Uma das grandes funções do sistema de franquias é manter a equidade entres as equipes de uma liga. Some isso à ferramentas como o salary cap e você consegue entender a paridade e a ciclicidade da NFL. Cincinnati Bengals e Arizona Cardinals, times que não foram aos playoffs no último ano, hoje estão fortes na briga pelos playoffs.
Nessa dinâmica, as franquias sempre passarão por altos e baixos: depois de visitar os playoffs em um ano, podem precisar se reestruturar no outro. O Houston Texans chegou a abrir 24×0 contra o Kansas City Chiefs nos playoffs há dois anos – nunca uma virada custou tão caro. Hoje, o rebuild da franquia parece completamente sem direção e o time está muito longe de voltar a competir.
Apenas uma vitória, pouco para se salvar no elenco e seu outrora franchise quarterback sendo uma carta marcada fora do baralho. O limbo de Houston ainda durará muito tempo.
Sem fundações, sem estrelas: um buraco muito fundo
Quando a franquia entra numa reconstrução, a mudança precisa ser geral. Reformular a folha salarial, se livrar de quem não será importante para o futuro e adquirir jovens talentos para desenvolvê-los. É assim e sempre será.
O que Nick Caserio fez com Houston em 2021? Transformou o time no segundo com a maior média de idade da liga, não aproveitou nomes que poderiam render contratos futuros e ainda se livrou de jovens promessas. O exemplo mais claro aconteceu no final da janela de trocas: Charles Omenihu, escolha de quinta rodada há dois anos, foi trocado por uma sexta rodada de 2023. Omenihu era a definição do que você gostaria de ter na sua reestruturação: um defensor jovem com muito talento e que só não teve o potencial 100% concretizado pela bagunça ao seu redor. Uma movimentação sem pé nem cabeça do início ao fim.
