10 anotações antes da Semana 1 da NFL

 




Michael Johnson cortado e contratado

No dia dos cortes para o elenco final, o corte de Michael Johnson chamou a atenção, principalmente porque horas depois ele foi recontratado pelo mesmo valor e tempo de contrato. O motivo de Cincinnati fazer isso passava pelo undrafted rookie wide receiver Auden Tate e a escolha de quinta rodada desse ano, o cornerback Davontae Harris.

Harris machucou o joelho e para ser colocado na injured reserve tendo a possibilidade de retornar no meio da temporada precisava fazer o elenco final antes, caso contrário, todo jogador colocado na injured reserve fica impossibilitado de retornar estando fadado a perder a temporada completa. O outro lado dessa história é Auden Tate, novato que se destacou na pré-temporada e nos treinos, por isso, os Bengals não quiseram arriscar perdê-lo para os waivers.

A solução foi conversar com um jogador da confiança dos Bengals que entendesse a situação. Johnson ao ser dispensado ficou exposto a receber propostas de outros times, como de fato aconteceu, mas ele se manteve leal ao time cumprindo a sua palavra. Com isso, a vaga extra que faltava se abriu quando Davontae Harris foi colocado na IR, assim Michael Johnson preencheu a vaga do novato no roster retornando com o mesmo valor e tempo de contrato. Uma manobra inteligente do front office dos Bengals aumentando a quantidade de vagas para 54 ao invés de 53 jogadores no elenco final.

Khalil Mack visão Bears

Que fim de semana fabuloso para o torcedor dos Bears! A torcida estava machucada após tanto tempo irrelevante, tanto tempo presa com treinadores antiquados e com um quarterback alheio ao próprio time — Olá Jay Cutler, eu estou falando com você.

A troca por Khalil Mack ficou mais barata que o imaginado. Afinal, há a devolução de uma segunda rodada em 2020. Afinal, os Raiders tem tudo para ter uma escolha alta daqui a dois anos – dadas as atuais perspectivas – e do outro lado temos os Bears como um time que deve chegar nos playoffs. Caso se confirme, será apenas um trade down de umas 15 posições. Por um dos melhores jogadores defensivos da liga? É de graça. Quanto ao seu contrato, eu não me preocupo. Jogadores desse nível são raros. Se isso significar perder dois ou três jogadores medianos, que seja. Jogadores medianos temos uns 80 em todos os Drafts.

Khalil Mack visão Raiders

Pelo outro lado, só melancolia e decepção.

A chegada de Jon Gruden foi uma tragédia anunciada, inclusive por esse site e este autor que vos escreve. Porém, ninguém imaginou que o caos chegaria tão rápido. A troca parecia apenas uma miragem e até mesmo o blog dos Raiders chegou a afirmar que os rumores da troca do Khalil Mack eram a “prova que o jornalismo esportivo estava morrendo.” Gruden justificou não haver dinheiro para a renovação. Fácil dizer isso quando os últimos contratos feitos foram de jogadores medianos ou com idades avançadas com salários acima do mercado.

Com a quantidade de salary cap livre atualmente, nem precisaria fazer nenhum malabarismo para a renovação. Simplesmente não quiseram.

Ou melhor, Jon Gruden não quis. Gruden quer fazer o seu próprio time e poder ter seu ego massageado, só que o tiro saiu pela culatra. Os atuais movimentos já colocaram os Raiders como o time mais velho da NFL, e por muito. A média de 27,4 anos é sete meses maior em comparação com os Falcons, o segundo time mais velho. Para piorar a situação, os Raiders não possuem um jogador muito mais velho como é o caso de Adam Vinatieri, Tom Brady ou Julius Peppers puxando a média pra cima. Com isso, o time está realmente navegando em mares perigosos restando… 9 anos e 6 meses para o fim do contrato de Gruden.

Matt Kalil e a mística da “melhor forma da minha vida”

No começo do mês passado, Matt Kalil disse estar na melhor forma de sua carreira. Uma semana depois, ele visitou seu médico que fez a cirurgia no seu joelho direito para fazer uma artroscopia e desde então não treinou mais.

No início da semana, foi colocado na injured reserve e só pode retornar após a Semana 8. Não é novidade ver jogadores ruins utilizando do subterfúgio de ter jogado a temporada anterior machucado para justificar a má qualidade do jogo. O próprio Matt Kalil já usou essa desculpa por vários anos seguidos. Aliás, desde 2014 ele fala isso. Quando um jogador disser que agora sim ele está na melhor forma da carreira, pode ter certeza que na temporada passada ele não jogou bem. Quase como o jogador de futebol que olha para o gramado e bate a sua chuteira no chão após isolar um pênalti.

Primeira rodada de 2016 cortado

No dia dos cortes, Paxton Lynch foi dispensado dos Broncos com as gloriosas estatísticas de 796 jardas aéreas, 4 touchdowns e 4 interceptações, bem longe do imaginado por John Elway quando o escolheu na primeira rodada do Draft de 2016. Lynch brigará forte pelo título de maior bust da última década e é mais uma prova do fracasso retumbante que tem sido John Elway em drafts ofensivos.

Do ano passado, dos oito jogadores draftados quatro já foram cortados. Se a torcida dos Broncos anda decepcionada com o seu atual general manager, a torcida dos Cowboys tem muito o que agradecer ao Elway, caso contrário as chances de Lynch ter vestido branco e azul eram gigantescas. Inclusive, Jerry Jones (dono e general manager dos Cowboys) disse publicamente ter se arrependido de não ter subido para escolher o quarterback de Memphis.



Carson Wentz ainda fora por algumas semanas

Wentz não comandará os Eagles na próxima partida. A lesão dele não foi meramente um rompimento no ligamento cruzado anterior, houve um rompimento no ligamento cruzado lateral também. Segundo o doutor David Chao, ex-médico de alguns times da NFL, é improvável que ele fique 100% saudável até o final do ano e até mesmo durante o mês de Janeiro. Ele pode jogar ficando mais dentro do pocket, mas a sua mobilidade estará prejudicada e isso é uma parte importante do seu jogo.

A cada semana que passa, as chances de romper os mesmos ligamentos diminuem, por isso, é importante o cuidado para colocá-lo de volta em campo. Se a temporada não começar do jeito imaginado, podem apressar a sua volta e prejudicar a sua condição clínica. Por isso, é bom torcer para um Nick Foles inspirado como foi no Super Bowl, embora improvável.

Aquele que todos nós torceremos

O novato Shaquem Griffin iniciará a sua carreira de NFL sendo titular, não são muitos jogadores que possuem essa honraria. Ao entrar em campo no domingo, às 17h25 contra os Broncos, Griffin contará mais um capítulo de umas das melhores histórias do futebol americano. Engana-se quem acredita que o jogador foi selecionado apenas por motivos de marketing e para venda de camisas, Griffin tem o potencial de ser titular nos próximos anos. Em sua  primeira partida, Griffin irá substituir KJ Wright, mas Bobby Wagner não está preocupado. “Felizmente,” disse Wagner sobre Griffin, “ele é muito, muito inteligente.”

Será ótimo vê-lo em campo, o esporte precisa de histórias assim.

Nathan Peterman titular

Com a troca de AJ McCarron para os Raiders, Peterman passou a ser o QB1 para o começo da temporada para os Bills.

Josh Allen teve bons momentos nos dois primeiros jogos. Porém, não conseguiu manter o nível quando realmente importava: contra uma defesa titular na semana 3 da pré-temporada. Esse movimento é o correto dos Bills, visto que as primeiras semanas do calendário do time seriam pesadas para qualquer quarterback na NFL.

Na primeira semana, enfrentam os Ravens fora de casa. Depois, Chargers em casa, Vikings fora e Packers fora. Após o incêndio ofensivo que deve ser esses quatro jogos, Josh Allen deve surgir como uma espécie de super-herói para salvar o time. Mas aí está o problema, creditar as esperanças de apagar o incêndio focando em Josh Allen. Eu é que não queria estar nesse incêndio.

 

College: Miami foi uma decepção na estreia

Os Hurricanes prometiam muito para essa temporada, mas o início foi muito decepcionante. Malik Rosier, quarterback dos Canes, teve um péssimo jogo e Miami caiu para LSU por 33 a 17. O placar não demonstra tanto a diferença que foi o jogo mostrado pelos dois times.

O quarterback de LSU, Joe Burrow não teve um jogo de encher os olhos em relação à estatísticas, apenas 140 jardas e 11 passes completos.  Porém, Burrow acabou com a defesa de Miami em suas mudanças de jogadas na linha de scrimmage. Inclusive os dois touchdowns corridos do running back Nick Brossette houveram audibles mudando a chamada para explorar o alinhamento da defesa.

Os times especiais de Miami também demonstraram erros graves para o restante da temporada. Tiveram punts de 20 jardas e kicker errando field goal ainda no primeiro quarto. Aliás, alguém me explica como um programa forte como Miami recruta um kicker que tem uma estatística de apenas 4 field goals feitos em 10 tentativas? Eu sei que há os camps de kickers que facilitam esse recrutamento, mas se você não acerta no jogo no high school, também não vai acertar no jogo no college.

O lado positivo de Miami ficou por conta do defensive back Gerald Willis III, que teve um jogo muito acima da média terminando com oito tackles, sendo quatro tackles for loss, um sack e um passe desviado. Willis não jogava uma partida desde 2016 e trouxe um alento importante para a profundidade do interior da linha defensiva de Miami.




Mais College: Oklahoma forte

Antes da partida, vi algumas pessoas questionando se Florida Atlantic University podia fazer alguma sombra frente a Oklahoma. A pergunta se deve principalmente ao fato de Lane Kiffin ser um treinador merecidamente conhecido e competente. Porém, a diferença entre os times é muito evidente quando se diz respeito à qualidade dos jogadores.

O placar final foi um atropelo de 63 a 14 com Kyler Murray, atual quarterback de Oklahoma liderando o time no primeiro tempo com 209 jardas e dois touchdowns. Murray assinou contrato para ser jogador de beisebol na intertemporada. Com isso, terá uma decisão para tomar no final da temporada se irá ou não para o Draft de 2019. Eu se fosse Murray, certamente escolheria a carreira de beisebol. Menos chances de lesão e mais dinheiro, escolha fácil.

O running back de Oklahoma, Rodney Anderson, para mim o melhor running back elegível para o próximo draft, também não decepcionou e em apenas cinco carregadas conseguiu surpreendentes 100 jardas e dois touchdowns. Oklahoma mostrou a que veio e que irá brigar forte por uma vaga nos playoffs mais uma vez.

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