foi duas vezes o jogador mais valioso da temporada regular. Sendo honesto, nada disso representa o que Brady foi. Mais certo seria dizer que ele era imparável, aparecendo nos momentos mais complicados e sempre encontrando uma forma de vencer. Tal qual um robô, o camisa 12 parecia programado para vencer e nada mais. E era isso que ele fazia, de forma implacável.
Brady nunca foi o mais talentoso ou inteligente da NFL, mas sempre foi um dos que trabalhou mais duro. Formou com Bill Belichick o duo head coach-quarterback mais vitorioso da história, por confiarem na mesma premissa: a preparação e o comprometimento vencem qualquer adversidade. A capacidade de se reinventar a cada novo domingo, tirando proveito das fragilidades dos adversários com maestria é algo que demorará a ser igualado. Aos 42 anos, Brady tem um novo desafio e jogará agora pelo Tampa Bay Buccaneers. Dará certo? Pouco importa, ele não é só o maior da década passada, mas sim da história.
Menções honrosas: Philip Rivers (Los Angeles-San Diego Chargers), Ben Roethlisberger (Pittsburgh Steelers) e Matt Ryan (Atlanta Falcons).
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