O Tennessee Titans de 2022 pode ser descrito numa bela estrofe do rei Roberto Carlos: “eu voltei ao passado, e lembrei de você, revivi tantos sonhos, que você também viveu”. Afinal de contas, todo mundo já acreditou em algum momento que dava para vencer com uma defesa forte, bom jogo corrido e um quarterback mediano. O grande drama é que os Titans seguem acreditando nisso, mesmo quando seu quarterback já baixou essa linha e seu running back entra na idade de declínio. Até dezembro, funciona; de janeiro em diante é um problema.
DRAFT E FREE AGENCY 2022: O mercado foi agitado para Tennessee. Alguns nomes conhecidos como Rodger Saffold, Janoris Jenkins, Julio Jones, Rashaan Evans e Jayon Brown não tiveram seus vínculos renovados. Por outro lado, a reposição foi modesta: Robert Woods veio trocado do Los Angeles Rams, enquanto Austin Hooper chega para tentar revitalizar a carreira após uma passagem fraca pelo Cleveland Browns.
Já no Draft, Tennessee fez um belo trabalho. O começo foi preocupante, com a franquia trocando A.J.Brown por uma primeira rodada com o Philadelphia Eagles, mas logo em seguida tudo se consertou: o selecionado foi Treylon Burks, muito comparado justamente a Brown durante todo processo. Roger McCreary é um bom nome para jogar como nickel corner e Nicholas Petit-Frere pode brigar de imediato pela vaga de right tackle. Hassan Haskins é um bom valor para dar descanso para Derrick Henry. Já Malik Willis tem potencial, mas é cru como um bife de chorizo por dentro, não passando de um projeto.
Principal reforço: Treylon Burks, WR. Uma máquina de conseguir grandes jogadas, Burks chega na NFL sob a desconfiança de alguns, por ter jogado a maior parte da carreira universitária no slot. Balela, pois como já visto com Justin Jefferson e o próprio A.J. Brown, a transição é possível. Com 1,88 m, seus números impressionam: 3,57 jardas por rota corrida, 7 jardas de média quando pressionado na scrimmage e mais de 9 após a recepção.
Principal perda: A.J. Brown, WR. Por mais que Burks tenha tudo para dar certo, ele ainda não deu. Enquanto isso, Brown já é um recebedor consolidado na liga e não por acaso recebeu um contrato com média anual de US$ 25 milhões logo após a troca. Explosivo, ele é o tipo de atleta que faria falta em qualquer time da liga.





