Se Gilmore sair, 5 times possíveis

Cornerback não se apresentou aos primeiros treinos obrigatórios em New England porque quer um novo contrato. Chance de Belichick trocá-lo não parece ser das maiores, mas também não é desprezível

gilmore

Stephon Gilmore não se apresentou aos primeiros treinamentos obrigatórios do New England Patriots. O cornerback almeja um novo contrato, visto estar no último ano do vínculo assinado em 2017 e cotado para ganhar um salário base de 7 milhões de dólares em 2021, valor bem abaixo do recebido pelos principais jogadores da posição – Byron Jones, por exemplo, terá um salário base de 14 milhões na atual temporada.

O plano de Gilmore com a greve é tentar forçar New England a lhe oferecer uma extensão ou, no mínimo, conseguir uma troca para uma franquia disposta a lhe pagar mais. Ambos os cenários, contudo, parecem difíceis de se concretizar neste momento, de modo que o defensor provavelmente precise jogar o último ano do acordo e testar a free agency em 2022.

Ainda assim, uma eventual troca não é impossível de acontecer nas próximas semanas. Em termos compensação aos Patriots, Gilmore não tende a sair tão caro aos interessados, custando talvez duas escolhas de segundo dia ou uma pick de segundo dia e outra condicional. O grande problema será mesmo a extensão, pois o time que o adquirir deverá ter espaço sobrando no salary cap para acomodar o novo contrato.

Seja como for, separamos cinco equipes que podem ir atrás do cornerback de 31 anos de idade caso Bill Belichick tope fazer negócio. Todas preenchem os requisitos de necessidade, capital no Draft e dinheiro livre na folha salarial.

Seattle Seahawks

A equipe viu Shaquill Griffin, seu principal cornerback, ir embora na free agency e buscou Ahkello Witherspoon no San Francisco 49ers para substituí-lo – em nossa opinião, um nome inferior. Seattle precisa de defensores talentosos se quiser competir em uma divisão com ataques iguais aos da NFC West e Gilmore seria seu melhor corner desde Richard Sherman. Não há muito espaço no cap atualmente (4,7 milhões), mas seria viável manejar a extensão jogando o grosso do dinheiro de Stephon para 2022 e 2023, quando a situação financeira estará mais tranquila.

Los Angeles Rams

Se existe alguém na NFL que não tem medo de puxar o gatilho de uma troca é o general manager Les Snead, sobretudo agora que os Rams foram de vez para o all-in com Matthew Stafford. Los Angeles não possui muito capital no Draft e a folha salarial está sempre no limite – inclusive projetada como negativa em 2022 -, porém já vimos ginásticas financeiras maiores sendo feitas neste ano de pandemia. Enfim, Snead com certeza não perderia a oportunidade de ter uma dupla de cornerbacks formada por Gilmore e Jalen Ramsey.

Cleveland Browns

Secundária era uma necessidade mais gritante antes da free agency e do Draft, afinal Cleveland investiu nos veteranos Josh Hill e John Johnson, além do calouro Greg Newsome. Em todo o caso, a franquia não estaria errada se quisesse encorpar ainda mais a unidade, pois você nunca tem defensive backs em excesso. Colocar Gilmore e Denzel Ward em campo, por exemplo, levaria o grupo de cornerbacks a outro patamar. Os Browns têm bastante dinheiro disponível (20 milhões) e escolhas a oferecer; a dificuldade seria convencer Belichick a trocar seu melhor jogador para um contender da AFC.

Arizona Cardinals

Arizona já se encheu de medalhões na intertemporada (J.J. Watt, A.J. Green, Malcolm Butler, etc.), então por que não ir atrás de Gilmore também? Está mais ou menos implícito que o emprego de Kliff Kingsbury está ameaçado e este é o momento do tudo ou nada. Além disso, os Cardinals perderam o futuro Hall of Famer Patrick Peterson, ficando com um buraco complicado de ser fechado na secundária. A franquia tem dinheiro para investir em reforços, embora também precise lidar com reivindicações salariais de Chandler Jones.

Indianapolis Colts

Indianapolis outra vez aparece na lista de candidatos a fazer uma movimentação grande porque, assim como sempre, está cheio de dinheiro livre no cap. O problema é alguém convencer o general manager Chris Ballard a abrir a carteira, mas aí é outra história. O time tem pouquíssimas opções à parte seu trio titular de cornerbacks formado por Xavier Rhodes, Rock Ya-Sin e Kenny Moore. Gilmore traria mais profundidade ao grupo e tornaria ainda melhor uma defesa já muito boa, todavia seria difícil Belichick aceitar enviá-lo a um provável concorrente por uma vaga nos playoffs.

Para saber mais:
Recebedores segundanistas em alta
Brady e Mahomes estrelam capa do Madden 22
Ataque à moda do chef
Seahawks precisam pagar Adams

“odds