5 lições: Cowboys mostram que bom jogo da estreia não foi mero acaso

Mesmo com muitos desfalques dos dois lados da bola, equipe comandada por Dak Prescott venceu Chargers e provou que merece respeito

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!

Dallas merece mais atenção em 2021

Após começar a temporada perdendo para o atual campeão Tampa Bay Buccaneers, com um field goal no finalzinho, surgiu a dúvida: o Dallas Cowboys é realmente competitivo ou o jogo de abertura tinha sido apenas um arroubo de qualidade, contra um oponente que mostrou alguma ferrugem e por isso não venceu com maior facilidade? A resposta veio na vitória sobre o Los Angeles Chargers, onde os Cowboys mandaram o recado: esqueçam o fracassado time de 2020, o momento é outro e a equipe está pronta para brigar pelo título da NFC East.

Os desfalques eram inúmeros, começando pelo ataque: o wide receiver Michael Gallup e o right tackle La’El Collins não foram a campo. Já no lado defensivo, com a lesão de DeMarcus Lawrence, a coisa se complicou na posição de EDGE e o linebacker Micah Parsons foi movido para função. Mesmo com tantos problemas, a defesa limitou a ofensiva oponente, comandada por Justin Herbert, a 17 pontos.  Dak Prescott fez um jogo cerebral e contou com bom apoio da dupla de running backs Tony Pollard e Ezekiell Eliott durante toda partida. O field goal nos segundos finais consagrou uma performance de um time muito resiliente e que está pronto para lutar.

Kyler Murray é o novo rei do entretenimento

Não é recomendável torcer para o Arizona Cardinals se sua saúde cardíaca não estiver em dia. O motivo? Kyler Murray. Ninguém é capaz de proporcionar tantas emoções quanto o quarterback e isso ficou provado na suada vitória contra o Minnesota Vikings, conseguida com um erro de field goal do adversário com o relógio zerado. Entretanto, para quem não torce para Arizona, Murray é um prato cheio de diversão no campo.

Dá mesma forma que ele é capaz de escapar da pressão e lançar uma bola de 50 jardas em movimento, que resulta num touchdown, também pode simplesmente jogar a mesma para cima por não ter lido a blitz, forçando um lançamento bisonho que vira uma interceptação. Com Murray não existe dia calmo e é bom os fãs dos Cardinals se acostumarem com isso.

A bola pune: Colts e Eagles já deviam saber disso

Uma das coisas que distingue uma equipe de playoffs de outra que bate na porta é como ela aproveita as oportunidades contra adversários mais fortes. Indianapolis Colts e Philadelphia Eagles tiveram a chance de vencer oponentes favoritos neste domingo, mas pecaram por dois problemas que custam sempre  caro: ineficiência na red zone e faltas.

Os Colts estiveram 4 vezes dentro da linha de 20 jardas do Los Angeles Rams, mas anotaram apenas um touchdown. Num jogo decidido por apenas 3 pontos, o peso foi enorme. Já Philadelphia teve uma boa oportunidade, em especial no primeiro tempo, quando o San Francisco 49ers teve um jogo ofensivo apático. Entretanto, 8 faltas enterraram as esperanças dos Eagles. Derrotas como essas são onerosas no fim do ano e separam quem joga em janeiro de quem assiste no sofá.

Belichick dando aula em quarterback novato é evento obrigatório

Entra ano, sai ano e tal qual Robben cortando para esquerda e fazendo gol, Bill Belichick segue sendo impiedoso com quarterbacks novatos. Seu recorde agora é de 22 vitórias e apenas 6 derrotas e a vítima da vez foi Zach Wilson, o calouro do New York Jets. Foram 4 interceptações que tiraram qualquer chance de sua equipe em sobrepujar o New England Patriots. Não que isso possa tirar esperanças dele se tornar um bom jogador: Justin Herbert, por exemplo, foi amassado em 2020 e venceu o prêmio de rookie da temporada.

Bill sabe como poucos criar confusões mentais, mostrando uma coisa e executando outra. Além disso, ao mandar muita pressão, através de blitzes e stunts, ele cria um stress constante, que faz com que a tomada de decisão seja errônea. Aos poucos, a confiança vai sendo minada e os erros aparecem.

Joe Judge é mais um devaneio de Dave Gettleman

É impossível defender Dave Gettleman, general manager do New York Giants. Primeiro ele selecionou o running back Saquon Barkley na escolha número 2 do Draft de 2018. No ano seguinte, escolheu na 6 o inepto Daniel Jones, por considerar que ele era um quarterback “pronto para NFL”. Menos de 3 temporadas depois, Jones tem 30 fumbles (mais de um por partida) e 22 interceptações.

A última loucura foi escolher Joe Judge como head coach. Ex-treinador dos times de especialistas do New England Patriots, chegou com fama de disciplinador e que iria consertar os problemas do time. Esqueceu apenas que não está sob a tutela de Bill Belichick; Por conta de seus métodos, vários veteranos se aposentaram durante a pré-temporada. Em campo, a equipe segue dando tiros no próprio pé, com erros crassos e faltas cruciais, como na derrota para Washington. Judge tem 33% de vitórias e nada parece que vai melhorar logo. Mais uma loucura de um general manager desconectado da realidade.

Para saber mais:
Curti: Defesa de Tampa e Brady não dão margem para sonhos de Atlanta e mostram poder de fogo
Curti: Chance de Cam Newton ter time despenca após bons jogos de Heinicke, Bridgewater e Tyrod Taylor
Curti: Heinicke firma-se como alternativa e Washington segue sonhando na NFC East

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