5 lições, divisional: Com Rodgers em forma de MVP, defesa só precisa fazer o básico

Com o quarterback dos Packers vivendo grande fase e liderando a ataque a performances de alto nível, a defesa não necessita ser de elite, bastando ser sólida.

5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Nesta semana o destaque fica para a sólida atuação da defesa do Green Bay Packers, o que é o suficiente para garantir vitórias com a atual forma de Aaron Rodgers. Além disso, as parcelas de culpa de Lamar Jackson e Kevin Stefanski também são assuntos.

1. Com Rodgers, basta defesa dos Packers ser sólida

Quando se tem um quarterback como Aaron Rodgers jogando em nível de MVP, não é preciso de uma defesa de elite para vencer jogos. A boa vitória sobre os Rams provou isso. Por vezes, cedeu algumas jogadas mais longas que deveria e deixou o time de Los Angeles ser eficiente, porém, ao fim do dia, apenas 18 pontos foram anotados pelo oponente. Foram 4 sacks em Jared Goff e apenas duas das 8 tentativas de terceiras descidas dos Rams foram convertidas. Rodgers tem 91 vitórias e 16 derrotas quando os Packers cederam 20 ou menos pontos na carreira, e desde que Matt LaFleur assumiu o comando da equipe, foram 17 vitórias e nenhuma derrota nessa condição.

Leia também: 5 vencedores, Divisional: Tom Brady, interminável

2. Aaron Donald é humano

Nada vai tirar o mérito de Aaron Donald e sua brilhante carreira. Ele simplesmente reinventou a posição de interior defensive lineman, sendo para este que vos escreve o melhor defensor da última década. Ainda assim, vimos nesse sábado contra o Green Bay Packers que ele é humano e propenso a dias ruins no seu trabalho. Que se ressalve que o camisa 99 não estava 100%, após ter sofrido uma lesão nas costelas na partida contra o Seattle Seahawks. 

Isso em nada tira valia do trabalho do miolo de linha ofensiva dos Packers, em especial do guard Elgton Jenkins. Jogaram com intensidade, não se intimidaram por um snap que fosse e fizeram Donald passar sem vencer um batalha de pass rush pela primeira vez desde 2017. Como todo humano, em algum momento, Donald sangra.

3. Lamar não é inocente

Sou contra a narrativa que Lamar é pipoqueiro ou que não pode ser um quarterback na NFL. Penso que ele precisa ser analisado conforme suas forças e todos os elementos que traz para o jogo. Entretanto, não dá para tirar sua parcela de culpa na derrota para o Buffalo Bills. A linha ofensiva fez um péssimo trabalho e o ataque simplesmente não tem um plano B? Sim. Mas o que justifica no melhor momento dos Ravens na partida, dentro da linha de 10 jardas, Lamar simplesmente não ver Taron Johnson dropando na cobertura, no que se tornou uma interceptação retornada para touchdown e que praticamente matou o jogo?

Já são 3 temporadas na NFL, duas como titular. Apesar do MVP da temporada de 2019, Lamar segue cometendo erros crassos: não evoluiu em coisas que são fundamentais para que dê o próximo passo, errando leituras por jogar no piloto automático e acreditando que sempre pode consertar tudo com sua habilidade atlética. É preciso que ele dê um salto na parte mental do jogo ou sua situação começará a ser questionada.

4. Playoff não é hora de inventar

É sempre importante ter um plano B, em especial nos playoffs. Mas você coloca o mesmo em prática se o plano A não funciona. Não foi isso que Kevin Stefanski fez na semifinal contra o Kansas City Chiefs. O time foi predicado ao jogo corrido durante todo ano, sendo o quarto que mais utilizou o jogo terrestre. Pois bem, no primeiro tempo o treinador chamou 23 passes e apenas 5 corridas. O resultado? Foi para o intervalo com 3 pontos. No segundo, maior equilíbrio: 14 passes e 17 corridas. A equipe anotou 14 pontos, ficou viva no jogo e por pouco não surpreende os Chiefs. O prejuízo do primeiro tempo pesou e em grande parte a conta é de Stefanski.

5. Saber parar é uma dádiva

Parar de fazer o que você ama é sempre uma experiência ruim, todavia, quando se fala de esporte, o ciclo é mais curto que nas demais profissões e o atleta tem que se preparar para isso. Decidir dar fim a carreira é algo que os ídolos deveriam ser preparados para evitar que o momento final seja destoante de sua brilhante carreira. Drew Brees não precisava ter passado pela deprimente performance que teve contra Tampa Bay Buccaneers. Convenhamos que durante a temporada ele foi um espectro do grande quarterback que vimos em grande parte da carreira, mas o final foi ainda mais melancólico. Desnecessário. De qualquer forma, obrigado pela carreira Brees, foi um prazer lhe ver jogar.

Leia mais:
Defesa dos Bills controla Lamar
Packers dominam Rams nas trincheiras
Meyer chega para moralizar Jaguars
🎙️ ProClub: Recap do sábado de Semifinais de Conferência

“odds