Após ver o imbróglio envolvendo Aaron Rodgers ser resolvido, com o quarterback assinando uma extensão contratual, o torcedor do Green Bay Packers foi surpreendido com a troca de Davante Adams para o Las Vegas Raiders. De lá para cá, com uma escolha extra na primeira rodada por conta dessa troca, o mantra passou a ser pedir um wide receiver para Aaron Rodgers. Todavia, o veterano Sammy Watkins assinou contrato de um ano em abril e começou a dar mostras que a direção da franquia pensava diferente.
Dito e feito: novamente Green Bay não selecionou um jogador da posição na primeira rodada, fechando um ciclo de 20 anos sem que um recebedor tenha seu nome chamado na primeira rodada. Todavia, Rodgers não ficará totalmente desamparado: foram escolhidos 3 wide receivers para trazer profundidade ao grupo. A proteção também foi incrementada, com 3 nomes que chegam para trazer juventude na linha ofensiva.
Manufaturar alvos é a tendência
A distribuição de alvos dos Packers em 2021 foi tão desigual quanto audiência da TV aberta na hora de final de novela das 9 nos anos 90: Davante Adams teve surreais 30% dos targets, com mais que o dobro que o segundo colocado. Com sua saída, a aposta é numa divisão maior, incluindo demais recebedores no plano de jogo de forma equilibrada. Além do já citado Watkins, Allen Lazard, Randall Cobb e Amari Rodgers podem aparecer. Mas eles não estão sozinhos: 3 calouros chegam para lhes fazer companhia.
Christian Watson, vindo de North Dakota Skate foi selecionado já na escolha 34 e traz um elemento que o general manager Brian Gutekunst ama: atleticismo. Com mais de 1,90 m, ele teve um Combine espetacular. Infelizmente para o torcedor de Green Bay, suas mãos são problemáticas: foram 13% de drops na carreira universitária[foot]Pro Football Focus [/foot], algo que preocupa bastante. Romeo Doubs (Nevada) e Samori Toure (Nevada) foram peças adicionadas no dia 3 e terão que brigar mais por espaço.
Já na linha ofensiva, novamente os Packers brilharam em rodadas intermediárias, algo que vem se tornando corriqueiro. O destaque desta vez vai para versatilidade dos selecionados: Zach Tom (Wake Forest) já jogou como center e offensive tackle, o que traz flexibilidade. Sean Rhyan (UCLA) é um OT técnico e leve, que pode ser rapidamente adaptado para guard, até por conta de suas medidas. Tratam-se de dois bons nomes, que trazem profundidade e competição para uma já boa unidade.





