Os 5 times que mais perderam na Free Agency

Chegamos ao mês de abril e a maioria dos free agents relevantes já renovou contrato com seu time ou encontrou um novo lar. É hora de fazermos um balanço de como os times da NFL se saíram nesse período de contratações. Portanto, sem mais delongas, comece a torcer para que seu time não seja citado nesse artigo, pois vamos começar nossa análise pelos times que mandaram mal na free agency. Alguns, como os Saints, não tinham muito o que fazer – o teto salarial ainda carregava “dinheiro garantido” de jogadores que sequer estão no elenco. Outros, como o San Francisco 49ers, tinham um caminhão de dinheiro para gastar mas não fizeram (estranhamente) nada.

Vamos então a uma lista breve com os 5 times que mais perderam nesta Free Agency. Não estabelecemos necessariamente um ranking, a ordem é igual para todos – até porque seria muito cedo para elenca-los nesse sentido. De outra forma, é plenamente plausível separar cinco que não mandaram tão bem assim. Pode ser que se recuperem no Draft, é a nossa torcida – afinal de contas, quanto mais equilibrada a liga, melhor.

Miami Dolphins

Após uma série de movimentos desastrosos no começo do período de contratações,  os Dolphins melhoraram um pouco sua performance, com as contratações do jogador de linha ofensiva Jermon Bushrod, do safety Isa Abdul-Quddus  e a renovação do quarterback reserva Matt Moore. Ainda que nenhum desses jogadores seja uma estrela, seus contratos são favoráveis ao time e não apresentam nenhum risco pro futuro da franquia, mesmo que fracassem. Mas isso foi muito pouco pra amenizar os pontos negativos. Miami falhou em encontrar um substituto para Lamar Miller (Denver igualou a proposta dos Dolphins para C.J. Anderson, o qual era free agent restrito) e vai pro draft precisando desesperadamente de um running back . Para azar do time de Adam Gase a troca realizada com os Eagles quase certamente os tirou da disputa por Ezekiel Elliot, o melhor calouro da posição.

New Orleans Saints

Os Saints começaram o ano na pior situação de salary cap da liga, mas graças aos malabarismos financeiros de seu general manager Mickey Loomis, encontraram novamente uma maneira de gastar esse ano, comprometendo o futuro em nome do presente. O grande problema é que eles gastaram muito mal. Com exceção de Nick Farley, que vem de uma boa temporada com os Rams e assinou um contrato de apenas três milhões de dólares por um ano, as contratações do time de New Orleans foram surpreendentemente negativas.

Tudo começou com a contratação do tight end Coby Fleener dos Colts. Fleener é um jogador que se destaca mais como recebedor, deixando a desejar nos bloqueios. Até aí tudo bem, já que os Saints perderam seu principal recebedor da posição (tight end) com a saída de Ben Watson para os Ravens. Mas quando olhamos pros termos salariais a coisa muda de figura. Fleener vai receber 36 milhões em um espaço de cinco anos, o que é muita coisa para um jogador que demonstrou tão pouco em sua carreira. Pra completar, os Saints resolveram igualar a proposta feita ao seu free agent  restrito Josh Hill, dedicando mais 7,5 milhões à posição de tight end. Além disso, o time pagou 8,5 milhões para o linebacker James Laurinatis que, nesse ponto de sua carreira, deveria ser apenas um reserva.

Confira aqui a cobertura completa do Mercado Livre 2016 da NFL

Los Angeles Rams

Os Rams usaram a franchise tag em Trumaine Johnson, um jogador chave de sua secundária, e conseguiram renovar o contrato de Willian Hayes, que deve ocupar o espaço deixado por Chris Long na linha defensiva. E isso é tudo de bom que temos pra falar deles.

A franquia perdeu um grande número de jogadores e não foi capaz de substitui-los à altura. Jared Cook é o novo tigth end em Green Bay. Chris Long defende os Patriots. Nick Farley e James Laurinatis agora chamam New Orleans de lar. Janoris Jenkins e Rodney McLeod também deixaram o time e serão as ausências mais sentidas. No sentido contrário vieram apenas Quinton Coples, cuja carreira tem sido decepcionante, e Coty Sensabaugh, que vem de um péssimo ano e recebeu um contrato muito maior do que merecia. E por falar em contratos ruins, o time renovou com Mark Barron por cinco anos, num valor total de 45 milhões de dólares. O safety convertido em linebacker  teve em 2015 a melhor temporada de sua carreira, mas não demonstrou nada que justificasse um salário dessa magnitude. E se não bastasse tudo isso, a equipe vai pra mais uma temporada mantendo Jeff Fisher como seu treinador, o que demonstra que eles estão satisfeitos em conquistar no máximo sete vitórias novamente.

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San Francisco 49ers

É algo bom ou ruim quando um time não faz muitas transações durante o período de free agency? Depende. Quando um time como o Green Bay Packers faz apenas uma contratação pontual, preservando sua saúde finaceira para que possa manter seus melhores jogadores sob contrato, é uma coisa boa. Quando o time com o pior ataque da liga e a segunda maior quantidade de dinheiro disponível para contratações faz o mesmo, é uma coisa ruim. E fica ainda pior quando analisamos essa única contratação.

Os 49ers deram um contrato de três anos 11,75 milhões de dólares para Zane Beadles, o que é muito mais que o mediano guard vale. Some-se a isso as saídas de Alex Boone (um guard muito melhor que Beadles) e Anquan Boldin e o pior ataque da temporada passada parece ter se tornado ainda pior. Talvez, se a situação de Colin Kaepernick se resolver de uma maneira vantajosa para o time, algo ainda possa ser salvo dessa free agency. Mas é preocupante quando o ponto alto desse período para um time é a renovação do contrato do seu kicker.

Cleveland Browns

Os Browns foram completamente dilapidados no começo da free agency, perdendo três de seus melhores jogadores com as saídas de Alex Mack, Mitchell Schwartz e Tashaun Gipson. Além destes, Travis Benjamin, principal wide receiver do time na temporada passada também foi tentar a sorte em San Diego. Aparentemente, ninguém queria ficar ou ir para Cleveland.  Entretanto, com o passar dos dias, Cleveland começou a se movimentar e decidiu apostar em histórias de rendenção. Tudo começou com a contratação de Demario Davis. O ex-linebacker dos Jets não teve uma boa atuação em 2015, mas sempre foi um jogador importante para o time de New York antes disso. Depois chegou Rahim Moore. O safety ainda tenta se recuperar da Sindrome Compartimental Lateral que quase lhe custou a perna esquerda, quando ainda atuava pelo Broncos, e que parece ter afetado seriamente suas atuações pelo Houston Texans.

Essas contratações, entretanto, foram apenas o prelúdio da que viria depois. No dia 24 de março a franquia contratou o quarterback Robert Griffin III cuja carreira se encontra em franco declínio desde a lesão no joelho que encerrou sua incrível temporada de estréia. Essa contratação abre um novo leque de opções para a nova diretoria e é o maior motivo de otimismo para uma torcida que já não se lembra muito bem do significado dessa palavra.

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