Será que os recebedores foram muito inflacionados na Free Agency 2016?

2016 não é um ano muito bom para quem precisa de wide receivers. Pelo menos esta é a opinião de vários especialistas encarregados de analisar o mercado de free agents e o Draft. Após dois recrutamentos recheados de grandes talentos na posição – sobretudo em 2014 -, a impressão é que a classe de calouros deste ano está um pouco abaixo. Claro que existem bons nomes cotados para saírem em posições altas, mas os questionamentos persistem, ainda mais depois do desempenho decepcionante do grupo no Combine.

Para agravar a situação das equipes carentes de recebedores, a posição era uma das mais fracas na Free Agency. Alshon Jeffery seria a pepita de ouro, porém os Bears garantiram que ele não iria a lugar nenhum com a franchise tag. Com isso, as melhores opções disponíveis se limitaram a nomes como Marvin Jones, Travis Benjamin e Rishard Matthews, ou seja, atletas talentosos que ainda não se provaram totalmente na NFL.

Diante deste contexto de falta de opções de qualidade no mercado e incerteza quanto ao Draft, não restou outra saída às franquias: foi preciso abrir a carteira com wide receivers medianos, algo que obviamente inflacionou o valor real destes jogadores. Vamos tentar explicar melhor.

A lei da oferta e procura ataca novamente

Já falamos rapidamente sobre isso no texto sobre a Free Agency dos Giants, mas não custa repetir. Nesta temporada o número de equipes com muito dinheiro livre no salary cap foi maior do que o normal – por exemplo, ao todo foram 10 times com mais de 40 milhões de dólares disponíveis. Isso ajuda a inflacionar o preço dos atletas mais disputados, pois existe uma disposição maior das franquias para gastar.

Vamos usar o caso dos Lions como exemplo. Após a aposentadoria de Calvin Johnson, Detroit se viu quase que obrigado a buscar uma alternativa no mercado e por isso foi atrás de Marvin Jones – tido como a melhor opção disponível. Com 43 milhões de dólares livres na folha salarial, o time assinou com o recebedor ex-Bengals por cinco anos e 40 milhões.

Resumindo, Detroit tinha dinheiro para gastar, uma carência grande no elenco e precisava superar a concorrência de outras equipes, por isso ofereceu oito milhões por ano a Jones. Este valor não é um absurdo, mas será que não é um pouco excessivo por alguém que foi coadjuvante em Cincinnati a carreira inteira? Talvez sim, contudo este foi o preço necessário para assegurar o melhor wide receiver da Free Agency.

Outras franquias também foram “vítimas” do mercado

O maior exemplo de um recebedor inflacionado foi o acordo entre os Falcons e Mohamed Sanu. Atlanta precisava preencher o buraco deixado pela dispensa de Roddy White, então assinou com ex-Bengals por 5 anos e 32,5 milhões para ele teoricamente ser o wide receiver número dois da franquia. Sanu já teve alguns momentos de brilho na NFL, entretanto nunca produziu nada que justificasse um contrato tão generoso. Ou seja, claramente ele se beneficiou do contexto explicado acima para ganhar mais dinheiro.

Por fim, podemos citar também Travis Benjamin. O recebedor conseguiu um contrato de quatro anos e 24 milhões dos Chargers após ser o destaque do ataque dos Browns em 2015. Este valor está longe de ser um escândalo, mas será que não é demais para um jogador com somente um ano realmente produtivo na liga? Enfim, Benjamin era um dos wide receivers mais desejados da Free Agency e recebeu como tal.

Em suma, wide receivers inflacionados foi a tendência de 2016

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Esta inflação no valor de recebedores medianos acabou sendo uma das marcas da Free Agency atual. Não chega a ser uma coisa alarmante, pois nenhum dos acordos citados acima foi algo absurdamente fora do normal. Na verdade, devemos enxergar isso apenas como uma tendência do mercado de 2016, tal como a supervalorização dos cornerbacks foi uma característica em 2015.

Seja como for, os contratos já foram oferecidos e assinados, portanto depende apenas destes atletas provarem dentro de campo que o investimento valeu a pena. Quem sabe daqui a algum tempo eles não se mostrem verdadeiras barganhas.

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