Preview: NFC Divisional Round – Seattle Seahawks @ Carolina Panthers

Na temporada passada o sonho do Carolina Panthers acabou no Divisional Round, contra o mesmo Seattle Seahawks, só que com papeis invertidos. Os Seahawks, que haviam se classificado em primeiro da NFC, jogavam em casa e passaram com certa facilidade pelos Panthers. Desta vez é o time de Charlotte quem dá as cartas: com 15 vitórias na temporada regular e a melhor campanha de toda NFL, agora jogam em casa para tentar se vingar da derrota no passado.

Quando os Panthers têm a bola

Diferentemente do que todo mundo imaginava antes da temporada – principalmente após a lesão do wide receiver Kelvin Benjamin – os Panthers tiveram um dos melhores ataques da NFL, terminando com uma média de 31.3 pontos por jogo, melhor marca da liga. Tudo começa com Cam Newton. O quarterback teve uma temporada sensacional – que deve ser coroada com o prêmio de MVP – e liderou um ataque com pouco talento ao sucesso. Desde a semana nove, contra Green Bay, Newton lançou 24 touchdowns e apenas duas interceptações. Quando jogou contra Seattle, ainda na semana seis, não teve um grande jogo, sendo interceptado duas vezes, mas parece ter encontrado um ponto fraco na forte defesa do adversário: seu tight end, Greg Olsen, teve sete recepções para 131 jardas e o touchdown que garantiu a vitória. O sucesso no jogo deste domingo passa justamente por aí, e Olsen deve ser bastante utilizado – principalmente se levarmos em conta que outros duelos, como por exemplo os recebedores contra a Legion of Boom ou o jogo terrestre contra o front seven, devem ter mais dificuldades para aparecer.

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Parar Olsen deve ser o principal foco da defesa de Seattle, mas como fazer isso? A tarefa deve ficar nas mãos do strong safety Kam Chancellor – que é um dos melhores na sua posição. Como só isso pode não ser o suficiente, outra opção é deslocar o linebacker K.J. Wright, um dos melhores cover linebackers da liga, para ajudar na marcação. O problema de destacar dois jogadores tão importantes para esta tarefa é que isso pode abrir espaços para o jogo terrestre – e isso é algo que pode determinar o resultado final. Parar o running back Jonathan Stewart tem sido uma tarefa muito complicada nesta temporada, somando a isso o perigo do próprio Newton correr pode trazer uma dor de cabeça a mais para a melhor defesa da liga. Caso Seattle consiga tirar Olsen do jogo sem sacrificar sua cobertura terrestre, forçando assim Newton testar Earl Thomas e companhia, a vitória pode ficar muito próxima

Quando os Seahawks têm a bola

Para a alegria de toda a torcida dos Seahawks, Marshawn Lynch vai para o jogo. Mas agora a questão é outra: quais as condições físicas do running back? Sem jogar desde 15 de novembro, será que terá ritmo de jogo? Estas questões seriam pertinentes contra qualquer time, mas contra uma das melhores defesas terrestres da NFL, a condição física de Lynch vira um problema – ele é um corredor que consegue suas jardas quebrando tackles, após o primeiro contato e, sem contar com uma linha ofensiva talentosa, isso pode ser difícil de se fazer jogando contra jogadores como Luke Kuechly e Thomas Davis. Outro duelo interessante para ficar de olho é entre o wide receiver Doug Baldwin e o cornerback Josh Norman. Norman foi um dos melhores defensores da NFL em 2015 e Baldwin vem pegando fogo nas últimas semanas (foram 12 touchdowns recebidos em sete jogos); este confronto pode ser o que decidirá o jogo. Se em outras épocas o jogo terrestre de Seattle era o grande alicerce ofensivo, hoje as esperanças podem cair nos ombros de Russell Wilson – ele pode correr, escapar de sacks e alongar jogadas, mas terá que tomar cuidado ao fazer isso, pois a pressão em cima dele será grande. Isso não significa que a importância do jogo terrestre tenha despencado, só que, hoje, a unidade ofensiva tem muitas mais armas e opções para funcionar.

Para tentar frear Wilson é de suma importância conseguir manter ele dentro do pocket. Muitas vezes vemos ele alongando jogadas, se deslocando e, ou achando algum recebedor livre ou correndo com a bola. Se Carolina permitir isso a tarefa, que já é difícil, fica quase impossível. Essa é a chave, e algo que os Panthers devem tentar fazer desde o início: pressão. Ponto positivo para o torcedor de Carolina é saber que a linha ofensiva do adversário é extremamente frágil, e chegar ao quarterback não deve ser um problema – mantê-lo parado, sim, é um desafio maior. Agora, caso Lynch realmente tenha boas condições de jogo, a história vira outra. Parar Wilson não é mais tudo, só uma parte a mais. O corredor consegue carregar o ataque sozinho, mas seus talentos, somados ao que seu quarterback consegue fazer, podem dar um futuro completamente diferente para o duelo.

Previsão

Prever o ataque de Seattle sem saber as reais condições de Marshawn Lynch é complicado, mas, de qualquer forma, os Seahawks devem confiar muito mais no talento do seu quarterback. Wilson vem carregando esse time sem Lynch a temporada inteira – até o reserva, Thomas Rawls, se machucou – e não deve ser diferente hoje. Pelo lado de Carolina, uma coisa é quase certa: Olsen não terá os mesmos espaços que teve no primeiro confronto entre ambas as equipes – mas ele não precisa aparecer no box score para fazer diferença. Explico: se fizer o suficiente para atrair mais marcação, já estará facilitando o trabalho do resto do ataque, seja tirando pressão do quarterback ou abrindo espaço para as corridas. O jogo tem tudo para ser muito parelho, e quem conseguir vencer os principais duelos deve levar uma vantagem no final.

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