Power Ranking, NFC: Dallas e Seattle vão se distanciando na frente

Takeover aqui no Power Ranking da Conferência Nacional. Até para que eu não fique viciado em AFC – tal qual no beisebol existem pessoas que só acompanham a Liga Americana ou a Liga Nacional – pedi para o Jean que eu, Curti, fizesse o Power Ranking da Conferência Nacional nesta semana.

A ordem de classificação dos times é decidida como nos votos do College Football Playoff: alguns redatores do site montam seus rankings e fazemos uma média através de um algoritmo. Então isso, especificamente, não vai mudar – embora a abordagem do texto, sim. De toda forma, o que o Jean escreveu na semana passada continua bem parecido nesta: há o bloco dos favoritos e da Bye (Dallas/Seattle), uma distância, a NFC East mais os líderes do Norte e do Sul (Detroit/Atlanta) e depois uma confusão imensa – tal qual acontecia na Conferência Americana há um tempo atrás.

O único time que parecia se aproximar de Seattle e Dallas era o Atlanta Falcons, mas o fato de sua defesa ser fraca fez com que um dia ruim do ataque – como houve contra Philadelphia – destruísse as chances de vitória. Isso, obviamente, preocupa o torcedor – e alegra os torcedores de Cowboys e Seahawks. Ainda falando na NFC South, aproveitando que o Thursday Night Football entre Panthers e Saints é daqui a pouco, o jogo pode ser considerado a bacia das almas na divisão: quem perder muito provavelmente diz adeus a chances materiais (não matemáticas, mas materiais) de pós-temporada.

A corrida na NFC East continua bem interessante, dado que dois times dessa divisão devem ir aos playoffs pelo Wild Card – isso já aconteceu antes, mas faz quase 10 anos. 2016 apresentou uma NFC East diferente e mais forte – as mudanças de técnicos podem ter feito efeito em Philadelphia e Nova York. O ataque de Washington carrega o time e é um tanto quanto subestimado. E Dallas, bem, Dak Prescott derrubou um franchise quarterback.

Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência. Sem mais delongas, acompanhe o ranking para as equipes da NFC. Mais tarde teremos a Conferência Americana. No final do texto também está a classificação por divisão. Agora também colocamos as chances de Playoffs entre parênteses também com os dados do Playoffs Status.

  • Maior subida: Washington, Philadelphia +2
  • Maior queda: Minnesota -3
  • Subiram: Los Angeles, Philadelphia, Washington, New York Giants, Detroit
  • Caíram: Carolina, Green Bay, Minnesota
  • Mantiveram-se na mesma posição: San Francisco, Chicago, Tampa Bay, New Orleans, Arizona, Atlanta, Seattle, Dallas
  • Eliminados Matematicamente: San Francisco
  • Classificados Matematicamente: Nenhum
  • Estiveram de folga pela Conferência Nacional: Detroit Lions

16- San Francisco 49ers (1-8) (Eliminado matematicamente) –

O San Francisco 49ers está eliminado matematicamente da temporada 2016. Clique aqui e leia o último PR que fizemos deles.

15- Chicago Bears (2-7) (1%) –

Jay Cutler voltou a ser Jay Cutler depois que saiu do Monday Night Football. Os Bears têm um mar de lesões – Kyle Long foi a última vítima – e Alshon Jeffery foi pego no anti-doping; Tudo é uma bagunça no Halas Hall. A franquia está no sentido oposto dos Cubs, recém campeões da MLB – talvez justamente isso seja explicado como uma “fatura divina” após o título dos filhotes de urso na World Series.

14- Tampa Bay Buccaneers (4-5) (9%) –

Ainda resta esperança de pós-temporada, por pior que uma campanha negativa seja nesta altura do campeonato. Curioso que os Buccaneers estiveram exatamente nesta mesma posição no ano passado e não foram a lugar nenhum. A vitória ante os Bears – por pior e mais disfuncional que o ataque de Chicago seja – foi boa para o torcedor de Tampa Bay porque pela primeira vez em semanas a defesa fez algo que valha. O problema é que pode ser tarde demais.

13- Carolina Panthers (3-6) (1%) -1

Não vou me alongar aqui, o Gabriel fez um excelente trabalho contando o porquê dos Panthers estarem nesta situação – clique aqui para ler. Como comentei a última partida da equipe, deu para perceber algo: o ataque pifou quando precisava avançar e queimar o cronômetro. A defesa cansou. A secundária é inexperiente e mesmo no pior dia da vida de Alex Smith, perdeu o jogo ao final. Os Panthers ainda tentam o último respiro hoje no TNF contra os Saints, em casa, mas a tendência é que o navio naufrague.

12- Los Angeles Rams (4-5) (8%) +1

Finalmente Jeff Fisher criou vergonha na cara e percebeu que não dá mais para manter um quarterback titular que só neste ano teve múltiplos jogos sem passe para touchdown. Não que substituir Case Keenum por Jared Goff seja a solução de todos os problemas. Não é. Mas tal qual os Giants de 2004 com Eli ou os Colts de 1998 com Peyton – ambas escolhas de primeira rodada como Goff – colocar o moleque para aprender com os erros é a melhor saída. E no final das contas, pior que tá não fica.

11- New Orleans Saints (4-5) (22%) –

A derrota da semana passada vai ficar na cabeça do torcedor dos Saints por longos meses. Não vou tocar no assunto polêmica de arbitragem porque detesto isso na imprensa esportiva brasileira, é um saco. Vamos seguir em frente. E, falando em seguir em frente, os Saints têm uma ótima oportunidade nesta quinta-feira contra os Panthers, um time que está na bacia das almas. Afundar o rival, atual campeão da divisão, pode ser a motivação necessária para continuar vivo na briga por pós-temporada. Não será fácil, dado que a NFC East está forte candidata a levar dois times para os playoffs como wild card, mas tendo Drew Brees o torcedor sabe que pode sonhar.

10- Arizona Cardinals (4-4-1) (11%) –

Antes que você reclame pelo fato dos Cardinals não terem subido em nosso PR da Conferência Nacional, vos lembro que eles venceram os 49ers e não deveriam ter tomado pontos do jeito que tomaram. Sabe aquela mãe que fala pro filho que ele não fez mais do que a obrigação em tirar nota alta (um beijo, Dona Mônica). Sim, foi tipo isso.

O mesmo que dissemos sobre os Saints vale aqui: ainda há respiro para buscar pós-temporada. O problema é que tem uma pedra no caminho na reta final: partida contra os Seahawks lá em Seattle. Mesmo que a franquia da terra do Starbucks já esteja classificada, deve estar brigando pro Home Field Advantage/bye no Wild Card Round. Lembram que eu disse que aquele empate ia complicar a vida né?

9- Green Bay Packers (4-5) (15%) -2

Nunca pensei que fosse dizer isso enquanto Aaron Rodgers ainda estivesse em Green Bay e com menos de 40 anos, mas os Packers simplesmente são um time ruim. A campanha negativa e as baixas chances de playoff dizem muito sobre o time. A vaga para a pós-temporada pode acabar ruindo no fato de que ainda resta uma partida contra os Lions, mas ela é em Detroit.

Aparte do ataque disfuncional e todo o mais que você já está careca de saber, a defesa está uma caca também. Sim, a ausência de Clay Matthews contribui negativamente para isso. Com efeito, os quarterbacks adversários têm mais tempo no pocket e o estrago é feito. O emprego de Mike McCarthy está por um fio.

8- Philadelphia Eagles (5-4) (28%) +2

O ataque aéreo não é lá aquelas coisas, mas a defesa é bastante subvalorizada. Em algumas oportunidades frisei o quão bom coordenador defensivo Jim Schwartz o é – e contra aquele que deve ser considerado o ataque aéreo mais forte da liga, ele mostrou o porquê. A vitória foi absurdamente importante contra os Falcons. Primeiro que, se os Eagles forem para a pós-temporada, é um time que pode acabar enfrentando em janeiro.

E segundo, mais principalmente, porque o calendário dos Eagles na reta final da temporada é brutal. Se consideramos apenas vitórias e derrotas dos oponentes, Philadelphia terá o segundo calendário mais difícil da NFL até a Semana 17. E a viagem para Seattle é um convite ao apocalipse já na próxima semana.

7- Minnesota Vikings (5-4) (53%) -3

Ano passado eu já apontava para esse problema quando ele estava nos Eagles. Agora sem jogo terrestre e sem linha ofensiva em Minnesota, a maior fraqueza de Sam Bradford foi ainda mais exposta. Ele tem a pior média de jardas por passe após a linha – 6,4 – da liga. É o rei do Checkdown que o torcedor dos Eagles tanto conhece e odiava ano passado.

A semana 11 reserva uma batalha dos desesperados e outrora favoritaços: Minnesota joga contra Arizona num duelo onde o perdedor pode dizer adeus à pós-temporada. Não matematicamente, mas ao menos moralmente.


“RODAPE"

6- Washington (5-3-1) (53%) +2

Kirk Cousins comanda um dos ataques mais interessantes da NFL no momento e ninguém está falando dele como deveria. Um dado importante, conforme apresentado pela ESPN americana, é que Washington tem quatro de suas cinco derrotas quando enfrenta times com campanha positiva. Isso fala muito sobre como o time vem se portando e como é subestimado por muitos.

A noite de domingo pode servir para colocar o time no radar de todo mundo. Em audiência nacional dos Estados Unidos, Cousins e Washington visam vingar a eliminação sofrida na pós-temporada passada contra os Packers. O cenário é o mesmo – resta saber se o desfecho, com uma defesa fraca que Green Bay vem apresentando, também o será.

5- New York Giants (6-3) (74%) +1

As seis vitórias podem enganar o torcedor sobre algo muito preocupante: sem ataque terrestre para queimar cronômetro você não vai longe na pós-temporada. Sim, os Giants estão em ótima posição para ao menos ir para os playoffs por meio do Wild Card. Mas chegando lá precisarão melhorar a média ruim que tem pelo chão agora.

A última partida contra os Bengals na segunda foi a melhor do time no quesito, com 122 jardas. Ainda é pouco e o torcedor de algum tempo sabe que em 2007 e 2011, o jogo terrestre ajudou os Giants a ir longe até o Super Bowl. São 68,3 jardas corridas por jogo e isso tem que mudar urgentemente. A boa notícia é que o calendário é uma mãe. NY joga contra os Bears em casa no domingo que vem: exatamente o que o médico receitou.

4- Detroit Lions (5-4) (52%) +1

Apresento-lhes os Cardiac Cats da temporada 2016. Apelido este que originalmente foi dado para o Carolina Panthers de 2003, uma equipe que vivia no fio da navalha mas que chegou ao Super Bowl. No caso dos Lions, ainda restam três partidas contra a NFC North em casa. O time vem sendo consistente num quesito importante: clutch.

Detroit chegou ao último quarto em todos os jogos com a derrota sendo a maior probabilidade – isto é, perdendo no placar. Virou em 5 e perdeu em 4. Mas o time vem pegando fogo e tem um calendário vantajoso dentro da divisão. Matt Stafford é um quarterback melhor sem a opção “Joga Pro Megatron”? Não tenho dúvidas. Aliás, olho nele na red zone. Já falei em algumas oportunidades que ele brilha no quesito.

3- Atlanta Falcons (6-4) (82%) –

Como podemos qualificar a derrota para os Eagles? Susto? Supremacia defensiva de Philadelphia? No final das contas, os Falcons simplesmente não jogaram bem. Ponto. Para sua sorte, Saints e Panthers perderam ao final de suas respectivas partidas. Não fosse por isso, talvez colocássemos a equipe mais abaixo aqui.

A defesa de Atlanta, em realidade, é o que preocupa – não o ataque ter engasgado contra a boa defesa dos Eagles. Já era uma mãe o ano passado, neste é mais ainda. Fora Vic Beasley, não tem pass rush. Ademais, os quarterbacks adversários estão completando média de 68,2% de passes contra os Falcons. Ou seja: se o ataque ir mal em qualquer jogo – tal qual domingo passado – a defesa não vai segurar o rojão.

2- Seattle Seahawks (6-2-1) (95%) –

Que vitória sensacional para o torcedor de Seattle. Fora de casa, na vingança do Super Bowl XLIX. O jogo terrestre melhorou e CJ Prosise jogou bem – recebendo passes, sobretudo – a ponto de Pete Carroll se dar ao luxo de cortar Christine Michael. Considerando as últimas seis partidas, Seattle tem 4-1-1 de campanha. O time quase todo ano demora pra pegar no tranco, mas quando pega, meu amigo, um abraço.

PS: Destaque absolutamente positivo para dois jogadores aqui: no ataque, Russell Wilson foi o melhor quarterback da última rodada. Na defesa, Kam Chancellor.

1- Dallas Cowboys (8-1) (97%) –

Ninguém para o Bonde do Ezekiel sem freio. Não tem muito o que falar. Apenas palmas para essa linha ofensiva. É o melhor time da NFL no momento. Não que a defesa seja MINHA NOSSA, COMO É BOA. Mas o jogo terrestre é tão eficiente que ela fica fora de campo por longo período de tempo – e estando descansada, fica mais eficiente nos últimos períodos. A fórmula terrestre que deu certo em 2014 foi potencializada com um quarterback móvel em 2016. Dak to the present.


“RODAPE"

Por Divisão

NFC East: 

  1. Dallas Cowboys
  2. New York Giants
  3. Washington
  4. Philadelphia Eagles

NFC North:

  1. Detroit Lions
  2. Minnesota Vikings
  3. Green Bay Packers
  4. Chicago Bears

NFC South:

  1. Atlanta Falcons
  2. New Orleans Saints
  3. Carolina Panthers
  4. Tampa Bay Buccaneers

NFC West:

  1. Seattle Seahawks
  2. Arizona Cardinals
  3. Los Angeles Rams
  4. San Francisco 49ers

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