Na última vez que Arizona Cardinals e Green Bay Packers estiveram frente a frente não tivemos muita competitividade. Agora, no Divisional Round, espera-se que ambos os times venham com tudo para superar o adversário, seja para confirmar a superioridade ou se vingar de uma derrota terrível.
Arizona chega neste sábado como o segundo melhor time da NFC após atingir melhor campanha da franquia. Como ápice da caminhada, uma vitória sobre o rival do jogo deste final de semana por 38 a 8 na semana 16. Por ter terminado nessa posição, se classificaram direto para o Divisional Round, sem ter que passar pelo Wild Card, e chegam como favoritos, pelo menos na teoria – e levando em conta o último confronto – para avançar.
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Green Bay, por sua vez, teve um início avassalador, vencendo os seis primeiros jogos, mas decaiu com o tempo. Passando por vários problemas ofensivos – principalmente por conta de lesões – viram Aaron Rodgers e companhia decair e começar a depender da defesa para superar os rivais. Após perder o ultimo jogo da temporada, para Minnesota, e ver os rivais vencerem a divisão, os Packers se classificaram como o quinto melhor time da NFC. Com a vitória sobre o Washington Redskins no Wild Card, vão até Glendale para ter a revanche e, chegando na melhor fase desde a metade da temporada, devem fazer jogo muito mais duro do que no último duelo entre as duas equipes.
Quando Arizona tem a bola
Os Cardinals têm um dos ataques mais explosivos e eficiêntes da liga. Seja pelo ar, com o quarterback Carson Palmer distribuindo a bola para seus recebedores, ou por chão, com os running backs David Johnson e Andre Ellington fazendo estragos, esse time consegue avançar e pontuar. Palmer vai tendo a melhor temporada da sua carreira – e é forte candidato ao prêmio de MVP – com 4,671 jardas e 35 touchdowns aéreos contra apenas 11 interceptações. Seus recebedores também vêm evoluindo: Larry Fitzgerald teve sua melhor campanha em anos, e os coadjuvantes John Brown e Michael Floyd completentam um dos melhores trios. Não importa onde o adversário venha a focar na defesa, o head coach Bruce Arians parece sempre conseguir encontrar outro ponto fraco – e ponto forte de seu time – para vencer.
Se a principal característica – apesar de estar longe de ser a única – de Arizona é o ataque aéreo, Green Bay tem em sua secundária seu maior trunfo. O cornerback calouro Damarious Randall vem tendo uma temporada muito sólida, defendendo 14 passes e interceptando o quarterback adversário outras três vezes. Outro destaque, e o principal, é o também cornerback Sam Shields. Com uma concussão, o jogador está listado como questionável (o que significa que tem 50% de chance de jogar), e pode ser uma grande perda para o time de Wisconsin. No entanto, para que não se repita o mesmo placar da semana 16, pressionar Palmer é de fundamental importância. Arizona tem um estilo ofensivo que usa e abusa de passes longos, e ter tempo no pocket é fundamental para isso funcionar. Logo, aplicar pressão deverá ser um dos principais focos para os Packers.
Quando Green Bay tem a bola
Não tem como falar sobre o ataque de Green Bay sem falar no jogo aéreo. Mesmo tendo alguns momentos ruins durante o ano, Aaron Rodgers continua sendo um dos melhores do planeta fazendo o que sabe: vencer jogos. Em uma temporada ruim, Rodgers lançou para 3,821 jardas e 31 touchdowns, sofrendo somente oito interceptações. Muitos dos problemas ofensivos se deram por problemas na linha ofensiva – o quarterback não tinha tempo para fazer nada – e um jogo terrestre pouco efetivo. Para o jogo deste sábado, o running back Eddie Lacy terá que fazer muito mais do que fez durante a temporada regular, e isso pode não ser uma tarefa fácil jogando contra a 6ª melhor defesa da liga contra a corrida. Ponto negativo é a ausência, que já foi confirmada, do wide receiver Davante Adams. Sem Adams as opções para Rodgers são ainda menores, e a pressão tende a aumentar.
Alguns times têm como pontos fortes o ataque e acabam sucumbindo no lado defensivo, mas esse não é o caso de Arizona. Acrescentando talentos em jogadores que não se esperava tanto, como no caso do veterano pass rusher Dwight Freeney, os Cardinals conseguiram montar uma defesa extremamente sólida – algo que já aconteceu nas duas últimas temporadas também. O defensive end Calais Campbell fecha o miolo da linha defensiva como ninguém, sendo uma força tanto indo atrás do quarterback quanto parando o jogo terrestre. Mas é na secundária que podem controlar o jogo. Deone Bucannon consegue cobrir tanto recebedores, como safety, como jogar avançado, em uma posição de linebacker. Para complementar, o cornerback Patrick Peterson, um dos melhores da NFL, teve uma temporada mais sólida do que nos últimos anos e tem tudo para parar quem estiver alinhado na sua frente. Assim como no ataque, os Cardinals têm talento em todos os níveis defensivos, e terão que utilizar todo seu talento para parar Aaron Rodgers.
Previsão
Será que Green Bay vai cuidar melhor da bola do que na semana 16? Será que a linha ofensiva vai dar chances para Rodgers jogar? Será que os recebedores se sobressairão? Será que a defesa para esse ataque explosivo de Arizona? São várias perguntas e todas são de suma importância para que os Packers tenham alguma chance de superar o adversário. Como dito antes, Lacy tem a obrigação de ter um bom jogo para tirar o peso do ataque aéreo, mas fazer isso não será fácil.
Arizona vai conseguir pontuar, pois é muito difícil parar esse ataque – Seattle conseguiu, mas Green Bay não tem o mesmo poder defensivo. Caso Rodgers tenha um bom jogo, levando em conta todas as perguntas feitas, devemos ter um jogo com dois ataques bastante operantes e um duelo bastante ofensivo.
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