Técnico dos Seahawks indica que Kaepernick não será contratado

Há quase duas semanas, Colin Kaepernick foi a Seattle naquela que seria sua primeira – e até agora única – visita da free agency. O ex-quarterback do San Francisco 49ers pediu para ser liberado de seu contrato anterior na expectativa que houvesse maior interesse por parte das 31 outras franquias da NFL. Até agora, nada.

A visita de Colin em Seattle parece não ter impactado tanto suas chances de arranjar um time antes da próxima temporada regular da NFL. Por simples lógica entendemos isso.

Primeiro porque ele deixou Seattle sem contrato. Depois, porque Pete Carroll lambeu as feridas neste sábado de manhã.

“Colin vem sendo um fantástico jogador de futebol americano e continuará sendo. Neste momento, não fizemos nada a respeito, mas sabemos quem ele é e onde ele está, tivemos a chance de entendê-lo muito mais”, disse o treinador. “Ele é um titular nesta liga. Nós temos um titular, mas ele é um titular nesta liga e eu não consigo imaginar que alguém não lhe dará uma chance para jogar”, finalizou.

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Ao ser inquirido se a porta para Kaepernick em Seattle está fechando, Carroll desviou da pergunta. “A porta está sempre aberta para oportunidades. Nós vamos tentar fazer o melhor que podemos para nossos caras, vamos ver”. A resposta é um clássico “99% não”. Quando Adrian Peterson foi cortado de Minnesota por conta de seu oneroso contrato, a diretoria dos Vikings também veio com “a porta está aberta para oportunidades”.

Neste momento, o reserva de Russell Wilson – que machucou o joelho no ano passado e joga atrás de uma das piores linhas ofensivas da NFL – é Trevone Boykin. Embora tenha muitas semelhanças com o estilo de jogo de Russell, o segundanista vem tendo problemas fora de campo: o quarterback chegou a ser preso por direção sob efeito de entorpecente. Embora o futuro de Boykin seja incerto, o que é certo é que seu salário atual é (bastante) inferior a um potencial contrato com Colin Kaepernick: Trevone importa em apenas 540 mil dólares na folha salarial de Seattle.

Ouça nosso podcast desta última semana: Ranqueando os quarterbacks de 2016

Colin dificilmente aceitaria um contrato inferior a 2 milhões de dólares. E, neste momento, os Seahawks não tem tanto espaço de manobra o teto salarial: o time tem praticamente 9 milhões disponíveis e algumas decisões a serem tomadas no futuro. Além disso, o time já tem comprometidos 140 milhões de dólares em salários para a temporada 2018. Não obstante, Richard Sherman, Earl Thomas, Cliff Avril e K.J Wright são free agents em 2019. Assim, o time não pode se dar ao luxo de gastar com free agents a menos que seja por preços bastante abaixo do mercado – o que não seria o caso de Kaepernick.

A saga da busca por emprego para Colin Kaepernick seguirá até, ao menos, o training camp. Como já disse no nosso podcast, o espaço para Colin é reduzido. Primeiro porque alguns times não irão querer um jogador que desagrade parte de sua base de fãs – não que eu concorde que seu ativismo seja motivo para isso, mas infelizmente é a realidade. O dono dos Giants, John Mara, veio a público nesta semana dizendo que recebeu inúmeras cartas que insinuavam boicote ao time caso assinasse com Colin. E, segundo, porque Kaepernick não tem mais “aquela bola” de 2012 para que um time ignore quaisquer situações extra-campo.

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