Minnesota Vikings cornerback Xavier Rhodes, right, runs from New York Giants wide receiver Odell Beckham (13) after intercepting a pass during the second half of an NFL football game Monday, Oct. 3, 2016, in Minneapolis. (AP Photo/Andy Clayton-King)

Power Ranking, NFC: 49ers afundam de vez e os Vikings mantêm a ponta com sua dominante defesa

A quarta semana da Conferência Nacional (NFC) contou com três jogos intra-divisionais e um primetime que foi extremamente interessante para a dinâmica da conferência. Os três jogos dentro da divisão trouxeram grandes surpresas (com vitórias de L.A., Atlanta e Chicago) e escancaram os problemas enfrentados por Carolina e Arizona.

Os dois finalistas da NFC no ano passado estão em um péssimo momento e com seus respectivos quarterbacks com concussões. Visivelmente o desempenho ofensivo e defensivo está longe do que os levou tão longe no início deste ano. Os Panthers conseguiram ceder 300 jardas recebidas para Julio Jones e foram destruídos por um ataque que é o melhor da conferência no momento.

A derrota de Arizona foi ainda mais inacreditável – e os derrubaram bastante em nosso ranking. Carson Palmer está jogando pior do que na época de Oakland Raiders e isso não é muito bom para as pretensões no ano. Antes favoritos para alcançar o Super Bowl, agora os Cardinals veem dificuldade até mesmo em alcançar o Wild Card – ainda mais com a NFC East e a NFC South obtendo mais representação.

Já o primetime serviu para confirmar o que se sabia: o Minnesota Vikings está um degrau acima. A defesa está jogando muito (nível Denver Broncos) e não há ataque que consiga suportar tanta pressão durante um jogo inteiro. E não é como se a equipe estivesse produzindo mais do que pode: existe muito talento tanto no front seven quanto na secundária. Este desempenho é causado apenas pela evolução natural da unidade defensiva e pelo excelente trabalho de Mike Zimmer – tanto é que o ataque é um dos piores da liga e não compromete em nada.

Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência. Sem mais delongas, acompanhe o ranking para as equipes da NFC. Mais tarde teremos a Conferência Americana. No final do texto também está a classificação por divisão. Agora também colocamos as chances de Playoffs entre parênteses também com os dados do Football Outsiders.

16. San Francisco 49ers (1-3) (3,6%) -1

Chip Kelly mostrou que consegue ajustar um pouco seu time, mas não no intervalo. O plano de assumir de vez a Read Option com Blaine Gabbert deu certo (e desacelerar um pouco o No Huddle) e San Francisco estava jogando bem, até uma falta inexistente contra Dak Prescott e NaVorro Bowman romper o ligamento do joelho. Sem Bowman em campo a defesa contra o jogo terrestre sumiu e a derrota veio rapidamente. O elenco não é profundo, o técnico não achou um ritmo ainda na NFL depois do seu sucesso inicial e falta fluidez nas unidades.

15. Chicago Bears (1-3) (8,7%) +1

Os Bears não devem ir a lugar nenhum em 2016 e ganhar qualquer jogo os deixam mais longe de conquistar um quarterback via Draft. Mesmo assim, com a atuação defensiva (impulsionada pela bagunça ofensiva dos Lions, que ainda não apresentaram o seu jogo terrestre) ficava difícil não vencer a primeira do ano. Brian Hoyer só teve que ficar longe dos turnovers.

14. Detroit Lions (1-3) (11,0%) -4

Tanto potencial e tão pouca produção. Uma linha ofensiva que possui três first rounders e dois third rounders e o jogo terrestre não consegue caminhar sem Ameer Abdullah. Um grupo de recebedores acima da média, com Marvin Jones sendo o grande destaque. Para quem ainda não se tocou, Jones tem até agora 23 recepções para 482 jardas e dois touchdowns. Ele é o segundo na liga, atrás apenas de Julio Jones – e a diferença é de seis míseras jardas! Mesmo com tudo isto, este ataque não consegue produzir contra a defesa de Chicago – que não é grande coisa devido ao tanto de lesões que tem. A culpa? Falta jogo terrestre (Theo Riddick tem uma média ridícula na carreira de 2,98 jardas por carregada) e a inexperiência da linha ofensiva – Stafford já foi sackado 10 vezes. De nada adianta a defesa aparecer se o ataque não consegue corresponder. A temporada tinha tudo para ser boa e está se transformando em outro ano desperdiçado.

13. Tampa Bay Buccaneers (1-3) (10,9%) 

Lembra quando Tampa Bay era tido como um dos favoritos ao Wild Card? Hoje em dia eles estão na briga pelo top 10 do Draft do ano que vem. A franquia tem a pior diferença de pontos de toda a NFC de longe (-51 pontos contra -35 de Chicago) e isto explica muito bem o momento vivido. Contra Denver a equipe foi dominada ofensivamente, colocando pressão na defesa e com a derrota vindo naturalmente – o que era de se esperar, principalmente jogando em Mile High. Jameis Winston está em uma péssima fase e parece ter regredido em sua evolução natural como jogador – o que não é nada bom. Para piorar, na próxima semana a equipe enfrenta os desesperados Panthers – o que não deve ser nada fácil.

12. New Orleans Saints (1-3) (16,4%) +2

Dois fumbles totalmente inesperados. A sobrevivência dos Saints foi totalmente inusitada e só poderia ocorrer contra o time que mais adora perder jogos inacreditáveis até aqui. Se a defesa de 2012 foi uma das piores da história da NFL, a deste ano está tentando igualar o feito – são pouco mais de 420 jardas cedidas por partida. Drew Brees tem que levar tudo nas costas e, de vez em quando, contar com alguma ajuda. Dennis Allen não está tendo efeito nenhum na unidade que vai afundando as chances da franquia na temporada – e desperdiçando mais um ano da curta carreira que Brees tem pela frente.

11. Washington Redskins (2-2) (19,2%) 

Washington não sofreu tanto quanto Baltimore para bater Cleveland, só que a cena foi pior. Enquanto os Ravens poderiam colocar a culpa em um apagão por sair 20 pontos atrás e se recuperar, Washington viu os Browns disputando ponto a ponto a partida – e o jogo só ficou tranquilo depois da recuperação de fumble mais bizarra deste ano. Esta defesa vem cedendo 4,9 jardas por corrida (segunda pior marca da NFL) – enfrentaram Giants, Steelers sem Le’Veon Bell e os Browns. Apenas contra Dallas (ironicamente) a equipe fez um bom trabalho pelo chão. Para piorar, a perda do cornerback Bashaud Breeland e do safety DeAngelo Hall devem enfraquecer a defesa contra o passe. O cenário defensivo não é dos mais animadores.

10. Arizona Cardinals (1-3) (19,9%) -2

Arizona em seus melhores momentos é um time para brigar pela NFC. Só que o momento está longe de ser bom. Carson Palmer está jogando muito aquém do que pode e agora sofreu uma concussão – e pode ficar de fora do jogo desta próxima quinta-feira. Se com Palmer a situação estava ruim, sem Palmer deve ficar pior ainda. Vale destacar os méritos para o front four de Los Angeles, que não deu espaço para este ataque evoluir dentro de campo. Os Cardinals parecem aquele time que promete muito na intertemporada por causa do ano passado e acaba entregando um produto ruim – principalmente por causa de falhas na execução dentro de campo.

9. Los Angeles Rams (3-1) (43,1%) +3

Nem o torcedor mais fanático de Los Angeles acreditaria que a equipe chegaria ao 3-1 com Case Keenum lançando a bola. O ataque não é nem um pouco bonito, é bem verdade, só que está sendo funcional para vencer as partidas – confiando em jardas após a recepção. Já a defesa está fazendo um trabalho formidável pressionando o quarterback adversário, com Aaron Donald destruindo pocket atrás de pocket. É incrível a quantidade de talento disponível neste time e o quão subvalorizado (e subaproveitado) ele é – principalmente pela comissão técnica não conseguir montar um plano ofensivo decente, nem mesmo desenvolver os talentos de dentro de casa.

8. Carolina Panthers (1-3) (20,9%) -3

Fica difícil vencer qualquer partida cedendo 300 jardas para um único wide receiver. A defesa aérea dos Panthers foi um desastre, desde o trabalho dos safeties (principalmente Kurt Coleman) até o dos cornerbacks. O time é inconsistente, tem muitos erros mentais e não encaixa seu jogo terrestre. Além disso Cam Newton se aventura cada vez mais e acaba por se lesionar – uma concussão séria que pode tirá-lo das próximas partidas. O front seven continua jogando bem, mas Josh Norman parece fazer muita falta para esta secundária abaixo da média.

7. New York Giants (2-2) (21,8%) 

Derrota completamente esperada e que serviu para mostrar o óbvio: os Giants ainda não estão a altura de disputar algo maior dentro da NFC. Ben McAdoo tentou adotar a tática de passes curtos durante toda a partida (por causa que esta defesa conseguiu 13 sacks contra Aaron Rodgers e Cam Newton combinados) e o ataque não andou – e ainda viu Odell Beckham Jr. brigando mais do que contribuindo em campo e virando uma distração.

Defensivamente os Giants ainda não engrenaram tanto quanto se esperava – já melhoraram significativamente com relação ao ano passado. O rico Olivier Vernon tem só um sack (são apenas quatro de toda a unidade, sendo dois da linha defensiva) e eles ainda não conseguiram forçar um turnover – o único veio via Special Team. Obviamente o desempenho contra o segundo pior ataque (estatisticamente) da liga foi bom, mas contra uma defesa tão forte seria impossível vencer sem forçar turnovers. Mesmo com o resultado negativo, New York ainda está muito vivo na briga pela NFC East.

6. Dallas Cowboys (3-1) (56,0%) +3

Assim como seu rival Washington, Dallas venceu um time mais fraco sem tanta facilidade. O buraco de 14 pontos trouxe apuros e a falta de roughing the passer contra Dak Prescott mudou completamente a partida. O jogo terrestre não se encaixou no início, principalmente pela falta de entrosamento da linha – que contava com dois novos titulares devido a lesões de La’el Collins e Tyron Smith.

A medida que o jogo foi rolando, o entrosamento começou a acontecer – e NaVorro Bowman saiu lesionado. Quando o jogo terrestre encaixou, o jogo acabou. San Francisco sabia que viria uma corrida, se posicionava para tentar impedir e mesmo assim era dominado completamente. No alto da forma física, esta linha ofensiva é extremamente dominante no jogo terrestre, o que pode ser uma vantagem crítica nos meses mais frios.

5. Philadelphia Eagles (3-0) (70,2%) -1

Na bye week das equipes este ano, não iremos escrever nada – porque não há grandes novidades.

4. Atlanta Falcons (3-1) (65,5%) +2

Talvez por ser um mercado menor a imprensa pouco fala, mas Matt Ryan seria o MVP se a temporada acabasse na quarta semana. 72,1% dos passes completos, 1473 jardas aéreas, 11 touchdowns e duas interceptações. Já são 152 pontos marcados na temporada (31 a mais que o segundo ataque), sendo dois jogos seguidos com a marca de 45+ pontos.

Claramente este sucesso ofensivo não se deve apenas ao jogo aéreo. Os Falcons estão jogando tão bem porque há equilíbrio. A dupla Tevin Coleman e Devonta Freeman transformaram o backfield, dando muito mais tranquilidade para o desenvolvimento aéreo – pontos para Kyle Shanahan. Só que este desempenho ofensivo é insustentável até o final do ano e, uma hora, a equipe vai depender do desempenho defensivo – que está sendo bem aquém da média da liga. Se o crescimento defensivo não ocorrer, Atlanta poderá sofrer uma queda abrupta de produção de uma hora para outra.

3. Green Bay Packers (2-1) (59,9%) -1

Após uma vitória contra os 49ers, a bye week veio.

2. Seattle Seahawks (3-1) (86,6%) +1

Distensão no tornozelo direito e em um ligamento do joelho? Sem problemas. Russell Wilson consegue sempre surgir nos momentos mais difíceis e não foi diferente fora de casa. 309 jardas, 3 touchdowns e um passe melhor que o outro. É incrível o nível que ele atuou com tantos problemas no corpo. Defensivamente não há muito o que falar. A combinação Ryan Fitzpatrick e defesa de Seattle só iria fazer uma torcida sorrir – e não seria a do time da casa. Vitória fácil que serve para confirmar quem é o melhor na NFC West.

1. Minnesota Vikings (4-0) (86,2%) 

Do que importa este ataque ser o penúltimo em estatísticas ofensivas? Ter apenas 64,2 jardas terrestres? O ataque precisa ser apenas pragmático (e Sam Bradford é perfeito para isso) e garantir alguns pontos no placar. Com esta defesa em campo, nenhum ataque vai conseguir fazer uma boa partida.

Eli Manning, Aaron Rodgers e Cam Newton foram amassados. Não importa se a tática é apostar em passes longos ou passes curtos. O nível defensivo apresentado está extremamente alto e todos os setores estão jogando em altíssimo nível – méritos totais para Mike Zimmer. Destacar apenas um talento é muito difícil, visto o quão bem e entrosada a unidade está. Com certeza esta unidade está jogando no nível da defesa do Denver Broncos e é o principal motivo dos Vikings ainda estarem invictos.

POR DIVISÃO:

NFC East:

  1. Philadelphia Eagles
  2. Dallas Cowboys
  3. New York Giants
  4. Washington Redskins

NFC West:

  1. Seattle Seahawks
  2. Los Angeles Rams
  3. Arizona Cardinals
  4. San Francisco 49ers

NFC South:

  1. Atlanta Falcons
  2. Carolina Panthers
  3. New Orleans Saints
  4. Tampa Bay Buccaneers

NFC North:

  1. Minnesota Vikings
  2. Green Bay Packers
  3. Detroit Lions
  4. Chicago Bears

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