Nunca é cedo demais para falar de quem traz esperança, e com essa frase digna de campanha de fim de ano do SBT, vamos falar dos quarterbacks do próximo Draft. Se ouve muito por aí que é um grupo de pouco talento, onde os times penarão para encontrar valores – pessoalmente, discordo disso. O problema está na régua muito alta por conta da classe de 2021, que era fora da curva. O processo está só começando e muitos nomes podem explodir, algo até corriqueiro quando se fala de Draft. Pensando nisso, separamos 5 nomes para você ficar de olho.
Spencer Rattler, Oklahoma
É até fácil não gostar de Spencer Rattler: sua arrogância no trato com os companheiros de ensino médio marcou a temporada da série QB1, da Netflix, porém, não dá para negar que ele é talentoso e tem potencial para chegar a NFL em bom nível – vale também a lembrança que a série se passa em 2018 e Rattler pode ter amadurecido neste período.
Ele irá para seu segundo ano como titular. Em 2020, após começar oscilando, evoluiu bem, terminando a temporada em alta. A seu favor pesa o fato de jogar para Lincoln Riley, o treinador que mandou Jalen Hurts, Kyler Murray e Baker Mayfield para a NFL entre 2018 e 2020, sendo os dois últimos como primeira escolha geral.
Sam Howell, North Carolina
Ver Howell jogar é divertido: ele tem um bom braço, mostra precisão e é um jogador vibrante em campo, daqueles que o entusiasmo contagia. Depois de aparecer muito bem em 2019, ele teve algumas inconsistências no ano passado, mas é importante lembrar que se tratou de um ano atípico, com menos treinos que o normal por conta da pandemia.
A temporada que vem por aí é fundamental para que ele possa provar que não é fruto de um sistema: suas 4 principais armas – Javonte Williams, Michael Carter, Dyami Brown e Dazz Newsome – foram para a NFL. Se fizer frente à Clemson na ACC, Howell verá sua cotação subir muito.
Kedon Slovis, USC
Já se ouve alguns comentários maldosos sobre Kedon Slovis pela universidade que joga, afinal de contas, a lista de nomes que não deram certo vindos de USC é extensa: Matt Leinart, Mark Sanchez e Cody Kessler não foram bem, isso para não falar de Sam Darnold, que ainda tenta recuperar a carreira.
Dito isso, não gosto desta narrativa, pois deve-se avaliar o atleta e não o capacete. Slovis é um jogador com bom talento e que ainda parece em evolução, não tendo atingido seu ponto máximo. Aprendendo a lidar melhor com a pressão, pode chamar ainda mais a atenção dos times.
Malik Willis, Liberty
A maior surpresa do College Football em 2020 foi a universidade de Liberty. Jogando a partir de 2018 na FBS – primeira divisão universitária – a equipe emplacou uma campanha de 10 vitórias e apenas uma derrota, com triunfos contra programas de maior renome como Syracuse e Virginia Tech. O destaque ficou por conta do quarterback Malik Willis: após passar dois anos em Auburn sem destaque, viu sua carreira renascer ao se transferir.
Dono de um braço forte e muito atleticismo, a comparação natural de Willis será com Lamar Jackson. Como a NFL atual procura por jogadores destas características, o jogador de Liberty está muito no radar.
Desmond Ridder, Cincinnati
Um nome que chegou a criar expectativa em 2020 foi o de Ridder. Se aproveitando do bom trabalho da universidade de Cincinnati, ele esteve na boca de analistas e olheiros, no entanto, notando que a classe era muito forte e que dificilmente ele teria espaço na primeira rodada, optou por retornar e tentar melhorar sua cotação para o próximo Draft.
Ridder é um prospecto que faz um feijão com arroz muito bem feito, mas que precisa adicionar um tempero ao seu jogo: conseguindo colocar algum elemento novo, as franquias prestarão mais atenção.
Valem uma olhada: Matt Corral (Ole Miss) e J.T. Daniels (Georgia)
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