O Draft de 2021 já está na história. Num ano muito complicado por conta da pandemia de COVID-19, a temporada do futebol americano universitário obviamente foi prejudicada: conferências só jogaram dentro das mesmas, com número de jogos reduzidos. Alguns jogadores também optaram por não jogar, afinal de contas não são remunerados e correriam riscos.
Fora isso, a falta de torcedores afetou demais a emoção: a barulhenta atmosfera do college football é inigualável. Com o avanço da vacinação nos Estados Unidos é provável que tudo corra normalmente. Pensando nisso, separamos 5 nomes para você ficar de olho na temporada de 2022, já pensando no próximo Draft.
Kayvon Thibodeaux – EDGE – Oregon
Recruta 5 estrelas da classe de 2019, Kayvon Thibodeaux já chegou em Oregon com bastante badalação. Não é para menos: trata-se de um jogador com todos os atributos que se encontram nos grandes EDGEs que tiveram sucesso indo para a NFL. O tamanho é bom e ele tem grande bend, aquela capacidade de contornar o arco para chegar no quarterback, algo que faz diferença para se tornar um jogador de primeira prateleira. Sua explosão e o motor também são excelentes. Porém, ele precisa ganhar peso e massa muscular, além de encontrar mais formas de chegar ao quarterback. A produção em 2020 não foi das maiores, mas considerando o ano atípico isso não chega a preocupar.
Sam Howell – QB – North Carolina
Com uma classe totalmente aberta em relação à posição de quarterback, um nome de destaque é Sam Howell. Dono de um talentoso braço, ele impressiona pela precisão e velocidade das bolas em profundidade. Além disso, mostra uma capacidade interessante de lançar a bola fora da plataforma normal, algo que lembra Zach Wilson, selecionado pelo New York Jets na segunda escolha geral em 2021. Precisa evoluir sua presença de pocket, evitando sair do mesmo de forma desnecessária, além das leituras em campo todo: tal qual como Wilson, joga num sistema muito simples. Mede pouco mais de 1,85 m, o que pode desagradar treinadores e general managers mais conservadores.
Justyn Ross – WR – Clemson
O caso de Justyn Ross passa apenas por uma coisa: como ele voltará aos campos depois sofrer uma lesão complicada na espinha que lhe fez perder todo o ano de 2020. Jogador grande e forte, dominou em suas duas primeiras temporadas no college football, tendo mais de 1800 jardas e 17 touchdowns. Não é dono de uma velocidade de elite, mas consegue mesmo assim criar separação e ameaçar as defesas no fundo do campo. Em bolas disputadas seu aproveitamento é excelente e tem mãos muito firmes. Se ficar saudável e voltar em bom nível, é um jogador para ser escolhido dentro do top-15.
Derek Stingley Jr. – CB – LSU
Chegando em LSU em 2019, Derek Stingley Jr. já tornou-se titular e teve grande impacto na campanha do título nacional, conseguindo 5 interceptações. Trata-se de um cornerback de bom tamanho, com velocidade e mudança de direção acima da média. Além disso, tem grande percepção das jogadas, se antecipando e sabendo rastrear a bola no ar. Ainda precisa evoluir fazendo pressão na linha de scrimmage, mas tem talento para isso. Seu 2020 foi abaixo do esperado, mas lidou com lesões e problemas num time que perdeu muitos jogadores. Se voltar à forma do ano de estreia, deve brigar por uma vaga no top-5.
Spencer Rattler – QB – Oklahoma
Muito conhecido do público por conta da série QB1, da Netflix, que mostra quarterbacks promissores do ensino médio. Por vezes mostrou uma personalidade controversa na mesma, sendo arrogante, mas também tem muito talento. Em seu primeiro ano como titular por Oklahoma mostrou uma presença de pocket surpreendente, além de um braço forte e capacidade estender as jogadas. Entretanto, ainda precisa evoluir na parte mental do jogo, onde nem sempre mostrou antecipação e boas leituras. A esperança é que cresça e se torne mais um produto da fábrica de quarterbacks de Lincoln Riley: Baker Mayfield, Kyler Murray e Jalen Hurts foram seus antecessores e hoje são titulares na NFL.
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