Holofotes, outdoors, entrevistas para Jimmy Fallon: tudo isso (e muito dinheiro de publicidade) é o que um quarterback novato espera quando selecionado por uma equipe de Nova York, seja Giants, seja Jets. Porém, a realidade não é bem essa na maioria das vezes. Se pelo lado do New York Giants a temporada de 2021 deve ser a última chance de Daniel Jones se provar o substituto de Eli Manning, nos Jets a bola da vez é o calouro Zach Wilson, segunda escolha geral do último Draft.
Ele chega para o lugar de Sam Darnold, trocado com o Carolina Panthers em abril. Este, por sua vez, chegou aos Jets em 2018 como quarta escolha geral daquele recrutamento, trazendo a mesma esperança que Wilson agora traz: revitalizar uma franquia que não consegue bons resultados faz um bom tempo. Como num moedor de carne, nome após nome que esteve atrás do center no time foi sendo triturado e cuspido: após um ou outro bom momento, não serviram para mais nada.
A imprensa é dura
Claro que culpar quem está fora do campo pelo fracasso dentro dele é complicado. Afinal de contas, se você jogar bem e os resultados vierem a imprensa não terá o que falar. Porém, em New York, o buraco é mais embaixo: com a forte concorrência e a necessidade de se criar pautas bombásticas, que gerem audiência, a cobrança é muito maior. Mark Sanchez, Geno Smith e Sam Darnold viram suas passagens pela franquia do lado verde da metrópole derreterem de forma drástica. Não é como se eles não tivessem culpa, mas se jogassem num mercado menor, as chances de tentarem uma recuperação seriam maiores.
Outro ponto importante é a pressão interna por resultados, o que diminui a paciência consideravelmente no desenvolvimento de um jogador, algo vital, em especial quando o mesmo precisa de polimento. Sem ter nenhuma temporada vitoriosa na última década – a última foi no longínquo 2010, sob o comando de Rex Ryan e tendo Sanchez como quarterback – o processo pode ser acelerado e etapas queimadas. Dentro da própria divisão, existe um bom exemplo de como ter paciência e manter o plano é fundamental: o Buffalo Bills fez tudo certo com Josh Allen e hoje colhe os resultados. Por vezes, é necessário sofrer mais um pouco, para depois ficar com o sossego de anos com seu titular consolidado.





