Nos últimos 10 anos, o New York Jets tem uma temporada com mais vitórias que derrotas e nenhuma ida aos playoffs. Com todo respeito que qualquer franquia merece, o lado verde de New York tem sido um grande cemitério de talentos e também de esperança. Ano após ano o torcedor cria expectativas de melhora, mas elas acabam não acontecendo e a frustração volta. 2021 não foi diferente: após se livrar de Adam Gase e selecionar o quarterback Zach Wilson na segunda escolha geral do Draft, se tornar competitivo era a meta.
Não foi isso que aconteceu: muitas lesões e apenas 4 vitórias na primeira temporada com o head coach Robert Saleh. Todavia, nada preocupou mais que as pobres performances de Zach Wilson. Mesmo considerando todo contexto – calouro, num time em formação e que sofreu com problemas de lesões -, seu jogo ficou aquém do esperado. Salvo flashes, como na boa vitória sobre o Tennessee Titans, Wilson pouco mostrou. Claro que nada está perdido e não é incomum vermos quarterbacks dando saltos no segundo ano, mas o frio passa pela espinha do torcedor, tão acostumado com decepções nos últimos anos.
Os problemas dos tempos de college persistiram
Algumas dúvidas comuns sobre Wilson durante o processo de Draft eram sobre sua presença de pocket, tomada de decisão e leitura de jogo num nível mais alto de competição. Claro que não dá para descartar o visto em seus tapes, mas jogando por BYU, pouco se tinha visto dele contra oponentes mais fortes. Fora isso, seu estilo de jogo não era dos mais ortodoxos, com muitas escapadas do pocket e lançamentos fora da base.
Em 2021, não deu certo. Claro que a linha ofensiva não fez um grande trabalho protegendo o quarterback – 38% de pressão cedida -, mas Wilson também não colaborou muito. Lento tomando decisões, foi o segundo da posição que mais tempo levou em média para lançar (2,84 segundos), lançando apenas 38% de seus passes em menos de 2,5 segundos. Para piorar, a tomada de decisão foi fraca: apenas 29% de passes completos, com 5 jardas por tentativa – último e penúltimo respectivamente entre os titulares. Contra blitz, as coisas pioras, com Wilson sendo o último em ambos quesitos e o único titular com nenhum touchdown anotado.[foot]Todos os números deste texto são do Pro Football Focus[/foot]





