Nova semana e um novo líder. Neste momento está claro que a Conferência Nacional (NFC) não possui um grande time, favoritaço®, e sim diversas equipes parecidas que podem acabar surgindo no final da temporada e indo ao Super Bowl.
No momento, Minnesota passa por um momento extremamente delicado (e com o seu coordenador ofensivo pedindo demissão) por causa da quantidade assustadora de lesões. Uma hora o rendimento iria cair e não tem como manter o mesmo nível perdendo os tackles titulares e o running back reserva – que era titular porque Adrian Peterson também se machucou! Nem os Packers de 2010/2011 (uma das equipes mais devastadas por lesões que eu me lembre) tiveram tantos problemas assim – e se tivessem não teriam sobrevivido na temporada e chego ao Super Bowl.
Com a queda de rendimento de Minnesota, Dallas pediu passagem e confirmou o bom momento que está passando nas últimas semanas. O jogo contra Philadelphia não foi brilhante, nem perto disso. Se não fosse Doug Pederson invocar o Mike McCarthy que há dentro de cada treinador, muito possivelmente o recorde 6-1 seria agora um 5-2 e o segundo lugar na NFC East. Como Pederson não arriscou, os Cowboys aproveitaram e tiveram uma vitória gigantesca na corrida pelo título da divisão – e a vantagem é de dois jogos contra os outros concorrentes de uma divisão extremamente surpreendente.
Por fim, vale destacar como a prorrogação de Arizona e Seattle afetou o desempenho das franquias na semana seguinte. As duas perderam (com Seattle ficando mais perto de vencer) principalmente pela falta de produção ofensiva – que foram os setores que mais sofreram no empate. Sorte de New Orleans e Carolina, que conseguiram respirar um pouco no ano – o dia poderia ter sido muito melhor para as duas franquias se Atlanta tivesse perdido, porém Matt Ryan continua em nível de MVP.
Para quem não acompanhou a razão desta divisão entre conferências, a explicação está no primeiro texto da série. Faz muito mais sentido separarmos por Conferências, dado que a “chave” para os playoffs é separada e os times tem só 25% do calendário contra franquias da outra conferência. Sem mais delongas, acompanhe o ranking para as equipes da NFC. Mais tarde teremos a Conferência Americana. No final do texto também está a classificação por divisão. Agora também colocamos as chances de Playoffs entre parênteses também com os dados do Football Outsiders.
16. San Francisco 49ers (1-6) (0,3%) –
Bye week.
15. Chicago Bears (2-6) (4,9%) –
É sempre bom olhar pelo lado positivo das coisas. Esta temporada, que vem sendo desastrosa, trouxe algumas coisas positivas para Chicago. A primeira foi a certeza que é preciso achar um quarterback novo, obviamente, porém boas impressões estão ficando de alguns jogadores do elenco. Jordan Howard vem superando todas as expectativas e parece que Jeremy Langford é um bom complemento para ele – e não o contrário, que era o esperado. Este miolo da linha ofensiva ainda é extremamente subvalorizado (e de qualidade).
Defensivamente há muito furos, mas alguns bons valores como Eddie Goldman e o próprio Leonard Floyd. Obviamente a defesa se aproveitou da linha fragilizada de Minnesota para fazer o seu nome, porém é claro que existem alguns talentos que podem ser reaproveitados no futuro próximo. O grande ponto negativo desta vitória é que ela distanciou um pouco a franquia de escolher o quarterback que quiser no próximo Draft.
14. Tampa Bay Buccaneers (3-4) (9,8%) -2
Que time tem, a seu favor, 22 faltas e dois chutes errados do adversário e ainda consegue perder? Aquele que cede mais de 500 jardas aéreas. Vernon Hargreaves deve estar sonhando até agora com Amari Cooper e Brent Grimes está pegando fogo até agora. O mais incrível de Tampa Bay não é a ineficiente defensiva e sim a incapacidade da comissão técnica em ajustar o seu plano de jogo para evitar que o adversário explore as suas falhas. O “Agora Vai” da NFC (o da AFC é o Jacksonville Jaguars) está em um péssimo momento e enfrenta, novamente, dúvidas sobre o futuro. Falta estabilidade, qualidade da comissão técnica e melhores escolhas no Draft.
13. Los Angeles Rams (3-4) (10,7%) -2
A bye week trouxe os Rams para a realidade.
12. Carolina Panthers (2-5) (4,2%) +2
Apesar de Arizona estar passando por um momento positivo no ano, era uma aposta relativamente tranquila que os Panthers sairiam com a vitória. A franquia estava em um buraco, jogava em casa e acabara de sair de uma bye week. Além disso, os Cardinals vinham de uma prorrogação extremamente exaustiva contra um adversário direto da divisão e que podia facilitar a vida em 2016.
Com um time mais cansado, a defesa de Arizona não conseguiu (novamente) aguentar o jogo físico de Carolina e depois foi fácil manter Carson Palmer longe da endzone – os oito sacks conquistados provam, mais uma vez, o quão talentoso é este front seven. A diferença de apenas 10 pontos não traduz o nível de dominância durante toda a partida. Agora é construir após um bom jogo e tentar se recuperar na temporada, visto que o buraco ainda é grande.
11. New Orleans Saints (3-4) (17,6%) +2
Outra equipe que se beneficiou da prorrogação. Os Seahawks, obviamente, estavam extremamente cansados, tiveram que cruzar o país e enfrentar um Saints com as costas na parede. A defesa até tentou entregar o jogo, mas não conseguiu. Mesmo contra uma defesa extremamente forte, Drew Brees mostrou porque está jogando em um nível altíssimo (se os Saints estivessem melhores, seria um candidato fácil ao MVP) e conseguiu marcar mais de 24 pontos na partida – algo meio raro contra esta defesa. Agora é manter a sequência positiva com uma vitória contra San Francisco e, depois, começar a sequência dura da temporada.
10. Detroit Lions (4-4) (13,9%) -1
Lembra quando, algumas semanas atrás, dissemos que este time dos Lions possui muito talento e que o problema é estabilidade? Então, a oitava semana provou isso novamente. A consistência ofensiva, marca das últimas semanas, apenas sumiu. Matthew Stafford voltou a ser errático (principalmente em terceiras descidas) e o ataque não conseguiu caminhar com consistência até o último quarto. Esta falta de consistência está minando uma temporada extremamente promissora e a transformando em um possível 8-8.
9. New York Giants (4-3) (33,3%) +1
Bye week.
8. Washington Redskins (4-3-1) (27,6%) –
A reação das equipes após um empate é extremamente engraçada. Ninguém sabe se deve comemorar ou não. É um conceito extremamente incomum no futebol americano e que pode atrapalhar (ou ajudar) no final do ano. Independente disso, o jogo contra Cincinnati foi extremamente igual e o empate traduziu muito bem como foi a partida – e como as duas equipes são parecidas dentro de campo.
O grande problema de Washington é a falta de consistência em finalizar drives. Foram 546 jardas totais e apenas 27 pontos. O motivo? Desempenho na red zone: apenas um touchdown em quatro viagens até as últimas 20 jardas do campo. Só no primeiro tempo a franquia poderia ter saído com 21 pontos no placar, facilmente, se tivesse aproveitado as oportunidades que teve. O time precisa saber “matar” as partidas, caso contrário não conseguirá alcançar Dallas e Philadelphia na divisão.
7. Arizona Cardinals (3-4-1) (20,1%) -2
Quando Arizona cai atrás no placar e começa a depender, exclusivamente, de seu jogo aéreo, os problemas começam a aparecer. A linha ofensiva falha, Carson Palmer não consegue soltar a bola rapidamente e a fluidez ofensiva vista anteriormente ao jogo contra Seattle some – como esperado.
Mesmo assim os Cardinals possuem um time extremamente talentoso e estão seriamente na disputa por uma vaga via Wild Card para os Playoffs. Após a bye week, a equipe tem uma sequência importantíssima dentro da conferência (49ers, Vikings, Falcons e Washington) que deve definir as intenções de disputar o Wild Card ou não.
6. Green Bay Packers (4-3) (53,3%) +1
Apesar da derrota, os Packers têm dois motivos para comemorar. O primeiro, e mais importante, é o ressurgimento de Aaron Rodgers na temporada. Não foram só os quatro passes para touchdown que traduzem a sua boa atuação: ele comandou a linha de scrimmage, foi agressivo, decisivo e mostrou um nível de jogo que fazia tempo que não aparecia.
Defensivamente, os Packers continuam sendo um terror para correr contra – Dallas foi a única exceção que dominou este front seven pelo chão. No final do jogo, a postura “jogar para não perder” prejudicou a equipe novamente (desta vez defensivamente), porém os sinais são promissores para a sequência do ano.
O segundo motivo para comemorar? Minnesota está em seu pior momento no ano, o que aumenta as possibilidades de vencer a divisão. No momento, a NFC North parece aberta e Green Bay tem totais condições de sair com o título – ainda mais se a linha ofensiva de Minnesota não melhorar significativamente.
5. Philadelphia Eagles (4-3) (63,5%) +1
Doug Pederson entrou na liga sendo comparado a Andy Reid todo momento. Ele rapidamente apagou estas comparações não abandonando o jogo terrestre e, o mais importante, sendo agressivo em suas chamadas. Após perder Lane Johnson por 10 jogos, ter um center que parece que parou em 2014 e um left tackle que não é mais tão dominante, Pederson deixou de ser agressivo – e jogar para não perder é o pior pecado que um técnico pode cometer.
Se Pederson tivesse arriscado um field goal de 53 jardas com pouco mais de seis minutos para o fim do jogo, muito possivelmente os Eagles estariam com a seed #1 da conferência. Em vez disso, ele punteou e tentou jogar da maneira mais segura possível e a derrota foi inevitável. Philadelphia vem surpreendendo, é bem verdade, mas a comissão técnica precisa voltar a ser agressiva nos momentos decisivos – principalmente com a dura tabela que tem pela frente.
4. Atlanta Falcons (5-3) (84,3%) –
Uma baita vitória contra Green Bay. A máxima “bons times arrumam um jeito de vencer” valeu novamente, visto que defensivamente a franquia teve uma atuação apagada – considerando o momento que os Packers estavam vivendo no ataque. Tendo que confiar em Matt Ryan no último drive, o favorito (na minha opinião) ao prêmio de MVP da temporada dissecou a defesa dos Packers e conseguiu uma vitória preciosa nas intenções de ir aos Playoffs – e vencer a divisão.
Mesmo com esta atuação ofensiva incrível (em um jogo que o jogo terrestre, maior arma dos últimos jogos, não funcionou), fica claro que a defesa dos Falcons ainda tem um desempenho aquém do esperado de um time que pode chegar longe no ano. É uma unidade mediana, que não consegue segurar bons quarterbacks ou ataques de qualidade, e a perspectiva não é boa – principalmente por causa da falta de pressão. Por enquanto os Falcons conseguem manter a liderança da divisão dependendo exclusivamente do ataque; o problema será mais para frente, quando a defesa tiver que aparecer.
3. Minnesota Vikings (5-2) (77,8%) -2
Expostos. Não existe melhor palavra para definir as últimas semanas dos Vikings. O jogo contra o Philadelphia Eagles expôs a baixa qualidade das peças de reposição dos tackles – era óbvio, ninguém aguenta tantas contusões e ainda desempenha em alto nível -, só que a esperança era que a equipe pudesse manter o ritmo defensivo e continuar ganhando. Chicago mostrou que esta consistência, por tanto tempo, é difícil de acontecer e o sinal amarelo acendeu de vez na franquia.
Com Sam Bradford voltando a realidade, toda a pressão acabou caindo nos ombros de Norv Turner (e o mesmo acabou abandonando o barco) e de uma linha ofensiva que não consegue produzir nada – o que afeta o jogo terrestre que ainda não contou com Jerick McKinnon; sério, é possível ter mais contusões ainda? Os Vikings estão no pior momento da temporada, principalmente defensivamente – que viu Jordan Howard dominar a partida completamente. Será preciso um trabalho muito melhor da linha ofensiva (a pior da NFC no momento) caso a franquia queira continuar no topo. Após a deadline das trocas, o que resta é esperar uma melhora significativa de T.J. Clemmings e Jeremiah Sirles – boa sorte Sam Bradford.
2. Seattle Seahawks (4-2-1) (84,0%) –
Uma derrota esperada, visto o desgaste sofrido contra Arizona. Apesar da falta de consistência defensiva e ofensiva de outrora, Seattle ainda assim arrumou uma maneira de continuar no jogo e quase saiu com a vitória – foi a diferença de um passe bem defendido pela secundário de New Orleans.
Mesmo com a derrota, não dá para desmerecer a equipe. Apesar dos problemas na linha ofensiva e a lesão de Russell Wilson, o ataque consegue os pontos necessários para vencer. O motivo? A qualidade defensiva. Talvez fosse um pouco impossível de se esperar isso, mas a defesa dos Seahawks está em um nível impressionante. Limitar Drew Brees, em casa e precisando da vitória, em apenas 265 jardas aéreas? Uma tarefa para poucos. Os Seahawks ainda são fortes e vão ameaçar até os Playoffs.
1. Dallas Cowboys (6-1) (94,5%) +2
Os Cowboys não tiveram vida fácil, longe disso. O jogo terrestre apareceu, só que os Eagles contiveram os danos e desafiaram Dak Prescott a ganhar com o seu braço – e o calouro oscilou bastante. Mesmo sem ter uma grande partida, a franquia venceu e mostrou a máxima que “grandes times sempre acham uma maneira de vencer”. Seja pela falta de agressividade de Doug Pederson ou pelo belo passe para Dez Bryant no empate, não importa: os Cowboys são o melhor time da NFC no momento e se desenham como os favoritos até aqui. Tony Romo terá que ficar mais um tempo no banco, visto que este ataque está funcionando muito bem – já falei que Ezekiel Elliott é um monstro correndo com a bola?
POR DIVISÃO:
NFC East:
- Dallas Cowboys
- Philadelphia Eagles
- Washington Redskins
- New York Giants
NFC West:
- Seattle Seahawks
- Arizona Cardinals
- Los Angeles Rams
- San Francisco 49ers
NFC South:
- Atlanta Falcons
- New Orleans Saints
- Carolina Panthers
- Tampa Bay Buccaneers
NFC North:
- Minnesota Vikings
- Green Bay Packers
- Detroit Lions
- Chicago Bears
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