Power Ranking, AFC: War of the West

Os Chiefs são fortíssimos jogando em casa: antes da derrota para os Buccaneers duas semanas atrás, era a maior série de jogos sem perder em casa na NFL. Enquanto isso, os Raiders estão invictos quando jogando fora de casa, com cinco vitórias; além de vir de seis vitórias seguidas. A cereja do bolo? Dois rivais de divisão, sendo que os donos da casa tem uma derrota a menos e venceram o primeiro duelo entre as equipes, realizado na Califórnia. Tudo isso significa que há um ar de revanche, sendo que a vitória representará a liderança na divisão e, possivelmente, uma folga na primeira semana dos Playoffs. Com certeza teremos uma partida bastante quente, diferente do que se viu em vários jogos de quinta-feira.

Os Raiders certamente tem um dos ataques mais explosivos da NFL, como analisamos recentemente ao falar especificamente de Michael Crabtree. Os 28.8 pontos por partida os colocam como o terceiro maior pontuador, e muito se deve ao dinamismo da unidade e capacidade da linha ofensiva. O jogo terrestre funciona (7º da NFL) e Derek Carr tem tempo para pensar, achar seus alvos e conquistar muitas jardas (4º da NFL). A ressalva aqui é o fato do quarterback ter feito sua pior partida na temporada justamente contra Kansas na semana 6, quando saiu derrotado por 26 a 10. De qualquer maneira, será bem interessante ver como a ofensiva produzirá contra a sólida defesa adversária; para sair com a vitória, será fundamental anotar mais que 21 pontos (o que aconteceu apenas uma vez na temporada nas partidas no Arrowhead Stadium) e proteger a bola. Já a defesa não mantém o mesmo nível do ataque, e precisa aparecer ao menos limitando um pouco o jogo terrestre, já que o adversário é apenas o 26º da NFL em jardas corridas. Oakland é o sexto time que melhor segura terceiras descidas, e quebrar o ritmo de Alex Smith será importante.

Que partida para abrir a Semana 14, hein? E ela pode determinar mudanças no nosso Power Ranking para a semana que vem.

Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência. A AFC é dividida assim para nossos redatores: West, Eduardo Miceli; North, Gabriel Moralez; South, João Henrique Macedo; East, João Maurício. Ao final do texto também está a classificação por divisão que não reflete os standings da NFL, mas a ordem do PR. Também colocamos as chances de Playoffs (em porcentagem e entre parênteses) com os dados do Playoff Status.

  • Quem subiu: Chiefs, Broncos, Ravens, Steelers, Colts, Titans, Texans
  • Quem caiu: Raiders, Dolphins, Bills
  • Virtualmente eliminado: Chargers
  • Virtualmente classificado: Patriots, Raiders
  • Matematicamente eliminado: Jets, Jaguars, Browns
  • Matematicamente classificado: ninguém
  • Maior Queda: Dolphins (-3)
  • Maior Subida: Texans (+2, dado que dois times que estavam acima foram eliminados)
  • Bye Week: Browns, Titans

16- Cleveland Browns (0-12) (Matematicamente Eliminado) –

O Cleveland Browns está eliminado da temporada 2016. Com efeito, não temos mais parágrafos sobre para não chover no molhado. Aguarde que semana que vem este Power Ranking vai virar um filme de terror e vamos matar vários times.

15- New York Jets (3-9) (Matematicamente Eliminado, este é o último PR) –

Tristemente vergonhosa. Esta é a melhor expressão para definir a atuação do New York Jets no Monday Night Football. Com jogadores claramente desmotivados em campo – principalmente na defesa – Todd Bowles pode ter complicado seriamente sua situação ao fim da temporada. E como poderia ser diferente? É muito provável que o quarterback do futuro dos Jets ainda não esteja no elenco do time, mas Bowles – como já repetimos à exaustão aqui – já deveria saber que este jogador não é Ryan Fitzpatrick e ter dado uma chance aos outros jogadores da equipe de provarem seu valor.

Afinal de contas, esta é a rodada em que eliminaremos o New York Jets de nossos power rankings, mas eles já estão fora da briga pelos playoffs há um bom tempo. Agora resta aos Jets descobrir quais membros deste time ainda podem ser aproveitados no árduo processo de reconstrução que deverá começar em 2017. A casa precisa de uma limpeza radical.

14- Jacksonville Jaguars (2-10) (Matematicamente Eliminado, este é o último PR) –

Aqui “JAX” o Jaguars… Péssima piada, né? Mas péssima mesmo é a temporada dos Jaguars, devidamente eliminados da Corrida para os Playoffs nesta semana. Não adianta, a equipe precisa de (mais uma) reconstrução total. O técnico Gus Bradley deve ser substituído e, certamente, o futuro dos Jaguars não está em Blake Bortles.

Pro torcedor dos Jaguars, que começou a temporada 2016 cheio de expectativas, o que resta é olhar para os quarterbacks do draft 2017… olho em Mitch Trubisky, hein?

13- San Diego Chargers (5-7) (0,001%, Virtualmente Eliminado, este é o último PR) –

Fim da linha para um time que, apesar de inúmeros desfalques, se mostrou extremamente combativo, honroso e digno em meio a todas essas adversidades. A interceptação de Philip Rivers na tentativa de empate e a reação do camisa 17 são um retrato da equipe nesta temporada; um time aguerrido que acabou ficando pelo caminho por detalhes, por resultados apertados.

Resta a esperança de melhorar ainda mais o elenco para o ano que vem, aproveitando ainda os bons anos que o quarterback veterano. Se Keenan Allen voltar saudável, e contando com Melvin Gordon e Joey Bosa, o time, que pode ter seu primeiro ano em Los Angeles (será?), talvez consiga aproveitar os novos ares para ir longe na temporada de 2017.

12- Cincinnati Bengals (4-7-1) (1%) +2

Cincinnati encerrou sua sequência de quatro jogos sem vitória atropelando os Eagles no último domingo. O domínio foi tão grande que em um determinado momento o placar ficou 29 a 0 para os Bengals. O segredo do renascimento ofensivo do time foi Andy Dalton ter espalhado a bola por todo o ataque. O quarterback completou passes para nove recebedores diferentes, compensando a ausência de seu principal alvo, A. J. Green. Um exemplo claro de que as vezes a qualidade pode ser substituída por quantidade.

Infelizmente para os Bengals esta vitória não significou muita coisa na corrida pelos playoffs, embora tenha mantido a equipe com remotas chances matemáticas de pós-temporada. Pittsburgh e Baltimore também ganharam suas partidas e mantiveram a diferença no topo da divisão. 

11- Buffalo Bills (6-9) (9%) -2

Tirando os dois resultados atípicos contra dois rivais de divisão – derrota para os Jets e vitória sobre os Patriots de Jacoby Brissett – o Buffalo Bills venceu todos os confrontos contra adversários que (hoje) têm menos vitória do que derrotas e perdeu para todos na situação contrária – ou seja, para os times fortes com campanha positiva.

No jogo do último domingo, contra o Oakland Raiders, parecia que a escrita ia ser alterada, mas os Bills – após liderarem a partida por 24 a 9 – cederam 29 pontos seguidos, sem marcar nenhum. Com apenas dois dos quatro oponentes restantes possuindo um aproveitamento de menos de 50% na temporada, parece que os Bills estão destinados a completar seu 17º ano seguido sem participar dos playoffs.

10- Houston Texans (6-6) (60%) +2

A queda progressiva de desempenho e resultados do Houston Texans finalmente culminou na perda da liderança isolada da divisão mais ganha da NFL. Com a derrota no último domingo para os Packers na gélida Green Bay, os Texans agora dividem a liderança com Colts e Titans.

Agora, como já vínhamos falando por aqui, o vetor da equipe aponta pra baixo. Ainda é possível reverter a tendência e seguir na liderança da AFC South mas, para isso, é fundamental vencer os Colts no confronto do próximo domingo. Vale lembrar que, pra isso acontecer, Brock Osweiler vai ter que vencer o duelo com Andrew Luck. Difícil, né, Houston?

9- Tennessee Titans (6-6) (15%) +1

A equipe dos Titans entrou na semana de folga em segundo lugar na AFC South, com seis vitórias e seis derrotas. Com a derrota dos Texans, agora Tennessee divide a liderança com os Texans e os Colts. Marcus Mariota vem tendo uma ótima temporada, assim como o forte jogo corrido dos Titans.

Neste domingo, entretanto, todo o ataque de Tennessee tem uma missão muito difícil: enfrentar a forte defesa do Denver Broncos, que vai a Nashville precisando da vitória. Após a partida, poderemos avaliar a evolução de Mariota sob outro prisma, assim como as perspectivas dos Titans para o final da temporada.

8- Indianapolis Colts (6-6) (27%) +1

Na disputadíssima (ainda que nivelada por baixo) AFC South, o Indianapolis Colts parece estar engrenando na hora certa, dividindo a liderança da divisão com Titans e Texans. Jogando fora de casa no Monday Night Football, contra o New York Jets, Andrew Luck e seus recebedores tiveram excelente atuação, certamente assustando os rivais.

Com toda a irregularidade da equipe, com Luck jogando em alto nível os Colts podem ir bem longe (principalmente se o técnico Chuck Pagano não atrapalhar muito). Neste domingo, os Colts recebem o Houston Texans, em um jogo que pode contribuir muito para o destino final das duas equipes na temporada. Neste momento, Indianapolis parece em vantagem.

7- Miami Dolphins (7-5) (26%) -3

Semana passada dissemos que o Baltimore Ravens seria o maior desafio enfrentado pelo Miami Dolphins nesta temporada. E eles foram isto e ainda mais. Uma semana após ceder 282 jardas aéreas e três touchdowns para o quarterback (sic) Colin Kaepernick, a defesa dos Dolphins foi completamente massacrada por Joe Flacco: 381 jardas e quatro touchdowns, conduzindo os Ravens a uma contundente vitória.

Miami agora volta a enfrentar uma sequência de adversários com 50% de aproveitamento ou menos na temporada – Cardinals, Jets e Bills – antes de encerrar a temporada regular em um duelo divisional com o New England Patriots, mas mesmo que consiga vencer estas partidas, os Dolphins já não controlam mais seu próprio destino na disputa por uma vaga de wild card.

6- Pittsburgh Steelers (7-5) (67%) +1

Habemus um tight end em Pittsburgh. O ataque que já contava com várias armas perigosas pode ficar ainda melhor graças à ascensão de Ladarius Green. Junto com Le’Veon Bell, o jogador foi um dos destaques ofensivos na tranquila vitória dos Steelers sobre os Giants, totalizando seis recepções para 110 jardas. Green foi especialmente útil realizando big plays, por exemplo, recebendo passes para 37, 33 e 20 jardas. 

Após quatro derrotas consecutivas entre as semanas 6 e 10, Pittsburgh já soma três triunfos em sequência. A franquia recentemente tornou-se famosa por brilhar em dezembro – desde 2013, são 10 vitórias e dois tropeços no mês -, então ninguém pode culpar os torcedores se eles estiverem empolgados. Em todo o caso, a disputa com Baltimore pela coroa da divisão será acirrada e imprevisível.

5- Baltimore Ravens  (7-5) (43%) +1

Contra Miami, Joe Flacco não teve apenas sua melhor apresentação do ano. Ele teve uma dos melhores partidas de toda a sua carreira. O quarterback foi o destaque da surpreendente explosão ofensiva dos Ravens na semana 13, a qual rendeu 38 pontos e 496 jardas totais – o time não conseguia tantas jardas em um mesmo jogo desde dezembro de 2012. Obviamente tal desempenho não acontecerá toda semana, mas se esse ataque engrenar e encontrar mais regularidade, os corvos de Baltimore poderão sonhar com voos mais altos, inclusive na pós-temporada.

Os Ravens venceram quatro dos seus últimos cinco duelos, lideram a AFC North e, além disso, estão apresentando uma evolução de rendimento dentro de campo conforme o final do ano se aproxima. Olho nesse time.

4- Denver Broncos (8-4) (58%) +1

Muitos amigos meus que não assistem futebol americano tinham dificuldade em entender como um time pode ser um monstro defensivo e anêmico ofensivamente. Afinal, na maioria dos esportes, quem ataca tem o dever de defender. Pois bem, não no futebol americano, e o Denver Broncos é um ótimo exemplo e um baita estudo de caso. 

De um lado, uma secundária que não deixa passar nem sinal de Wi-Fi. Do outro, um anêmico ataque, que teve apenas 207 jardas totais. Paxton Lynch ainda tem um longo caminho para virar um quarterback titular na NFL, e sua atuação contra o Jacksonville Jaguars justifica e muito Trevor Siemian under center. Além disso, Devontae Booker vem calando aqueles que o alçaram à “grande novidade” dos running backs (faço aqui um mea culpa). Sem C.J. Anderson e sem uma linha ofensiva, o calouro tem sido apenas um calouro.


“RODAPE"

Ainda assim, uma vitória fundamental para as pretensões de pós-temporada do Denver Broncos. Com 8 vitórias e 4 derrotas, o time segue tentando subir a escadinha da AFC West, que tem os Chiefs com 9 triunfos e os Raiders com 10. Bater o Tennessee Titans é essencial para deixar a resolução da divisão para as partidas contra os rivais nas semanas derradeiras. 

3- Oakland Raiders (10-2) (99%) -1

Não sei explicar exatamente a sensação de que esse time está sempre no jogo. Mesmo com dificuldades ofensivas e abrindo espaços para Tyrod Taylor passar a bola, eu não duvidei que Derek Carr voltaria do vestiário com força para virar o 24 a 9. E não deu outra: 29 pontos consecutivos anotados, um show de linha ofensiva e jogo aéreo. 

O time do Oakland Raiders desta temporada tem esse aspecto aurático de time vencedor. Quando as coisas não vão bem, o time, no meio da partida, vira a mesa e se recupera do déficit. Que o diga o Baltimore Ravens, Carolina Panthers, Tampa Bay Buccaneers e tantos outros. Com Derek Carr e Khalil Mack jogando o fino da bola oval, o time segue na liderança e tem um jogo crucial nesta quinta-feira contra o Kansas City Chiefs.

Em que pese essa aura da equipe, falta aquela estabilidade para o torcedor do Oakland Raiders não morrer do coração a cada domingo. Seria bastante oportuno para os tricampeões do Super Bowl que ela visse logo no Thursday Night Football. 

2- Los Chefes de La Ciudad de Kansas Kansas City Chiefs (9-3) (95%) +1

Fake punt que vira touchdown corrido, interceptação retornada para seis pontos, para dois pontos, não importa. No final das contas, o Kansas City Chiefs consegue vencer, sendo o time mais Libertadores da liga. Eles encontram um jeito.

Alex Smith teve uma partida com cara de Alex Smith mais uma vez, mas a equipe encontra sua forma de conquistar as vitórias. É simplesmente inacreditável. Aliado à força defensiva de Marcus Peters, Eric Berry (que baita jogador!), Justin Houston e muitos outros, o time segue firme na cola do Oakland Raiders na briga pelo título da AFC West.

Seria omisso se não falasse que a equipe precisa anotar mais pontos da maneira “tradicional”. Pode chegar um momento no qual as trick plays e pick sixes não aparecerão com tanta frequência, e é aí que o time deve mostrar sua resiliência do lado ofensivo da bola. Travis Kelce foi uma bela válvula de escape contra o Atlanta Falcons, e espera continuar sendo ativado nesta quinta-feira, no jogaço contra o Oakland Raiders pela ponta da divisão. 

1- New England Patriots (10-2) (99%) –

A defesa se portou muito bem contra o ataque do Los Angeles Rams, mas o que mais poderíamos esperar, não é mesmo? O ataque, por sua vez, se reinventou para lidar com a ausência de Rob Gronkowski e o surgimento do calouro Malcolm Mitchell é um alívio para a torcida, em vista dos recentes fracassos dos Patriots selecionando wide receivers no Draft.

A equipe de New England agora conta com quatro vitórias e nenhuma derrota nas partidas que jogou sem Gronkowski em 2016, mas será que este ataque será potente o suficiente para bater as fortes defesas da AFC nos playoffs? Os dois próximos adversários – Ravens e Broncos – fornecerão a oportunidade perfeita para sabermos a resposta a esta pergunta.

Por Divisão:

AFC East

  1. New England Patriots
  2. Miami Dolphins
  3. Buffalo Bills
  4. New York Jets (eliminado)

AFC North:

  1. Baltimore Ravens
  2. Pittsburgh Steelers
  3. Cincinnati Bengals
  4. Cleveland Browns (eliminado)

AFC West:

  1. Oakland Raiders
  2. Kansas City Chiefs
  3. Denver Broncos
  4. San Diego Chargers (virtualmente eliminado)

AFC South:

  1. Indianapolis Colts
  2. Tennessee Titans
  3. Houston Texans
  4. Jacksonville Jaguars (matematicamente eliminado)

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