Os Falcons não conseguiram terminar campanhas nesta temporada – e a conta chegou

[dropcap size=big]A[/dropcap]o longo de toda a intertemporada, o grande foco sobre o Atlanta Falcons era acerca do Super Bowl LI e o colapso no segundo tempo. Não teria como falar sobre outra coisa quando o assunto era a franquia da Georgia.

De modo secundário, algo interessante era bastante falado: a saída de Kyle Shanahan, o arquiteto ofensivo do melhor ataque da NFL em 2016. Coordenador ofensivo dos Falcons naquela temporada, Shanahan foi contratado pelo San Francisco 49ers para levantar o time do caos que Chip Kelly e Jim Tomsula instauraram.

Mas este artigo não é sobre Shanahan. É sobre o que restou em Atlanta após sua saída. Steve Sarkisian assumiu o posto e o ataque, como esperado, teve produtividade menor. Sequer vou entrar no mérito das interceptações de Matt Ryan – que subiram – ou nada do gênero.

Meu ponto é a red zone. Esse sempre foi meu ponto ao medir ataques. Não é muitas vezes sobre a batalha dos turnovers ou nada do gênero. É pontuar. O jogo é decidido por pontos e por eficiência nas 20 jardas finais do campo. Raros são os times que têm muitas vitórias com pouca conversão de campanhas no final do campo em touchdown – os Steelers são exemplo, mas muita pontuação vem antes do time sequer chegar à linha de scrimmage nas 20.

Nesse quesito, a jogada final dos Falcons contra o Philadelphia Eagles no Divisional Round é um grande resumo do que foi a temporada do time. Os Falcons tinham uma first and goal na linha de nove jardas com 1:19 restantes. As chamadas foram bizarras. Dois passes lançados na end zone para Julio Jones e um perto dela. Sarkisian chamou passe atrás de passe. E não é como se tivessem sido bem desenhados. O último, em si, assusta por conta da simplicidade. Uma rota isolada de Jones que, naquela altura, estava tão manjada que a secundária de Philadelphia estava grudada como super bonder.

Ok, você está exagerando… só por conta daquela campanha?

É, eu sei, o espaço amostral é pequeno e parece exagerado tirar conclusões apenas após uma campanha. A questão é que o ano inteiro foi assim. Era só assistir aos jogos do time. Contra os Patriots foi assim também – por ter sido Sunday Night Football, acredito que você se lembre.

A incapacidade do Atlanta Falcons de terminar suas campanhas foi algo constante. No sábado, um touchdown em três viagens à red zone. Na temporada, menos da metade (49%) das campanhas de red zone terminaram em touchdown – 23ª da liga. No ano passado, tiveram 65% de eficiência, oitavos.

O mais gritante disso tudo é a falta de eficiência ao usar Julio Jones. Com um alvo desses, você imagina que haveria uma infinitude de touchdowns recebidos no final do campo. Nah. Em 18 tentativas para Julio Jones, na end zone, ao longo do ano, um passe completo, um interceptado e 17 (!!!!!!!!!!!!!!) errados. 0-2 no sábado, aliás.

Há méritos de Philadelphia na vitória, sem dúvidas. Mas o que fica foi uma temporada com um problema constante ao longo de todo ano e que, no momento derradeiro, cinco pontos atrás no placar… Acabou sendo o fim dos sonhos dos Falcons em 2017-2018.

 

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