Os 5 times que mais irão viajar em 2016 – e como isso pode prejudicá-los

Além de toda a preparação física e mental, treinamentos, estudos e minutos dentro de campo, uma boa parte do tempo dos jogadores da NFL, assim como da maioria dos atletas de outros esportes, é dedicada às viagens, pois as equipes devem disputar oito partidas por ano longe dos seus domínios. O curioso, entretanto, é que algumas franquias precisam se deslocar muito mais do que outras – muito mais mesmo.

De acordo com um levantamento feito por John Breech, analista do site CBS Sports, o Los Angeles Rams será o time que viajará mais quilômetros em 2016: 51.614 (a unidade de medida original utilizada por Breech foi milhas, porém optamos por fazer a conversão). As explicações para isso são simples. Primeiramente, temos a mudança do Missouri para a Califórnia – se tivessem ficado em St. Louis, os Rams percorreriam 40.886 km. Em segundo lugar, podemos citar o “passeio” de 8.755 km para jogar com os Giants, em Londres, na semana 7. Este número é algo realmente impressionante, sobretudo se compararmos com as equipes com menos quilometragem desta temporada. Por exemplo, Steelers, Browns e Ravens, todos membros da AFC North, totalizarão respectivamente 8.269, 9.762 e 11.381 km.

Tais estatísticas não costumam receber muito destaque na hora de projetarmos ou avaliarmos as franquias, porém dados recentes revelam que as viagens podem sim influenciar o desempenho dos times ao longo do ano. Vamos discutir como isso acontece e mostrar quem sofrerá mais em 2016.

Os 5 campeões de milhas aéreas de 2016 – as franquias da Costa Oeste novamente dominam a lista

1. Los Angeles Rams: 51.614 km

2. Oakland Raiders: 50.823 km

3. Seattle Seahawks: 44.617 km

4. Miami Dolphins: 41.064 km

5. San Francisco 49ers: 40.764 km

Como ocorre frequentemente, os representantes da Costa Oeste dos Estados Unidos dominaram o ranking de viagens da temporada. Apenas o San Diego Chargers não apareceu no Top 5, embora não tenha ficado muito atrás (7ª posição com 37.584 km). Isto se deve ao fato da maioria dos times da NFL se concentrarem no outro lado do país, deste modo obrigando grandes deslocamentos para a realização dos jogos. Ademais, existem casos especiais, como a ida dos Rams a Londres ou o duelo entre Raiders e Texans na Cidade do México. O único intruso da lista são os Dolphins, mas isso também é culpa da West Coast, já que Miami será obrigado a visitar Seattle, San Diego e Los Angeles.

As franquias da Costa Oeste ainda são soberanas em outra estatística: número de viagens superiores a 2.000 milhas (3.218km). Mesmo sem contar os confrontos internacionais, Rams, 49ers e Seahawks terão quatro desafios desse tipo. Os Raiders terão três e os Chargers dois.

E como as viagens influenciam as equipes?

A influência mais clara de todas é o próprio desgaste físico. Você talvez já passado quatro, cinco horas sentado dentro de um avião ou ônibus e provavelmente percebeu que não é uma das melhores experiências do mundo. Imagine então depois de jogar uma partida de futebol americano. Além disso, mais tempo dentro do avião ou em aeroportos esperando voos significa menos tempo de descanso e preparação para os jogos.

Outro efeito colateral é o chamado jet lag (em suma, a falta de adaptação do relógio biológico), ocasionado por mudanças grandes de fuso horário. A diferença de fuso entre as Costas Leste e Oeste dos Estados Unidos é de três horas, então, por exemplo, quando os jogadores dos Seahawks visitarem New York na semana 9 para enfrentar os Jets sofrerão com isso – obviamente o contrário também ocorre, por exemplo na ocasião em que os Jets forem a San Francisco medir forças com os 49ers.

Maiores deslocamentos podem resultar em menores vitórias dentro de campo

Ainda segundo o mesmo levantamento de Breech citado antes, viagens superiores a 2.000 milhas são constantemente um obstáculo. Em 2015, times que percorreram esta distância para atuar venceram apenas oito de 24 compromissos (33% de aproveitamento). Em compensação, a porcentagem de vitória dos visitantes sobe para 47,6% nas partidas em que viajaram menos. Já entre 1997 a 2011, conforme diz o site grantland.com, as porcentagens de sucesso das equipes visitantes de acordo com o tamanho da viagem foram assim: 39,8% para mais de 2.000 milhas, 40,3% entre 1.000 e 1.999 milhas e 43% para menos de 1.000 milhas.

Como podemos notar, grandes deslocamentos não costumam ser um bom negócio. Claro que isso não é o principal responsável por definir o destino das franquias, mas em todo o caso é um aspecto digno de atenção.

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