Embora todo mundo queira ver os principais quarterbacks calouros em campo o mais cedo possível, obviamente não serão todos que começarão o ano ganhando uma vaga na equipe logo de cara. Esse é o procedimento padrão da NFL, seja por conservadorismo de determinados treinadores, seja porque às vezes realmente não é necessário ter pressa em atirar os jovens aos leões.
Deste modo, fizemos um exercício de imaginação projetando em qual semana cada signal caller selecionado na 1ª rodada do Draft poderá virar titular, considerando sobretudo o contexto vivido por cada franquia e não a qualidade dos jogadores em questão. Confira.
Trevor Lawrence, Jacksonville Jaguars: Semana 1
Tendo em vista seu estilo de comando, Urban Meyer não irá oferecer a titularidade de mão beijada a Trevor Lawrence, logo é provável haver uma leve controvérsia de quarterbacks entre ele e Gardner Minshew ao longo do Training Camp e da pré-temporada. Algo na linha daqueles famosos discursos: “todo mundo que está aqui precisa conquistar seu espaço… blá blá blá.”
Seja como for, Lawrence tem talento de sobra para ganhar o emprego de Minshew, além de chegar à Flórida com o status de melhor prospecto desde Andrew Luck. Deixá-lo no banco de reservas é apenas perder tempo e adiar o inevitável por um ou dois jogos, portanto não faria muito sentido.
Zach Wilson, New York Jets: Semana 1
A titularidade imediata de Zach Wilson é ainda mais óbvia do que a de Lawrence, pois não existe a menor competição nos Jets. No momento não há nem a clássica figura do “quarterback ponte” para lhe fazer sombra, vide os outros signal callers do plantel serem James Morgan e Mike White – não se sinta mal em procurar no Wikipédia quem são eles. Eu também fiz isso.
Enfim, pronto ou não, com ou sem dores de crescimento, Wilson estará under center contra o Carolina Panthers na semana 1 porque basicamente só tem ele no time. Aliás, New York deveria pensar em trazer algum veterano objetivando encorpar o grupo.
Trey Lance, San Francisco 49ers: Semana ?
A situação atual de Lance é bem peculiar, embora seu futuro seja promissor. Ao mesmo tempo em que ele soma apenas 17 partidas de experiência atuando na “segunda divisão” do College Football, San Francisco possui um elenco capaz de brigar por Super Bowl e um quarterback razoavelmente sólido na figura de Jimmy Garoppolo. Em suma, se tudo der certo, a franquia não precisa ter pressa e Trey talvez nem jogue em 2021.
Mas então não há perspectiva nenhuma? Sua maior chance parece ser uma eventual lesão de Garoppolo – o que, levando em conta o histórico de saúde de Jimmy, é bastante provável de acontecer uma hora ou outra. Nesse caso, Lance pode ganhar um lugar na equipe e não sair mais, porém como não é possível saber se ou quando Garoppolo se machucará, não faremos uma previsão exata.
Justin Fields, Chicago Bears: Semana 8
Justin Fields vs. Andy Dalton será uma das melhores disputas posicionais do Training Camp. Pode anotar e cobrar no futuro. Ainda assim, se estivéssemos apostando, diríamos que o veterano tende a começar o ano como titular porque Matt Nagy é um técnico teimoso conservador em suas escolhas e Fields, por sua vez, não chegou à NFL tão badalado quanto se imaginava meses atrás.
Dito isso, Dalton talvez conduza Chicago a um início 3-2 ou até 4-1 nas cinco primeiras semanas da temporada, antes das provas de fogo diante de Green Bay Packers e Tampa Bay Buccaneers nas rodadas seguintes. Caso ele jogue mal nesses confrontos pesados e os Bears saiam derrotados, a pressão para que Nagy dê uma oportunidade a Fields ficará insuportável.
Mac Jones, New England Patriots: semana 5
Em que pese a escassez de talento no ataque de New England em 2020 – sobretudo na posição de wide receiver -, é impossível absolver Cam Newton pelo seu péssimo desempenho na maioria das partidas. O próprio Bill Belichick mostrou sua insatisfação tirando o quarterback de campo em vários duelos, apostando de maneira quase suicida em Brian Hoyer e Jarrett Stidham – o que também não ajudou.
Resumindo, Cam tem tudo para iniciar o ano à frente no depth chart, entretanto ele deve melhorar se quiser segurar seu emprego, pois Mac Jones é uma ameaça muito maior em comparação a Hoyer e Stidham. Em nossa opinião, o jogo diante dos Buccaneers na semana 4 será o teste definitivo. Se Belichick acreditar que Jones oferece mais possibilidade de sucesso aos Patriots, não pensará duas vezes em colocá-lo no lugar de Newton.
Para saber mais:
5 jogadores que retornaram da aposentadoria
Saints devem ter competição aberta por titularidade para QB
5 divórcios mais traumáticos da NFL
Análise Tática: Lock precisa melhorar rapidamente






