Antes da temporada, Garoppolo treina com “guru de quarterbacks” para refinar fundamentos

Voltando de lesão no joelho, quarterback dos 49ers mostra-se motivado e refina mecânicas antes de começar os training camps rumo à temporada regular

Imagine ganhar todos os jogos nos quais você foi titular na temporada regular. Com ela sendo em 16 jogos, apenas Tom Brady conseguiu o feito. Seu sucessor aparente e Príncipe Charles, conseguiu uma mini versão do que Tom Brady fez em 2007. Depois de ser trocado para o San Francisco 49ers em outubro de 2017, Jimmy Garoppolo venceu cinco partidas consecutivas para terminar a temporada. Até então, os 49ers tinham vencido apenas uma partida.

Como efeito, doses cavalares de expectativas foram depositadas sobre o futuro da franquia na temporada seguinte, 2018. Essas expectativas foram frustradas em diversas oportunidades. Os 49ers tiveram apenas três jogos com Jimmy Garoppolo titular. Nessas partidas, uma vitória – na terceira, Garoppolo saiu do pocket e rompeu o ligamento anterior cruzado (ACL) no contato com a defesa do Kansas City Chiefs. Ali, acabaram as esperanças e expectativas de San Francisco na temporada – embora Nick Mullens tenha dado alguns bons momentos para o torcedor e George Kittle tenha terminado o ano como o melhor tight end da Conferência Nacional.

Uma coisa precisa ser dita: Garoppolo não estava jogando bem. Ele estava com menos de 60% de passes completos – o que, no sistema de Kyle Shanahan, é uma estatística bem ruim. Foram 5 TDs e 3 INTs, com rating de 90,0. Ou seja, embora o espaço amostral tenha sido pequeno, não dá para dizer que Jimmy estava voando baixo ou se machucou enquanto estava na briga para ser MVP. Ante esse cenário e voltando de lesão, Garoppolo demonstra excelente ética profissional ao se preparar bem antes dos training camps começarem. Ele já está treinando e o objetivo é refinar a mecânica.

franchise quarterback dos 49ers está na Califórnia e já vem treinando com Tom House, guru de quarterbacks que já treinou e refinou os fundamentos de nomes como Drew Brees, Carson Palmer, Matt Ryan e Tom Brady. “Estamos tentando fazer exercícios que sejam o mais próximo o possível de situações de jogo”, disse Garoppolo por telefone à Associated Press. “Ao mesmo tempo, estamos focados em mecânicas de passe e a fundamentos, é a base de ser um quarterback. Você tem que ser realmente bom com o básico e repetir uma, duas, mil vezes. É bom trabalhar com alguém tão experiente como Tom”, disse Garoppolo sobre Tom House e os trabalhos em julho.

House foi arremessador na Major League Baseball, mas depois da aposentadoria foi para o futebol americano e desenvolveu uma academia de quarterbacks em Huntington Beach, Califórnia. Lá, seu foco vem sendo o refino na mecânica de lançamento de alguns dos principais nomes do esporte – Garoppolo conheceu seu trabalho por meio de Tom Brady enquanto fora seu reserva em New England. “É bom ter ele me vendo lançar para arrumar coisas que eu não pensava. A posição de quarterback é bem única e há várias coisas importantes sobre ela”, disse Garoppolo.

Há menos expectativa com os 49ers em relação ao que havia na temporada passada – a lesão de Garoppolo e o fato de seu número de intereceptações e sacks terem aumentado, somado ao fato de que o time não é mais “novidade” como era na chegada de Jimmy, fazem com que a equipe esteja mais sob o radar. Os 49ers em Las Vegas e em qualquer site de apostas brasileiro não estão cotados para o título da divisão, por exemplo – esse posto é do Los Angeles Rams. Para o Super Bowl LIV, a equipe está cotada como 15ª na lista, empatada com o Seattle Seahawks, rival de divisão.

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De toda forma, o time ainda pode surpreender e podemos dizer que ao menos ao Wild Card da Conferência Nacional o é como candidato. Houve reforços, como o running back Tevin Coleman – que trabalhou recebendo passes no sistema de Shanahan em Atlanta – a escolha de segunda rodada, o wide receiver Deebo Samuel, a contratação de Jordan Matthews e a volta de Jerrick McKinnon, que como Garoppolo havia se machucado no ano passado. De toda forma, tudo passa por Jimmy, como na maior parte das equipes o desempenho se deve muito em função do quarterback. A boa notícia é a demonstração de foco e ética profissional que ele tem no momento. “Estou tentando pegar o máximo que posso, há milhões de coisas para fazer. É excitante. Nesta época do ano, com algumas semanas até o training camp, é hora de “moer”, falou.

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