Nada que está ruim que não possa piorar. As expectativas do New Orleans Saints eram baixíssimas para 2021, ainda assim, a equipe chegou na rodada final brigando pela pós-temporada e ficando a um passo da classificação. Mesmo sem um franchise quarterback e sofrendo as consequências de brincar com o salary cap por muito tempo, a franquia foi mais do que competente e até venceu jogos contra rivais do topo, como o Tampa Bay Buccaneers.
Tudo isso devido a um nome: Sean Payton.
Ídolo da franquia e comandante dela nos últimos 15 anos, Payton foi o grande responsável por fazer um elenco enfraquecido jogar de forma justa e organizada. Os Saints sofriam com as limitações salariais, mas estavam sempre lutando. Com sua aposentadoria, New Orleans não vê partir apenas um grande marco de sua história, mas, também, perde quase todas as esperanças para 2022.
O ponto final de uma linda história
Quando Payton chegou a Louisiana em 2006, pouco depois do triste incidente do furacão Katrina, esse nem era seu primeiro desejo. Como o mesmo afirmou em sua coletiva de despedida, seu anseio era assinar com o Green Bay Packers, o qual optou por Mike McCarthy. Na época, Sean era assistente no Dallas Cowboys, com foco no lado ofensivo da bola.
Às vezes, a vida nos reserva coisas que não parecem o melhor no momento, mas que só serão perfeitamente compreendidas algum tempo depois. Como Payton complementou: “(ir para os Saints) foi a melhor coisa que me aconteceu”. Desde o início ficou clara sua capacidade em comandar o elenco e, junto com Drew Brees, colocar os Saints no mapa da NFL.
Antes da dupla, New Orleans só chegara à pós-temporada em cinco oportunidades, sem nunca passar das Semifinais de Conferência. Logo no primeiro de ambos, a franquia já chegou na Final da Conferência. Em 2009, veio o tão sonhado título. Payton auxiliou Brees a se tornar um dos maiores quarterbacks de todos os tempos e sempre colocou os Saints na briga pelo topo da NFC.
O segundo anel pode não ter chegado e o Bountygate ficará como uma marca triste, mas o legado de Payton continuará imenso em New Orleans. Quem sabe, no futuro, um segundo capítulo não pode ser escrito, já que o treinador deixou todas as possibilidades abertas. Por agora, o que fica é o ponto final de uma linda história.





