O torcedor nunca está preparado para encarar uma implosão. Basicamente, você está dando uma ordem para o seu coração aceitar que seu time vai perder quase todos os jogos porque chegou a hora de começar do zero. Até aí, tudo bem; o problema é quando a franquia começa esse processo de forma errada em todos os ângulos possíveis.
No início desta semana, o mundo da NFL ficou completamente surpreso com a troca entre Denver Broncos e Seattle Seahawks envolvendo Russell Wilson. Que a atitude ousada da franquia do Colorado colherá muitos frutos nós já sabemos, mas a questão principal ainda permanece: qual alucinógeno Pete Carroll estava usando quando o telefone tocou? Para arrasar ainda mais o torcedor, poucas horas depois surgiu a notícia de que Bobby Wagner – outro ídolo histórico da equipe – também estava dando adeus a Seattle.
Em um espaço de instantes, a franquia chutou seu franchise quarterback, seu líder defensivo e, a menos que uma reviravolta aconteça, deu carta branca para Pete Carroll comandar essa reconstrução. Não tem nada que se salve e, ao que tudo indica, Seattle caminha a passos largos para um futuro sombrio.
Dando as chaves para o caseiro errado
Embora Carroll tenha seu nome gravado na história da franquia, não é de hoje que mencionamos que ele já está fazendo hora extra na costa oeste. Todo o planejamento de elenco que ele fez com o time nos últimos anos foi nada menos do que tenebroso e muitas vezes reativo: o histórico de escolhas de primeira rodada do Draft virou piada, Wilson sempre apanhou igual uma pinhata e a proteção nunca foi corrigida, a defesa foi desmantelada e o time não avança para além da Semifinal de Conferência desde 2015.
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Grande parte disso está nas costas de Carroll e o que a franquia decidiu foi, justamente, dar mais poder para o homem que colocou Seattle nesse “limbo do Wild Card”. No fim das contas, Wilson mascarava muitos dos defeitos, mas era impossível suprir todos os problemas – um dos motivos por suas quedas na segunda metade da temporada regular, inclusive.





