Victor Cruz assinou com os Bears por um ano – mas ele ficará saudável?

Um dos últimos medalhões ainda disponíveis no mercado, Victor Cruz ainda estava ponderando acerca de qual time poderia ter seus serviços na próxima temporada. Antes do início da free agency ele já estava disponível – foi cortado em fevereiro pelos Giants, lembremos. Um dos primeiros a estarem disponíveis e um dos últimos a assinar contrato: múltiplas fontes reportam que Cruz, em princípio, está acertado com o Chicago Bears por um ano. O contrato foi confirmado pelos Bears algumas horas depois.

O boato é que Cruz estava entre os Bears e os Ravens – antes, foi ventilado que o recebedor teria interesse de Jaguars e Panthers, mas nada se concretizou. Ou seja: as opções giravam em torno de times carentes de recebedores.

O grande problema – para Cruz e para os Bears – não são valores de contratos o nada do gênero. É a disponibilidade. Durante a transmissão do Draft 2017 cheguei a dizer isso: muitas vezes na NFL, a melhor habilidade é a disponibilidade. E nesta, Victor infelizmente não vem demonstrando a que veio. São várias lesões nos membros inferiores durante os últimos anos. Cruz não jogou nenhuma partida em 2015 e perdeu um jogo no ano passado. Em 2016, foi pouco efetivo nos Giants: apenas um touchdown e 586 jardas; Sombra da campanha de 2011 e 2012, nas quais ultrapassou 1000 jardas recebidas e teve, respectivamente, nove e dez touchdowns recebidos.

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De toda forma, para os Bears, a vantagem é que o contrato é de apenas um ano – cada vez mais comum na liga. Mas, considerando que Chicago ainda tinha 12 milhões disponíveis no teto salarial, na pior das hipóteses foi um investimento que não terá repercussões negativas nos próximos anos em termos de folha e teto salarial. Na melhor, Cruz consegue render um pouco do que fez em seus dois primeiros anos na liga.

Em realidade, qualquer coisa já ajuda no elenco atual de Chicago. Kevin White consegue superar Cruz em termos de presença no departamento médico – apenas quatro jogos desde que entrou na liga – e ainda não disse a que veio desde o Draft de 2015. Cameron Meredith foi uma grata surpresa, mas não sabemos qual seu teto de talento e produtividade. A free agency trouxe os veteranos Kendall Wright e Markus Wheaton. Ainda, nesse bolo, o segundanista Daniel Braverman – mais conhecido como o companheiro de Corey Davis em Western Michigan.

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Dá para prever que Cruz estará no elenco como slot receiver? Sabe-se lá deus. Em função de sua disponibilidade física (e não de seu talento, que é inquestionável) ele pode tanto ser cortado no training camp como Eddie Royal o fora em maio quanto ser um líder no vestiário e ajudar Mike Glennon no slot. Embora a amplitude seja alta, os Bears não tem muito a perder. Não é como se o time estivesse a um recebedor de vencer a NFC North. O aspecto é outro: quanto mais armas Glennon tiver, menos desculpas ele terá para um eventual fracasso. Indiretamente, a chegada de Cruz – e dos outros dois via free agency, Wright e Wheaton – ajudam a saber se Glennon tem o que é necessário para ser minimamente funcional ou se veremos Mitchell Trubisky em breve. Fico com a segunda opção.

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