Wilson é o melhor quarterback da rodada – veja os melhores e piores: Prêmios da Semana 10

Com uma cobertura cada vez maior e mais ampla aqui no site – como os palpites, guia da rodada, duelos individuais favoráveis – faltava um para fazer um apanhando geral elegendo os melhores e piores de cada semana. Aqui, vamos apontar vários jogadores que se destacaram positivamente e negativamente na quinta, no domingo e na segunda-feira de futebol americano! Prêmios são sempre um evento divertido – pelo menos eu adoro as noites de Oscar, Globo de Ouro e Emmys – e vamos tentar te entreter aqui também. Quem sabe cada categoria ganhe um apelido ao longo do tempo…

Antes de começarmos, tem alguma categoria que gostaria de ver na Semana 11? Procure o Twitter do @ProFootballBR (ou o meu, @MiceliPFB), que quem sabe colocamos aqui nas edições vindouras. Sem mais delongas, aos prêmios!

O melhor quarterback – Russell Wilson, Seattle Seahawks

Inicialmente, eu tinha dado o prêmio para Jameis Winston. Só que a dificuldade em enfrentar o New England Patriots fora de casa e ter uma partida com 348 e três touchdowns pesou e muito para a reformulação do prêmio desta semana.  Contra um plano de jogo defensivo era mantê-lo no pocket e ver se ele conseguiria batê-los como um tradicional pocket passer, o camisa 3 foi muito bem, obrigado. Com conexões longas (4 passes completos de 7 tentados para mais de 20 jardas) e paciência, o campeão do Super Bowl XLVIII bateu o gênio defensivo de Bill Belichick.

A primeira menção honrosa fica, então, para Jameis Winston. Aliás, se vocês não viram a jogada meio Archie Manning meio Russell Wilson do signal caller, por favor. E uma segunda menção honrosa: Marcus Mariota, que queimou a secundária do Green Bay Packers com muita tranquilidade, sendo o melhor quarterback em campo na partida – e olha que tinha o Aaron Rodgers do outro lado.

O pior quarterback – Jay Cutler, Chicago Bears

Não vou colocar nenhum dos signal callers da partida entre New York Jets e Los Angeles Rams. Jay Cutler leva o troféu numa atuação que, se eu definisse como catastófica, seria gentileza. Com exceção de um hail mary de muita sorte, o camisa 6 foi lamentável.

15 passes completos de 29 tentados para 132 jardas e duas interceptações – incluindo um pick six. Sob pressão em 40% dos snaps, Cutler foi pior ainda, completando apenas 44.4% dos seus passes para 72 jardas. Ah, eu falei dos dois fumbles? Tudo isso contra uma defesa que vinha de mais de 1.000 jardas cedidas em duas partidas.

Melhor jogador ofensivo (que não é quarterback) – Steffon Diggs, wide receiver do Minnesota Vikings

Um prêmio para um recebedor de um time que não venceu. Stefon Diggs voltou à melhor forma contra o Washington Redskins, recebendo 12 dos 14 passes lançados na sua direção para 158 jardas. Uma observação interessante é que ele não estava sendo marcado necessariamente por Josh Norman o jogo inteiro, mas conquistou esse caminhão de jardas em cima de cinco defensores diferentes. Das 158 jardas, 64 vieram depois da recepção, encontrando os espaços entre os adversários e conquistando território.

Pior jogador ofensivo (que não é quarterback) – Ty Sambrailo, tackle do Denver Broncos

Segunda semana consecutiva que um jogador de linha ofensiva do Denver Broncos ganha esse belo prêmio. Teria sido Donald Stephenson na dobradinha, mas ele foi barrado. Sambrailo, seu substituto, conseguiu a proeza de ceder quatro pressões em dezessete snaps de proteção ao passe. ELE É HORRÍVEL. Sim, a cada quatro jogadas, basicamente, Trevor Siemian sofreria pressão do lado direito. A verdade é que o Denver Broncos está condenado na posição de right tackle, e a essa altura do campeonato, uma catraca de metrô talvez ofereça mais resistência aos pass rushers.

Melhor jogador defensivo – Eric Berry, safety do Kansas City Chiefs

Você viu a pintura que foi o píck six do Eric Berry contra o Carolina Panthers? É assombroso que ele tenha se retirado da NFL para tratar de um cancêr e retornado no mesmo nível. O veterano não só teve uma interceptação crucial para a vitória de virada do Kansas City Chiefs, mas também encerrou cinco jogadas ofensivas, melhor marca por um safety esta semana na NFL.

Menção honrosa para Cameron Jordan, defensive end do New Orleans Saints, que manteve Ty Sambrailo e Donald Stephenson precoupados com seus futuros na NFL. O rusher teve um sack, um hit em Siemian e sete pressões no quarterback, sem mencionar as oito vezes que ele parou o jogo terrestre. Uma baita partida do defensor dos Saints, que teve os melhores números se comparado a qualquer outro rusher.

Pior jogador defensivo – HaHa Clinton-Dix, safety do Green Bay Packers

Todos sempre torcemos para que nossos times encontrem um jogador clutch, isto é, aquele jogador que na hora da pressão decide – com uma recepção em terceira descida, que consiga disputar a bola no ar e que cresça nas adversidades. Bom, Clinton-Dix foi o absoluto inverso disso no atropelamento que o Tennessee Titans promoveu em cima do Green Bay Packers. Em todas as jogadas que Clinton-Dix cedeu uma recepção, ou foi para uma primeira descida ou touchdown. Sem mencionar a falta por unnecessaryh roughness que ele cometeu e um tackle erradíssimo em cima de Delanie Walker. Qualquer outro jogador da secundária dos Packers poderia vencer o prêmio, mas o safety leva a taça da Semana 10.

Melhor jogo da rodada – Dallas Cowboys @ Pittsburgh Steelers

Num duelo entre (discutivelmente) a maior rivalidade entre duas equipes que não da mesma divisão da história da NFL, o jogo foi emocionante até os últimos segundos. Depois do Pittsburgh Steelers anotar um touchdown num fake spike (saudades Dan Marino), os Cowboys ficaram no buraco faltando 42 segundos para acabar a partida. Perdendo por 30 a 29 e com três tempos para pedir, faltava um pontinho para a vitória. Apareceu então o duo de calouros que vem tomando a NFL de assalto: dois passes completos de Prescott, uma falta e uma corrida de Ezekiel Elliott de 32 jards para a vitória e para alcançar a marca de 1.005 jardas em 2016.

Pior jogo da rodada – Los Angeles Rams @ New York Jets

Meu caro leitor, que tortura é assistir aos jogos do Los Angeles Rams. Foi a terceira vez em 2016 que eles terminam uma partida sem anotar um touchdown sequer – e o pior de tudo é que em duas dessas ocasiões eles venceram. Com Case Keenum de um lado e Bryce Petty do outro, tivemos aquela partida na qual o amor pelo futebol americano é realmente testado. Brandon Marshall ficou com menos de 20 jardas, Darrelle Revis tomou um baile de Kenny Britt, que teve mais de 100 jardas em cima do cornerback

O que dói de verdade é que Keenum não foi mal a ponto de justificar uma troca de quarterback. Que sofrimento para o torcedor da franquia e para Jared Goff, que segue olhando suas fotos naquele 30 de abril, sonhando com dias melhores e aproveitando a sensação de ser a primeira escolha geral.

#CollegeKickers – Steven Hauschka, Seattle Seahawks

Em que pese ter anotado quatro field goals na vitória do Sunday Night Football, pega sempre mal errar ponto extra, sendo culpa do kicker ou não. Fica aqui então o carinho pelo kicker que já causou fortes emoções essa temporada (aquele empate contra o Arizona Cardinals ainda vive em nossos corações).

Melhor calouro da rodada – C.J. Prosise, running back do Seattle Seahawks

Olha, eu quero dar uma variada aqui. O prêmio teoricamente iria para Ezekiel Elliott, e provavelmente irá todas as semanas. Agora, vou premiar aquele que me chamou a atenção e se destacou numa situação pra lá de complicada chamada “backfield do Seattle Seahawks”.

O calouro C.J. Prosise foi essencial tanto no jogo corrido quanto aéreo. Foram sete recepções em sete targets, dando um baile no linebacker Shea McClellin em um terceira descida crucial e batendo na velocidade o também linebacker Elandon Roberts para conquistar 38 das 87 jardas aéreas. Prosise forçou também cinco tackles errados, se tornando uma peça versátil e crucial para este ataque que precisa encontrar estabilidade no seu backfield.

Maior surpresa positiva – A evolução de Ryan Tannehill sob Adam Gase

Embora muitos joguem a culpa de tudo que acontece de ruim lá em Miami nas costas de Ryan Tannehill – o que, particularmente, não acho justo -, a verdade é que nas últimas semanas ele tem demonstrado evolução sob o comando de Adam Gase. Contra um time forte do San Diego Chargers, o camisa 17 dos Dolphins teve uma brilhante atuação sob pressão. Em 11 snaps nessa situação, foram 7 passes completos de 9 tentados para 142 jardas. Nos passes de mais de 20 jardas, todos foram completos para 138 jardas e dois touchdowns. Os números finais podem não ser explosivos, mas o time do Miami Dolphins vai encontrando seu ritmo na temporada, com quatro vitórias consecutivas, e isso passa muito pela estabilidade do quarterback. A sequência positiva pode se alongar mais ainda, visto que vem aí o Los Angeles Rams e San Francisco 49ers.


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Maior decepção – A incapacidade do Carolina Panthers em segurar o resultado

Depois de liderarem por 17 a 3 em casa, mostrando uma força defensiva capaz de frear o (limitado) Alex Smith, eu honestamente achei que o 4-5 estava próximo. Bem, não poderia estar mais enganado. Com atuações excelentes dos seus defensive backs (Eric Berry e Marcus Peters, que dupla!), o Kansas City Chiefs conseguiu virar a partida mesmo com dificuldades ofensivas.

Destaque breve aqui para o passer rating de Cam Newton sob pressão: 4.2 na partida de domingo. É o resumo de como o camisa 1 tem sido durante toda a temporada – e olha que elogiei sua capacidade de diagnosticar pressões e escapar delas em 2015.

Monstro do Fantasy – Ezekiel Elliott, running back do Dallas Cowboys

Se não é calouro da rodada, é outro prêmio. Com 114 jardas terrestres, 95 aéreas, dois touchdowns terrestres e um pelo ar, o calouro basicamente te deu a vitória no Fantasy. 38.9 pontos em formatos standard. Menção honrosa para Ryan Mathews, que com suas 109 jardas terrestres, dois touchdowns, 30 jardas aéreas e uma conversão de dois pontos colocou 27.9 pontos para quem o escalou. Curiosidade: excluindo quarterbacks, os cinco melhores pontuadores em formato standard foram running backs – DeMarco Murray, Le’Veon Bell e LeGarrette Blount completam o quinteto.

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