Prévias 2021: Defesa dá esperança a Washington na NFC East

Graças sobretudo à sua força defensiva, Washington surpreendeu a todos vencendo a NFC East em 2020. Agora, a franquia chega em pé de igualdade com os outros times da divisão em busca do bicampeonato, apostando em alguns reforços para melhorar o ataque

Washington passou de time sem nome a campeão de NFC East em um intervalo de poucos meses, superando todo tipo de obstáculo pelo caminho, como a péssima atitude de Dwayne Haskins e a descoberta de um câncer em Ron Rivera. Agora, eles entraram no radar da NFL e esperam alçar voos mais altos.

DRAFT E FREE AGENCY 2021: Washington investiu de maneira cirúrgica para tapar os buracos do elenco, incluindo quarterback (Ryan Fitzpatrick), cornerback (William Jackson III), wide receiver (Curtis Samuel) e linebacker (Jamin Davis). Dentro das possibilidades, é uma offseason beirando a perfeição.

Principal reforço: Ryan Fitzpatrick, QB. Falaremos bastante sobre o signal caller a seguir, então por enquanto só diremos que Fitzmagic não é quem a franquia merece ter under center, mas é quem ela precisa neste momento.

Principal perda: Ryan Kerrigan, EDGE. Kerrigan deixa a capital dos Estados Unidos como o líder de sacks da história do Football Team (95,5). A perda de liderança no vestiário é considerável, embora dentro de campo sua produção possa ser tranquilamente suprida pelos pass rushers que ficaram.

Fitzpatrick é a faísca que o ataque precisa

O retorno de Alex Smith aos gramados após a devastadora lesão sofrida em 2018 é um feito espetacular na história do esporte e nada nunca mudará isso. Contudo, devemos reconhecer que tanto ele quanto Dwayne Haskins e Kyle Allen não jogaram nada bem quando estiveram em campo na temporada passada.

A instabilidade do trio fez Washington ter um ataque pouco produtivo e ultraconservador, vide, por exemplo, os passes de Smith viajarem em média cinco jardas pelo ar – de longe a pior marca da liga. Não por acaso, a franquia acabou em último nos quesitos DVOA ofensivo geral e aéreo, além de ter ficado lá embaixo em jardas (3ª pior) e pontos (8ª pior) anotados por partida.

Ryan Fitzpatrick é a aposta em curtíssimo prazo para dar um gás no ataque, ainda que haja uma certa competição entre ele e Taylor Heinicke no Training Camp. Fitzpatrick alternará uma sequência de dois ou três jogos ruins com dois ou três jogos espetaculares, na qual parecerá o melhor quarterback da NFL. Sua mentalidade de pistoleiro do velho oeste renderá lançamentos de tirar o fôlego e turnovers feios, enquanto seus inesperados scrambles também podem terminar em longas corridas ou fumbles.

Ninguém espera muita consistência de Fitzpatrick nessa altura da carreira. Washington não espera e nem precisa de um candidato ao prêmio de MVP. Conforme dissemos no título desta seção, ele só precisa ser a faísca capaz de botar fogo no ataque quando a defesa não conseguir segurar as pontas. E tendo em vista a ineficiência em 2020, a expectativa é apenas de crescimento em 2021, até porque pior que tá, não fica.

O veterano de 39 anos terá um sólido grupo de skill players à disposição, começando pelo excelente Terry McLaurin. O veloz wide receiver, aliás, é quem mais se beneficiará dos passes profundos de Fitzpatrick. De resto, vale destacar o versátil Curtis Samuel, velho conhecido de Ron Rivera no Carolina Panthers; Logan Thomas, ex-signal caller convertido em tight end; e o calouro Dyami Brown, uma máquina de big plays em North Carolina dono de uma média de 20 jardas por recepção.

Jovem e cheio de potencial, não seria surpresa se em pouco tempo esse se tornasse um dos grandes corpos de recebedores da NFL. Por sua vez, o jogo corrido estará em boas mãos com o segundanista Antonio Gibson carregando o piano e J.D. McKissic em situações de passe e terceiras descidas.

Capitaneada pela linha defensiva, defesa pode ser muito especial

Washington usou quatro picks de 1ª rodada consecutivas na linha defensiva entre 2017 e 2020. O resultado do investimento é um conjunto de atletas simplesmente espetacular: Chase Young e Montez Sweat nas pontas, Jonathan Allen e Daron Payne pelo meio, todo mundo capaz de combater o ataque terrestre e pressionar o quarterback.

Esses caras são os responsáveis pelo Football Team ter vencido a NFC East e ter tido a 3ª defesa mais prolífica em DVOA, atrás apenas de Pittsburgh Steelers e New Orleans Saints. Young e Sweat, por exemplo, totalizaram 16,5 sacks e 71 pressões, consolidando-se como uma das principais duplas de EDGEs da atualidade. Jonathan Allen, a saber, ficou no top 10 da NFL na métrica pass rush win rate (17%), mostrando sua eficiência na hora de apressar o passe pelo miolo da linha e justificando o contrato de 72 milhões assinado há poucos dias.

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