Sunday Night Football: Cam Newton enfrenta forte defesa dos Seahawks pela vida dos Panthers

O Carolina Panthers viaja até o noroeste dos Estados Unidos para enfrentar o Seattle Seahawks. As duas equipes tentar se recuperar de derrotas na Semana 12: os Seahawks foram surpreendidos por uma vigorosa defesa do Tampa Bay Buccaneers e os Panthers ficaram a poucos pontos de virar o placar depois de recuperar um déficit de mais de duas posses de bola. O time da NFC West luta para uma classificação alta para a pós-temporada; o da NFC South tenta sair da lanterna da divisão. Uma derrota neste domingo e os vice-campeões do Super Bowl terminam 2016 sem uma campanha vitoriosa.




A amarga lanterna da divisão: a vitória precisa vir

Com 4 vitórias e 7 derrotas após 12 semanas da temporada regular, o Carolina Panthers segura a lanterna da NFC South. Em escadinha, o Atlanta Falcons (7-4), Tampa Bay Buccaneers (6-5) e New Orleans Saints (5-6) se posicionam à frente dos vice-campeões do Super Bowl 50. Se há qualquer esperança de classificação, que, a esta altura, já é remota, vencer o Seahawks é essencial. Os confrontos diretos são contra Falcons (Semana 16) e Buccaneers (Semana 17).

O problema é que as outras três equipes ainda se enfrentam, e na mesma medida que vencer os rivais nas últimas duas semanas seria ótimo para Cam Newton e companhia, o mesmo se aplica aos outros três times. Os Buccaneers perderem nas semanas 14 e 16 dão duas vitórias aos Saints; os Saints perderem na Semana 17 dá mais uma vitória de vantagem para o Atlanta Falcons. É uma sinuca de bico bem complicada; o site americano Football Outsiders colocam as chances dos Panthers chegarem à pós-temporada em 0.7%. 


Newton versus Wilson: quarterbacks móveis, mas distintos

A mobilidade é uma característica comum aos quarterbacks neste promissor duelo. Apesar de ambos conseguirem se movimentar e improvisar com as pernas, os dois signal callers estão inseridos em contextos diferentes e momentos de desenvolvimento distintos.

Cam Newton é, indubitavelmente, uma ameaça terrestre. A construção do plano de jogo do Carolina Panthers envolve a ameaça terrestre do camisa 1 no momento da sua concepção. Dessa forma, o playbook tem muitas corridas e passes baseadas no read option. Se o linebacker focar sua agressividade no running back, é o signal caller que corre com a bola, e vice-versa. Assim, as defesas tem que segurar sua própria agressividade para não sofrerem com grandes ganhos no jogo terrestre. O outro lado da moeda é que Cam Newton não tem um aproveitamento tão bom se depender apenas dos seus passes. Se as equipes adversárias eliminam a opção terrestre, Newton acaba por passar bolas com menos precisão, em janelas arriscadas que podem levar a turnovers. E é essa a diferença essencial, ao meu ver, entre Russell Wilson e Cam Newton. O camisa 3 do Seattle Seahawks se transformou numa ameaça aérea, num pocket passer pra lá de eficaz. É esse passo a frente que espero que Cam Newton tome em breve para se tornar um signal caller de primeira grandeza – sem espaços para questionamento.

Acredito que o parágrafo acima tenha aberto alguns questionamentos na sua cabeça. Enquanto pensa neles, aproveito para dizer que o duelo será também decidido pela eficiência do jogo terrestre. Dos dois lados da bola temos linha ofensivas questionáveis – German Ifedi, do Seattle Seahawks, teve uma péssima partida na Semana 12 -, e front sevens brilhantes. Do lado do Panthers, Luke Kuechly deve voltar, e provavelmente aterrorizará o backfield dos Seahawks. Do outro, Bobby Wagner já parou o jogo terrestre 29 vezes em 2016, quarta melhor marca entre inside/middle linebackers. Quem conseguir estabelecer um ritmo e anotar pontos primeiro vai forçar o adversário a passar a bola. E é aí que os quarterbacks entram em cena para decidir o destino deste tão aguardado duelo.

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