Excelente movimentação de Seattle, péssima de Houston. Mas, no final das contas, o que os Texans poderiam fazer sem qualquer barganha? O time estava nas mãos de Jadeveon Clowney e isso ficou claro neste sábado à tarde.
Os Texans trocaram Clowney por dois defensores abaixo da média; o linebacker Jacob Martin e o pass rusher Barkevious Mingo – é muito pouco em retorno de um jogador como Clowney. Ainda, vem uma escolha de terceira rodada que, nesse pacote, não altera tanto assim. O sonho dos Texans eram poder capitalizar mais e passaram longe disso. Ao menos, a expectativa era de conseguir um jogador para reforçar a terrível linha ofensiva do time – Duane Brown, ex-Houston, está em Seattle justamente via troca para lá e seria uma razoável opção. Não deu.
Também não deu uma tentativa anterior de troca, com o Miami Dolphins. Na prática, porque Clowney vetou e já adiantou que não jogaria por um Dolphins totalmente em reconstrução. Certo ele, aliás. De toda forma, foi parecido com o que Antonio Brown fez ao vetar uma troca para Buffalo (mesmo que ele não tivesse esse poder contratual, na prática teria porque ameaçou não jogar pelos Bills). Clowney fez o mesmo e venceu a queda de braço após receber a franchise tag mais cedo neste ano.
A troca é maravilhosa para os Seahawks por vários motivos.
Primeiro porque não perderam nenhuma peça ofensiva no processo – Houston está desesperado por um OL, lembrando. Segundo porque uma terceira rodada é praticamente troco e mui provavelmente o time deve receber escolha compensatória na terceira rodada após a saída de Earl Thomas. Terceiro porque os Seahawks funcionam na base de profundidade de talento na linha defensiva: foi assim nos anos em que chegaram ao Super Bowl.
Por mais que tenham contratado Ziggy Ansah, só Deus sabe se ele ficará saudável. Se ficar, ótimo – se não, é um contrato de apenas um ano. Ainda houve uma aposta no Draft com L.J. Collier – a meu ver, um reach por ser um jogador cru, ainda. Assim, a chegada de Clowney após Seattle ter trocado Frank Clark para os Chiefs é um movimento muito bem-vindo. Ainda mais a esse preço de fim de feira devido à falta de barganha que Houston tinha. Não obstante, Jadeveon é um encaixe ótimo para o 4-3 de Seattle.
Do outro lado, Bill O’Brien tem muito a explicar. Discípulo de Bill Belichick, O’Brien pela primeira vez está atuando como seu mestre: como head coach e general manager de fato. A movimentação é uma mancha nesse início de trajetória – por mais que os Texans estivessem de mãos atadas. A escolha de terceira rodada que veio de Seattle poderia ser uma compensatória de qualquer forma pela saída de Clowney – só aí, o movimento já foi estúpido. A pressa em “se livrar” de Jadeveon quando nem se precisa de espaço no teto salarial… Idem. Pareceu e foi apressado e, ao mesmo tempo, atrasado.
Para Houston, era só fazer como os próprios Seahawks fizeram com Frank Clark. Franchise tag e troca lá atrás, antes mesmo do Draft. Os meses foram passando, o poder de barganha diminuindo e… Deu no que deu.

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