🔒 PRÉVIAS 2018: Luck de volta, mas como a defesa dos Colts pode lhe ajudar?

[dropcap size=big]O[/dropcap] Indianapolis Colts começa, na temporada 2018, a sua reconstrução. Três fatores contribuíram muito para a fase ruim da equipe, que já se prolonga por alguns anos. São eles: Ryan Grigson, Chuck Pagano e o ombro de Andrew Luck.

Grigson, ex-General Manager da equipe, saiu após a temporada 2016. Pagano, pior técnico da liga nas últimas temporadas (pior até que Hue Jackson…), foi demitido ao término da temporada passada. Já o ombro de Andrew Luck… segue em aberto, mas a expectativa é boa.

Ainda que a questão do quarterback domine muito da discussão sobre a temporada 2018 dos Colts, há muita expectativa em torno da equipe. Particularmente com relação ao ataque, a chegada do novo técnico, Frank Reich, traz a esperança de um jogo ofensivo mais moderno. Reich, que em 2017 foi o coordenador ofensivo do campeão do Super Bowl Philadelphia Eagles, chegou aos Colts depois da confusão envolvendo Josh McDaniels. O coordenador ofensivo dos Patriots, apalavrado com Indianapolis, refugou na última hora, permanecendo em New England.

Como veremos por aqui, talvez a troca de última hora tenha sido boa para os Colts.

Como foi a última temporada do Indianapolis Colts?

[dropcap size=big]A[/dropcap] temporada 2017 do Indianapolis Colts foi bem decepcionante. Mas não foi nada surpreendente. A equipe mostrou um déficit de talento importante, que foi obviamente reforçado pela ausência de Andrew Luck.

O plano dos Colts era que Scott Tolzein liderasse a equipe no lugar de Luck. O plano não durou nem uma semana. Quem acabou como titular na maior parte do ano foi Jacoby Brissett, que havia chegado ao time poucos dias antes do início da temporada, em troca com os Patriots.

No fim das contas, apenas 4 vitórias ao longo do ano, em uma temporada muito ruim. O saldo positivo do 2017 dos Colts foi o bom desempenho dos calouros Malik Hooker e Marlon Mack. Espera-se contribuições ainda maiores de ambos em 2018.

Como foi a free agency do Indianapolis Colts?

Quem chegou: DE Denico Autry, TE Eric Ebron, WR Ryan Grant, OT Austin Howard, OG Matt Slauson
Quem saiu: WR Donte Moncrief, RB Frank Gore, CB Rashaan Melvin, DL Johnathan Hankins, OLB Barkevious Mingo, LB Jon Bostic, CB Vontae Davis

[dropcap size=big]O[/dropcap] general manager  Chris Ballard iniciou seu segundo ano no comando dos Colts com um elenco cheio de buracos. Apesar disso, a equipe não foi muito ativa na free agency. Dois reforços se destacam.

São eles o wide receiver Ryan Grant, que estava em Washington, e o tight end Eric Ebron, antes de Detroit. Grant é um receiver versátil, com boa habilidade para gerar jardas após a recepção. Em Indianapolis, em que wide receiver era uma das maiores deficiências, Grant deve ter um papel importante.

Já no caso de Ebron, como tem sido ao longo de sua carreira na NFL, a questão é consistência. Ebron é forte e veloz, mas muito inconsistente nas rotas e nas recepções. É difícil esperar mais do que isso dele nesse estágio da carreira.

Como foi o draft do Indianapolis Colts?

Rodada 1, escolha 06: Quenton Nelson, G, Notre Dame
Rodada 2, escolha 36: Darius Leonard, LB, South Carolina State
Rodada 2, escolha 37: Braden Smith, G, Auburn
Rodada 2, escolha 52: Kemoko Turay, DE, Rutgers
Rodada 2, escolha 64: Tyquan Lewis, DE, Ohio State
Rodada 4, escolha 104: Nyheim Hines, RB, NC State
Rodada 5, escolha 159: Daurice Fountain, WR, Northern Iowa
Rodada 5, escolha 169: Jordan Wilkins, RB, Ole Miss
Rodada 6, escolha 185: Deon Cain, WR, Clemson
Rodada 7, escolha 221: Matthew Adams, LB, Houston
Rodada 7, escolha 235: Zaire Franklin, LB, Syracuse

[dropcap size=big]M[/dropcap]uito ativo nas trocas, os Colts adquiriram um bom número de escolhas de alto valor no draft 2018. No entanto, causa estranheza o fato de que, nas três primeiras escolhas (uma de primeira e duas de segunda rodada), a equipe selecionou dois guards e um linebacker.

É claro que Quenton Nelson era considerado um dos melhores prospectos de todo o draft. Ainda assim, guard e linebacker são posições de impacto menor, quando se compara, por exemplo, com edge rusher e wide receiver, grandes necessidades da equipe. Claro que, nas escolhas subsequentes, os Colts selecionaram pass rushers (destaque para Kemoko Turay).

É possível que as melhores seleções da equipe tenham sido no terceiro dia. Os running backs Nyheim Hines e Jordan Wilkins podem logo de cara entrar na rotação liderada por Marlon Mack.

Tabela do Indianapolis Colts

CASA: Cincinnati / Houston / Buffalo / Jacksonville / Tennessee / Miami / Dallas / New York Giants

FORA:  Washington / Philadelphia / New England / New York Jets / Oakland / Jacksonville / Houston / Tennessee

É mega importante começar a temporada bem e, sinceramente, é possível. Cincinnati e Washington, com Andrew Luck bem, pode significar um início 2-0. Até porque, as três semanas seguintes são bem tensas, com o primeiro jogo divisional – contra Houston, que pela primeira vez na Era Andrew Luck tem um quarterback – e fois fora de casa contra os times do Super Bowl LII: Philadelphia Eagles e New England Patriots.

Ou seja, mesmo começando 2-0, o time pode estar 2-3 com 0-1 dentro da divisão. Não dá para dizer que a vida é fácil. A sequência do calendário é bem tranquila, considerando os adversários fora da divisão – a AFC East, fora Patriots, é a divisão mais fraca da NFL.

O que esperar do ataque do Indianapolis Colts em 2018?

[dropcap size=big]É[/dropcap] difícil tentar prever como será o ataque do Indianapolis Colts sem saber como estará Andrew Luck. O quarterback, que não atuou em toda a temporada 2017 por conta da contusão no ombro, segue em tratamento. Lentamente, surgem as informações sobre treinamentos mais intensos e lançamentos realizados por Luck. Ainda assim, é cedo para saber se os Colts terão seu quarterback titular em campo por todo o 2018.

Sob o ponto de vista esquemático, é mais fácil tentarmos entender o que Frank Reich trará para o ataque da equipe. Baseado em seus trabalhos prévios, nos Eagles e nos Chargers, devemos ver um ataque muito mais variado em Indianapolis.

Passes curtos – em oposição ao esquema mais vertical de Pagano – leituras rápidas, muitas rotas para os running backs e wide receivers que permitam ganhos após a recepção.

Aliás, tanto Ryan Grant quanto T.Y. Hilton têm a capacidade de ter bom desempenho neste tipo de rota. Hilton é ainda muito bom em rotas longas, que, neste esquema, “abrem” a defesa, que se posiciona para parar as rotas curtas laterais. Com Luck em forma, o playbook fica todo disponível, e o potencial do ataque é muito alto. Sem Luck, o caminho é mais árduo.

A esperança na linha ofensiva é grande. Bom, pior que está, não fica. No ano passado, foram 56 sacks cedidos pela unidade – alguns, culpa de Brissett, que segurou demais a bola. Mas, no geral, foram 37% de dropbacks com pressão no quarterback – também pior marca da NFL.

São quatro jogadores de linha ofensiva escolhidos nas três primeiras rodadas do Draft desde 2016. Dois deles, na primeira rodada – e são bons jogadores. Ryan Kellycenter, está saudável agora. E Quenton Nelsonguard, é um dos melhores prospectos de linha em… Bem, mais de uma década.

O que esperar da defesa do Indianapolis Colts em 2018?

Em 2017, sob o ponto de vista estatístico, os Colts tiveram a trigésima melhor defesa da liga. Brincadeiras à parte, o talento defensivo da equipe deixa muito a desejar.

Em todos os níveis da defesa, há um déficit de qualidade. À exceção da posição de safety, pela qualidade de Malik Hooker, é difícil ficar otimista com essa unidade.

Veja alguns dos titulares que voltam neste ano e seja sincero, quantos você conhece?  DT Hassan Ridgeway, DT Al Woods, ILB Antonio Morrison, OLB John Simon,  CB Quincy Wilson, e S Matthias Farley. Então né.

A boa notícia é a mudança esquemática. O novo coordenador defensivo Matt Eberflus, que veio do Dallas Cowboys, é um discípulo de Rod Marinelli e Monte Kiffin.

As primeiras indicações sugerem que Eberflus utilizará um esquema de cobertura em zona, com Hooker fazendo o papel do safety em profundidade no cover 3. Mas com a pouca injeção de talento na defesa, o trabalho de Eberflus já começa difícil.

Avaliação do elenco do Indianapolis Colts por posição

QB: 3,5/5 RB: 4/5 WR: 3/5 TE: 4/5 OL: 4/5 DL: 3/5 Edge: 3,5/5 LB: 4/5 CB: 3/5 S: 4/5 ST: 4/5

Pergunta importante a ser respondida em 2018:

Andrew Luck vai jogar a temporada toda? Em caso positivo, como vai jogar?

[dropcap size=big]N[/dropcap]ão dá pra escapar. O grande questionamento que cerca a temporada 2018 do Indianapolis Colts é sobre a presença de Andrew Luck em campo.

Depois de muito tempo fora do time, por conta de uma contusão crônica no ombro direito, aparentemente ele está bem encaminhado para retornar ao posto de quarterback titular dos Colts. Ao longo do mês de junho, Andrew Luck tem treinado, lançando passes, tanto junto do time quanto em sessões privadas de treino.

Durante o training camp, que começa no final de julho, tudo parecia certo. Na primeira partida da pré-temporada contra o Seattle Seahawks, ele jogou, passou a bola e… Tudo certo também.

Obviamente estamos no campo da especulação, mas é razoável imaginar que veremos um Andrew Luck ao menos um pouquinho “enferrujado” em 2018, ao menos no início da temporada.

Talvez ao longo do ano possamos voltar a ver o grande quarterback que Luck prometia ser nos primeiros anos de sua carreira. Certamente, a ideia de Luck a todo vapor comandando o sistema ofensivo de Frank Reich é bem atraente.

Cenários para 2018

Cenário dos sonhos: Andrew Luck volta rapidamente a ser o jogador que já foi, liderando o novo ataque dos Colts. Marlon Mack se estabelece como foco principal do jogo corrido, contribuindo muito também com recepções de passes curtos. Na defesa, os jovens pass rushers surpreendem desde o início, e Malik Hooker ganha comparações com Earl Thomas. O time briga pela divisão.

Cenário desastroso: Andrew Luck não consegue jogar como antes. A contusão no ombro não permite que Luck chegue sequer perto da qualidade que já apresentou. Sem Luck 100%, o ataque dos Colts tropeça ao longo do ano, não estabelecendo nenhum ritmo. A defesa segue uma peneira, sem gerar pressão alguma, e Hooker sozinho não consegue segurar a secundária. A equipe fica na disputa pela primeira escolha geral do draft 2019.

Cenário realista: Andrew Luck começa devagar, mostrando algum grau de “ferrugem”. O sistema ofensivo de Frank Reich funciona bem, facilitando a vida do quarterback. Marlon Mack é um running back eficiente, movendo o ataque dos Colts. A defesa, particularmente a linha defensiva, segue sendo o ponto fraco do time, mas Malik Hooker comanda a secundária com muita qualidade.

Previsão final para o Indianapolis Colts em 2018: após um início ruim, o time se recupera, chegando a disputar vaga nos playoffs. No final, entretanto, os Colts terminam com 8 vitórias e 8 derrotas, fora dos playoffs.

Clique aqui e confira o índice completo das prévias de temporada.


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