5 lições é uma coluna semanal de Deivis Chiodini, abordando pontos importantes que a rodada da NFL nos trouxe. Está no ar sempre nas segundas-feiras pela manhã, trazendo opinião rápida e de forma clara. Nesta semana, o destaque fica por conta da birra injustificada de Carson Wentz por ter parado no banco de reservas. A falta de armas para Tua Tagovailoa e os problemas de Jared Goff também são destaques.
1. A birra de Wentz é sem motivo
O insider Adam Schefter, da ESPN americana, reportou nesse domingo que Carson Wentz não está contente com os últimos acontecimentos, quando foi colocado no banco no Philadelphia Eagles, inclusive dando a entender que quer sair. A frustração é justa, ninguém quer ficar no banco; o que não dá é para Wentz tratar a situação como se tivesse sendo injustiçado. Afinal de contas, ele não jogou absolutamente nada esse ano e Jalen Hurts vem fazendo um papel bem melhor que o dele. Neste domingo, por muito pouco ele não leva seu time a vitória contra o Arizona Cardinals. Status nunca garantiu vaga na NFL e não é com Wentz que seria diferente.
2. Os Dolphins precisam dar suporte à Tua
Antes vale uma vitória feia que uma derrota bonita na tábua de classificação. A forma como o Miami Dolphins venceu o New England Patriots passa bem por isso: sofrida, dura, com a defesa aparecendo e produção ofensiva dependendo muita do jogo corrido e passes curtos. Tua Tagovailoa por diversas vezes tentou ler o fundo do campo, procurando alguém em profundidade, mas não encontrava. Sem os recebedores DeVante Parker, Preston Williams e Mike Gesicki, Tua era uma ilha de talento. A linha ofensiva tem seus problemas, tanto que em um dos touchdowns correndo do quarterback ninguém bloqueou o blitzer, de quem ele se esquivou.
Com espaço na folha salarial e seis escolhas nas quatro primeiras rodadas do Draft de 2021, blindar e dar armas para seu quarterback tem que ser a premissa básica para os Dolphins. Mesmo tendo entrado em campo mais tarde que seus contemporâneos Joe Burrow e Justin Herbert, Tagovailoa já mostra sinais de evolução e que pode ser o franchise quarterback tão procurado por Miami. É só armar tudo ao redor dele, como o Buffalo Bills fez com Josh Allen, e possivelmente dará certo.
3. Goff sempre limitará os Rams
Não penso que Jared Goff tenha sido o único responsável pela derrota do Los Angeles Rams para o New York Jets, mas com certeza ele foi um dos principais. Goff não é ruim tecnicamente falando, mas sempre que ele precisa ser o centro do ataque, trava. Não é isso que se espera de um quarterback titular na NFL, em especial quando ele tem um bom corpo de recebedores, jogo corrido forte e um treinador que sabe montar seu ataque de forma efetiva. Goff não precisa ser o ponto de ebulição toda hora, mas nas poucas vezes que precisa, não consegue.
4. Os Bears precisam do jogo corrido
O Chicago Bears está firme na briga pela última vaga no Wild Card da NFC. Com vitórias nas duas últimas semanas, a equipe comandada por Matt Nagy está a apenas um jogo atrás do Arizona Cardinals na classificação. O fator que mais chama atenção nos triunfos sobre Houston Texans e Minnesota Vikings é que finalmente o jogo corrido foi produtivo: David Montgomery teve mais de 100 jardas em cada uma das partidas, anotando 3 touchdowns. Quando se tem quarterbacks como Nick Foles e Mitchell Trubisky, é preciso aliviar a pressão e tirar a bola da mão deles por mais vezes. Parece que Nagy finalmente entendeu e por isso os Bears ganharam uma sobrevida na temporada.
5. O ataque é a salvação dos Titans
Em Tennessee, a fórmula até o final do ano tem que ser apenas uma: pontuar muito, se preparando para um tiroteio. A disparidade entre o ataque e a defesa dos Titans é muito grande: enquanto a unidade ofensiva ocupa o top 5 em jardas e pontos anotados, sendo capaz de partidas de excelência como a dessa semana contra o Detroit Lions, o outro lado da bola decepciona. Já são 10 partidas que os Titans cedem pelo menos 24 pontos – em 6 destes, foram mais de 30. O trabalho na pressão é frágil, conseguindo incomodar o quarterback adversário em apenas 17% dos snaps, pior número de toda NFL. É melhor Ryan Tannehill, A.J.Brown e Derrick Henry continuarem afiados ou a coisa se complicará.
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