De maneira um tanto quanto inesperada, os Bengals mantiveram Marvin Lewis como treinador para 2018

Quais técnicos devem ser demitidos na próxima segunda-feira?

A primeira segunda-feira após a semana 17 da temporada regular é o famoso dia da faxina na NFL. Nesta data, treinadores e general managers que não cumpriram suas metas são convidados a passar naquele setor da firma que todo mundo tem medo, o RH.

Conhecido como “Black Monday”, o dia das demissões em massa no futebol americano costuma ser bastante movimentado, com várias cabeças rolando ao longo das horas. Ele tende a ser um tanto previsível também, já que, depois de inúmeros resultados abaixo do esperado e decepções, todo mundo imagina quem será dispensado. Veja, por exemplo, o que aconteceu na “pré-Black Monday” de 2016: Jeff Fisher (Rams), Gus Bradley (Jaguars) e Rex Ryan (Bills) já foram mandados embora e a temporada ainda nem acabou.

Entretanto, engana-se quem pensa que o desafortunado trio estará sozinho procurando novos trabalhos no próximo dia 2 de janeiro. Vários outros técnicos estão na corda bamba e possivelmente vivendo os últimos momentos em seus atuais times. Separamos dois nomes que, em nossa opinião, serão demitidos na segunda-feira e outros seis para acompanharmos com bastante atenção.

Demissão quase certa

Mike McCoy, San Diego Chargers

Entre todos os nomes que citaremos nesta lista, McCoy é com certeza quem tem a probabilidade mais alta de perder o emprego. Na verdade, a dispensa é quase uma certeza.

Vamos aos fatos. Primeiramente, San Diego ficou fora dos playoffs pelo terceiro ano seguido e terminará de novo com pelo menos 10 derrotas – em 2015, foram 12. O pior de tudo é que vários desses resultados negativos ocorreram depois de colapsos nos minutos finais das partidas. Tais fracassos muitas vezes caem na conta dos treinadores, os quais são acusados de tomarem decisões ruins ou então não prepararem seus times de maneira correta. Poucas coisas despertam mais a ira de torcedores e donos de franquias do que ver suas equipes “entregando a paçoca” semana após semana.

Em segundo lugar, existe a questão da mudança de cidade. A ida dos Chargers para Los Angeles parece algo quase inevitável neste ponto e, caso ela se confirme, é bastante provável que a franquia busque um outro técnico para injetar ânimo nos jogadores e nos novos fãs. O exemplo dos Rams mudando para a Califórnia e insistindo com Jeff Fisher é trágico demais para ser ignorado.

Após ter levado San Diego ao Divisional Round e ter revivido a carreira de Philip Rivers em sua temporada de estreia (2013), McCoy passou por diversos momentos melancólicos em 2016. A derrota contra os Browns no último sábado deve ter significado o último prego em seu caixão, afinal perder para um oponente que estava 0-14 não costuma ser uma boa notícia para quem está com o cargo ameaçado.

Chuck Pagano, Indianapolis Colts

Lembra antes da temporada de 2015 começar, quando os Colts eram apontados como um dos favoritos ao Super Bowl? Então, hoje eles são apenas a terceira força da AFC South. É impossível não relacionar esta decadência aos trabalhos de Pagano e do general manager Ryan Grigson, dois fortes candidatos ao desemprego em 2017.

A verdade é que Indianapolis possui um dos plantéis menos qualificados da liga, dependendo muitas vezes do brilho individual de jogadores como Andrew Luck e T.Y. Hilton para vencer. Problemas recorrentes dos últimos anos não conseguem ser resolvidos, como a ausência de pass rush, fragilidade em parar o ataque terrestre adversário, linha ofensiva que não consegue proteger o quarterback etc. A culpa disso tudo obviamente passa pelos responsáveis por treinar e montar o elenco da equipe.

Se Jeff Fisher foi demitido uma semana após anunciar que havia estendido seu contrato com os Rams até 2018, Pagano pode ser mandado embora um ano depois de ter assinado uma extensão de quatro temporadas. Pior do que perder os playoffs pela segunda vez consecutiva é ver os Colts estagnados, presos sem sair do lugar e sem evoluir. Isso é o que mais pesa contra Chuck.

Situações para ficarmos de olho:

Marvin Lewis, Cincinnati Bengals: Lewis fez questão de vir a público para reafirmar que estará de volta como treinador dos Bengals em 2017. Ele tomou esta atitude visando acabar com os boatos sobre a sua aposentadoria.Seja como for, não podemos considerá-lo totalmente seguro no emprego. O histórico de insucesso nos playoffs e o ano com apenas cinco vitórias até aqui deixaram sua situação bastante desconfortável em Cincinnati.

Marvin pode acabar tendo um destino parecido com o de Tom Coughlin, ex-treinador dos Giants. Ele não será jogado direto na rua da amargura devido à sua história na franquia – Lewis treina os Bengals desde 2003 -, porém pode ser gentilmente convidado a pedir demissão ou se aposentar.

Todd Bowles, New York Jets: Os Jets não renderam bem o ano inteiro e estão eliminados da briga pelos playoffs há várias semanas, mas a indiferença e falta de esforço mostrada pelo time nos últimos jogos foi algo realmente chocante. Os massacres sofridos diante de Colts, Dolphins e Patriots fizeram pensar se o problema é ainda maior do que a falta de qualidade under center. Sim, estamos falando de atletas fazendo o famoso “corpo mole”.

Segundo fontes apuradas pelo jornal New York Daily News, Bowles terá uma nova chance em 2017. Entretanto, até que a franquia confirme a informação oficialmente, o técnico continuará na lista de ameaçados. Pensando na imensa paciência que os Jets tiveram com Rex Ryan, o retorno de Todd parece realmente o mais provável.

Chip Kelly, San Francisco 49ers: Não há muito a acrescentar sobre Kelly além do que falamos neste outro texto, tirando o fato dele recentemente ter admitido que ainda não conversou sobre seu futuro com a equipe. Assim como Bowles, Chip também precisa de um voto de confiança público para termos certeza da sua permanência em San Francisco.

John Harbaugh, Baltimore Ravens: Não estamos falando que a saída de Harbaugh vai acontecer. Apenas queremos dizer que ela é uma possibilidade, mesmo remota, aquele 1% do Wesley Safadão. John é um treinador de muito sucesso nos Ravens, inclusive com um anel de Super Bowl na conta, porém falhou em levar o time aos playoffs em três da últimas quatro temporadas.

Especulações sobre uma eventual dispensa existem desde o ano passado, quando Baltimore terminou com uma das piores campanhas da liga. As coisas obviamente melhoraram bastante em 2016, mas quem sabe? Demissões surpreendentes não são raras na NFL.

Jim Caldwell, Detroit Lions: Se no domingo Detroit conseguir a vaga nos playoffs, Caldwell evidentemente não será demitido no segunda-feira. Contudo, ficar fora da pós-temporada colocará o head coach de novo em perigo. Após serem uma das maiores surpresas positivas de 2016, a expectativa sobre os Lions cresceu, de modo que um colapso com três derrotas seguidas na reta final do ano pode colocar o emprego de Jim em xeque. Lembrando que, antes da boa sequência de vitórias na segunda metade da temporada regular, ele vinha sendo contestado no cargo há algum tempo.

John Fox, Chicago Bears: Não existem maiores informações sobre o status de Fox em Chicago, mas como ele está deixando muito a desejar nos Bears em termos de resultados não podemos simplesmente ignorá-lo nesta lista. Em todo o caso, o nome de John não vem sendo falado nas últimas semanas, o que pode ser um bom sinal para alguém que em teoria está correndo risco de perder o emprego. De toda forma, a chance do coordenador defensivo, Vic Fangio, cair, acaba sendo maior.

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