5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Clique aqui e confira o índice da coluna!
Ir para o confronto é a única chance contra Chiefs
Lição boa é aquela que se aprende e replica com qualidade. Dá para dizer que o Los Angeles Chargers com o Baltimore Ravens fez e elevaram o nível para bater o Kansas City Chiefs. Nada de decisões covardes, sem hesitação e o mais importante: sempre respeitando Patrick Mahomes, mas nunca pensando que ele é imbatível. Quando se tem um quarterback como Justin Herbert é assim que um time tem que pensar: vencer todo mundo é possível.
Nada de fugir de quartas descidas: foram três vezes que os Chargers arriscaram, sendo a última para 9 jardas, que virou uma primeira descida por interferência no recebedor. Depois, não sentaram no relógio e se contentaram com field goal: foram para o passe, anotaram o touchdown, obrigando Mahomes a tentar atravessar o campo com 30 segundos, confiando em sua defesa. Não existe outra forma de ganhar do melhor quarterback da atualidade: é preciso estar com a faca nos dentes o tempo todo.
O ataque dos Steelers é um horror
Esqueça os números do ataque do Pittsburgh Steelers, eles são enganosos, mostrando volume e não eficiência. O corpo de recebedores, por vezes alardeado como um dos mais qualificados da liga, dropou 8 passes contra o Cincinnati Bengals. O jogo corrido é inexistente: Najee Harris não teve sequer 3 jardas de média, contribuindo muito mais como recebedor do que corredor. Já Ben Roethlisberger lançou incríveis 58 bolas, algo absurdo para que lidou a semana toda com uma lesão no peitoral. Não dá nem para cobrar muito pelas duas interceptações e a marca de 5,5 jardas por passe completo.
Esse ataque é modorrento, mal montado e pessimamente desenhado. Não é por acaso que anota menos de 15 pontos por jogo de média.
Justin Tucker já está na história
Não basta ser o kicker com o maior percentual de field goals convertidos em todos os tempos, com mais de 90% de acerto: agora Justin Tucker é também o detentor do chute mais longo, ao acertar de 66 jardas contra o Detroit Lions. O que deixa o feito ainda mais incrível é que ele foi é que a marca veio numa paulada com o cronômetro zerado, para virar o jogo e fora de casa: dane-se a pressão. Ele superou o recorde anterior de 64 jardas, que era de Matt Prater. Vale lembrar que a marca anterior foi conseguida em Denver, onde a altitude de 1600 metros acima do nível do mar ajuda e muito.
DID THAT JUST HAPPEN?!?!
JUSTIN TUCKER 66-YARD FIELD GOAL FOR THE WIN! #RavensFlock pic.twitter.com/LyHkSUiwk9
— NFL (@NFL) September 26, 2021
Kirk Cousins nunca foi o problema dos Vikings
Algumas narrativas são injustas na NFL, em especial quando jogam tudo nas costas de um quarterback. Mesmo quando a defesa tomava 30 pontos por partida, tudo em relação ao Minnesota Vikings era colocado na conta de Kirk Cousins. O fato de ter sido um agente livre muito desejado em 2018 e recebido por isso um contrato 100% garantido são usados como fatores para se criticar o camisa 8, como se por isso ele precisasse lidar com todos os problemas da franquia. Cousins pode não ser um nome da elite da posição, mas é um titular confiável e com o mínimo de ajuda consegue vencer jogos importantes. Exemplo disso? A boa vitória sobre o Seattle Seahawks nesta rodada. O resto é apenas cobrança infundada.
Darnold está melhor, mas é preciso conter a emoção
É chover no molhado falar que o Sam Darnold do Carolina Panthers é a melhor versão do quarterback desde sua chegada na NFL em 2018. Mais confiante, Darnold vem trabalhando bem contra pressão e sabendo rodar o bom sistema do coordenador ofensivo Joe Brady. Claro que o torcedor tem motivos para ficar animado, mas é preciso controlar a emoção. Alguns problemas ainda estão lá: algumas oportunidades desperdiçadas por perder recebedores e fumbles são os principais – Darnold sofreu pelo menos um em todos os jogos até aqui e por sorte 3 dos 4 foram recuperados pelos Panthers -, e o camisa 14 precisa evoluir nestes pontos, para quando o nível de competição crescer, não sofrer.
Para saber mais:
De Olho no Draft: Kyle Hamilton pode quebrar sina dos safeties e sair no top-5
Giro do College: Clemson sofre zebra e afunda chance de Playoffs
5 times que podem ser ajudados na defesa com Jamie Collins







